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Estudo clínico e molecular em uma coorte de portadores de deficiência de hormônio de crescimento na Bahia

Silva, Ana Cláudia Couto Santos da January 2010 (has links)
Submitted by Ana Maria Fiscina Sampaio (fiscina@bahia.fiocruz.br) on 2012-06-01T19:34:33Z No. of bitstreams: 1 Ana Claudia Silva. Estudo Clínico e Molecular em uma Coorte de Portadores....pdf: 2715219 bytes, checksum: 4103002ffbaa5c81df61ae344016cbb9 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-06-01T19:34:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ana Claudia Silva. Estudo Clínico e Molecular em uma Coorte de Portadores....pdf: 2715219 bytes, checksum: 4103002ffbaa5c81df61ae344016cbb9 (MD5) Previous issue date: 2010 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, Bahia, Brasil / A deficiência de hormônio do crescimento (DGH) tem incidência estimada entre 1/4.000 a 1/10.000 nascidos vivos e pode ser isolada ou associar-se a outras deficiências hormonais. Como não há exame “padrão-ouro”, o seu diagnóstico baseia-se em critérios antropométricos associados a pico diminuído de GH após testes de estímulos farmacológicos. Mais recentemente, a presença de ectopia do lobo posterior hipofisário (ELP) à ressonância nuclear magnética de hipófise (RNMH) tem sido considerada marcador de DGH e mutações em genes associados à embriogênese hipofisária têm sido descritas nesse pacientes. O objetivo do trabalho foi descrever as características clínicas, moleculares e radiológicas de uma coorte de portadores de DGH, acompanhada num mesmo centro de referência (Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia), entre dezembro de 1998 e dezembro de 2009. Métodos: todos os pacientes realizaram avaliação da função hipofisária e RNMH. O estudo foi dividido em duas partes. Na primeira, foram incluídos apenas pacientes com DGH e ELP (n=130), sendo realizada a caracterização fenotípica da população. Além disso, mutações nos genes HESX1, LHX4 e OTX2 foram avaliadas em 104 pacientes, pelos métodos de PCR e SSCP ou PCR e sequenciamento. Na segunda parte do estudo, foi comparada a resposta terapêutica no primeiro ano de tratamento com hormônio do crescimento nos pacientes com (n=58) e sem (n=26) ELP. Resultados: No subgrupo de pacientes com ELP observou-se grande variabilidade fenotípica. Deficiência hormonal hipofisária combinada foi descrita em 61,5% dos pacientes, sendo mais frequente naqueles nos quais a haste hipofisária não foi visualizada. Malformações cerebrais ocorreram em 9,2% dos pacientes. Trinta pacientes apresentaram mutações, não descritas anteriormente, em genes associados à embriogênese hipofisária, sendo 26 no LHX4 e cinco no HESX1. Mutações no OTX2 não foram identificadas nessa população. A segunda parte do estudo evidenciou que a velocidade de crescimento durante o tratamento com GH foi similar nos pacientes com e sem ELP. Conclusões: o estudo, que avaliou a maior casuística de pacientes com DGH associada à ELP já descrita, confirma a heterogeneidade fenotípica da população, além da baixa prevalência de mutações na mesma. Além disso, ao contrário de estudos prévios, demonstra que a presença de ELP não se associou a melhor resposta ao tratamento com GH. / The estimated incidence of growth hormone deficiency (GHD) is between 1/4.000 and 1/10.000 among live births. It may be isolated or associated with other hormone deficiencies. As there is no gold standard test, the diagnosis of GHD relies on anthropometric criteria associated with decreased GH peak after pharmacological stimulation tests. More recently, the description of ectopic posterior pituitary lobe (EPPL) on magnetic resonance imaging (MRI) has been considered a marker of GHD and mutations in genes involved in pituitary gland organogenesis have been described in these patients. The aim of this study was to describe clinical, molecular and radiological characteristics of a cohort of GHD patients followed, in a single reference center (Diabetes and Endocrinology Center or Bahia), between December 1998 and December 2009. Methods: all patients underwent pituitary function evaluation and MRI. The study was divided in two parts. In the first one, only patients with GHD and EPL were included (=130) and phenotypic characterization of the population was performed. In addition, mutations in HESX1, LHX4 and OTX2 genes were investigated in 104 patients using polymerase chain reaction (PCR) plus single strand conformation polymorphism (SSCP) or PCR and automatic sequencing. In the second part of the study, the growth pattern in the first year of GH treatment was compared in patients with (n=58) and without (n=26) EPPL. Results: Large phenotypic variability was observed in the subgroup of patients with EPPL. Combined pituitary deficiency was described in 61.5% of the patients, more frequent in those with no visible pituitary stalk. Cerebral malformations were described in 9.2% of the patients. Thirty patients have mutations, not described in previous studies, 26 in LHX4 and five in HESX1. OTX2 mutations were not identified in this population. The second part of the study showed similar growth pattern in patients with and without EPPL. Conclusions: The study, with the largest cohort of GHD patients associated with EPPL already described, confirms the phenotypic heterogeneity of the population and the low prevalence of mutations in genes involved in pituitary embryogenesis. Furthermore, unlike previous studies, the presence of EPPL was not associated with a better growth response to human growth hormone therapy.

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