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Avaliação do perfil metabólico e da função renal em ratos adultos submetidos a má nutrição intra-uterina e tratamento com fenofibratoSylvania Silva Barreto, Izabel January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / A má nutrição intra-uterina pode alterar o perfil metabólico e a função renal da prole na vida
adulta. Neste trabalho, foram avaliados a homeostase da glicose, o metabolismo lipídico, o
estresse oxidativo e a função renal em ratos machos Wistar, adultos, submetidos à má nutrição
intra-uterina através de uma dieta multicarenciada. Adicionalmente, foi investigado se uma
sobrecarga dietética de glicose e/ou tratamento com fenofibrato, na vida adulta, influenciam
estes parâmetros. Após o nascimento, os animais foram mantidos com dieta controle (DC).
Aos 120 dias de idade, continuaram com DC ou passaram a ser mantidos com dieta rica em
glicose (DRG), e foram tratados com fenofibrato (50mg/kg/dia, via oral) ou veículo, durante
30 dias. Glicose, triglicerídeos (TG) e colesterol foram mensurados por ensaio enzimático e a
insulina foi quantificada por quimioluminescência. O estresse oxidativo renal (EOR) foi
avaliado pela mensuração de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). Para
avaliação da hemodinâmica renal, a pressão arterial média e o fluxo sangüíneo renal foram
avaliados utilizando-se um transdutor de pressão arterial e um flow probe, respectivamente,
ambos conectados a um fluxômetro. A filtração glomerular (FG) foi avaliada pelo clearance
de inulina. A proteinúria foi medida pelo método de precipitação em ácido sulfossalicílico
3%, e a contagem do número de néfrons (NN) foi realizada em suspensão ácida do rim,
através de microscopia óptica. A análise estatística foi realizada através dos testes t de
Student para dados pareados e não pareados e do teste Student-Newman-Keuls para múltiplas
comparações. Os animais malnutridos na vida intra-uterina, quando comparados aos
controles, apresentaram menor peso corpóreo (p < 0,01), menor tolerância à glicose (p < 0,05)
e menor NN (p < 0,01). Todos os grupos mantidos com DRG, comparados àqueles mantidos
com DC, apresentaram valor aumentado de TG (p < 0,05) e TBARS no rim (p < 0,01). O
grupo malnutrido mantido com DRG, comparado àquele mantido com DC, apresentou menor
resistência vascular renal (p < 0,01). Os animais mantidos com DRG e tratados com
fenofibrato, comparados aos tratados com veículo, apresentaram TG (p < 0,01) e proteinúria
(p < 0,05) mais elevados e menor tolerância à glicose (p < 0,01). O grupo controle tratado
com fenofibrato, comparado ao tratado com veículo, apresentou menor FG (p < 0,05) e maior
proteinúria (p < 0,01). Os resultados indicam que os animais submetidos à má nutrição intrauterina
apresentaram menor tolerância à glicose e oligonefrenia. A DRG prejudicou o
metabolismo lipídico e induziu elevação do EOR em animais controles e malnutridos. O
grupo malnutrido mantido com DRG apresentou vasodilatação renal semelhante àquela
observada nos estágios iniciais do diabetes tipo 1. O fenofibrato comprometeu a tolerância à
glicose e elevou TG e proteinúria em animais mantidos com DRG. Além disso, em animais
controles mantidos com DC, o fenofibrato elevou a proteinúria e diminuiu a FG
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