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Lágrimas no berço: luto familiar por natimorto

Carneiro, Sarah Vieira 30 March 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:39:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Sarah Vieira Carneiro.pdf: 2394145 bytes, checksum: 3301f0a8931ae5bc3500804df8da7b1f (MD5) Previous issue date: 2006-03-30 / The present study is about the familiar grief process for stillbirth. Vast is the literatura about physical, psychological and social aspects of pregnancy, but insufficient is the reference to cases where the pregnancy goes well, but the baby bourns dead. The World Health Organization defines a stillbirth as a "pregnancy product with more than 500g that doesn't show life signs". According to IBGE, in 2003, 16.909 was the number of stillbirths in Brazil. Beyond the analysis of the construction of death and childhood concept, of the pregnancy process, familiar grief and perinatal grief, we pursue the following objectives: recognize the existence of a grief process after a stillbirth and its impact under the familiar system; identify ways of reaction and adaptation of the family; and identify ways to help the family in your grief for stillbirth. The data were collected in Boa Viagem - CE. Through the study af four cases and based on Systemic Family Approach, we arrive to the following points: the impact of a stillbirth in the family is undeniable e its consequences reach ali members. The four families made reference to the difference between fulfillment at the pregnancy versus the emptiness after the loss. In respect to the marital relation, it seems that, instead to dissolve (as the literatura sometimes suggests) the way they use to be gets more intensa. The extrema importance of the social support became manifest. Two things were very frequent: the distress caused by the lack of evidence of the baby's existence and the guilt, sometimes self inflicted, sometimes direct to the doctor or to health staff. Give patients sedative were a very common practice in theses cases, considered negativa by the families. In opposition to the literatura, nona of the families wanted a subsequent pregnancy. However, only longitudinal researches e and with a largar sample could give more consistency to our conclusions / o presente trabalho trata do processo de luto familiar por um natimorto. Vasta literatura é dedicada aos aspectos físicos, psicológicos e sociais da gravidez, mas escassa é a referência aos casos onde a gravidez segue seu curso normal, mas não tem êxito, ou seja, em que a criança nasce morta. A OMS define o natimorto como sendo o "produto de gestação com mais de 500g que não apresente sinais de vida ao nascer'. Segundo dados do IBGE, em 2003, o número de natimortos no Brasil chegou a 16.909. Através da análise da construção do conceito de morte e de infância, do processo de gravidez, luto familiar e luto perinatal, perseguimos os seguintes objetivos: reconhecer a existência de um processo de luto subseqüente á ocorrência de natimorto e seu impacto sobre o sistema familiar como um todo; identificar padrões de reação e adaptação ante a tal ocorrência por parte da família; e identificar maneiras de auxiliar a família em seu processo de luto por natimorto. A coleta de dados se deu no município de Boa Viagem - CE. Por meio do estudo de quatro casos e baseados na Abordagem Familiar Sistêmica, chegamos aos seguintes pontos: o impacto de um natimorto na família é inegável e suas conseqüências chegam a atingir todos os membros. As quatro famílias fizeram referência à disparidade do sentimento de completude experimentado na gravidez e do vazio depois da morte. Quanto à relação conjugal, nos parece que, ao invés de se dissolver (como às vezes sugere a literatura) há uma intensificação do padrão anterior. A rede de apoio revelou-se de extrema importância. Dois fenômenos foram muito freqüentes: o desconforto causado pela falta de provas da existência do bebê e a culpa, ora auto dirigida, ora dirigida ao médico ou à equipe hospitalar. Ministrar calmantes às pacientes foi prática comum nesses casos, tendo sido vista como negativa pelas famílias. Contrariando a tendência da literatura, nenhuma família desejava uma gravidez subseqüente. No entanto, apenas pesquisas longitudinais e com maior número de casos poderá tornar nossas conclusões mais consistentes

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