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D. Sancho II : da deposição à composição das fontes literárias dos séculos XIII e XIVSantos, Herlânder Gonçalves dos, Miranda, José Carlos Ribeiro January 2009 (has links)
Dizem as crónicas que depois de ser mui bom rei, D. Sancho II por influência de maus conselheiros deixou de ser justiçoso e que a sua governação se perdeu no que se designou como a crise de 1245. O rumo da governação levou um conjunto de nobres e figuras eclesiásticas a procurar junto do sólio pontifício uma solução para o reino. Inocêncio IV emitia a bula Grandi non immerito onde destituía o rei da governação, agravando-se a tensão internobiliárquica e territorial. A guerra civil recrudesceu e D. sancho II acaba por tombar às pretensões do novo poder. Exila-se em Castela e seu irmão D. Afonso, Conde de Bolonha, assume o protagonismo de governação. Há nobres que acompanham o rei no exílio, há trovadores que empenham o seu cantar na denúncia do que consideravam ser uma traição, há cronistas que legitima a destronização. Olhares diversos sobre um passado plasmado na construção literária das fontes antigas.
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As Condessas traidoras e a terra de EspanhaGomes, Maria Joana Matos January 2006 (has links)
A lenda da Condessa traidora é um relato ficcional que surge pela primeira vez na historiografia medieval peninsular nos finais do século XII, na Crónica Najarense. Ao longo dos dois séculos seguintes (século XIII-XIV) a Lenda conheceu reescritas em Castela (Toledano, Versão Crítica, Versão Amplificada). Em Portugal, a Lenda comparece na obra intitulada Crónica Geral de Espanha de 1344 do conde dom Pedro de Barcelos, neto de Dom Dinis e bisneto do rei Sábio, Afonso X de Castela. Este trabalho faz uma análise das várias versões da Lenda, um estudo das personagens mais importantes bem como das circunstâncias contextuais que rodearam a reescrita da Lenda, que foi sendo construída com material de origem diversa como por exemplo o Conto de Salomão. O estudo da Lenda da Condessa Traidora permite levantar questões relacionadas com a misoginia medieval, com a terra de Espanha e também com a problemática textual dos manuscritos portugueses e castelhanos que testemunham as obras historiográficas medievais.
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"Quid sit amor" : o conceito do amor na literatura cortês : a poesia lírica médio-alto-alemã e galego-portuguesa- Walther von der Vogelweide e D. DinisNeves, Mónica Andrea de Sousa January 2004 (has links)
É geralmente aceite que o amor naliteratura europeia em língua vulgar é uma invenção do século XI; na história literária do espaço europeu este amor tem a designação de 'amor cortês'. É intenção deste trabalho investigar até que ponto o conceito de 'amor cortês' tem manifestações idênticas em regiões geograficamente distantes, tendo como base a análise dos corpora de Walther von der Vogelweide e de D. Dinis. Pretendo, desta forma analisar o discurso amoroso, o sujeito poético e a imagem da dama para assim averiguarem que medida existe ou não inovação dos dois poetas em relação à convenção. Sendo a produção lírica deste período tão rica a nível da variedade de géneros e subgéneros, optei por me centrar na poesia amorosa em que o sujeito poético tem uma voz masculina. Consciente da dificuldade de comparar dois poetas que estão afastados no espaço e no tempo, a razão da escolha dos corpora de Walther von der Vogelweide e D. Dinis como base desta análise prendeu-se com o facto de estes serem os mais profícuos e completosrepresentantes, tanto em extensão como em diversidade temática das obras, da lírica médio-alto-alemã e galego-portuguesa, respectivamente. Neste sentido, este estudo pretendeu cotejar a convenção medieval do conceito de amor nas produções poéticas dos dois autores, tendo em conta os diferentes contextos sócio-literários. Desta forma, foi possível inferir que as alterações a nível político e religioso foram determinantes na medida em que levaram a toda uma reformulação do 'modus vivendi' e da mentalidade social, o que influiu directamente no conceito de 'amor cortês', ponto central desta investigação. Propôs-se, então, algumas hipóteses para o surgimento e difusão desta lírica amorosa, verificandoa existência de um aparente código de amor assente na defesa de valores específicos como a cortesia, e fonte de bondade e de valor moral - o 'fin'amors'.
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