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Cárdenas e Jesuítas na província do Paraguai do século XVII: disputa e sobreposição de poderesDalcin, Éverton January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / The present investigation aims at analysing the alliance between the State and the Church according to the actions of Ordem de São Francisco and Companhia de Jesus, at Rio da Prata Colonial territory. The analysis will be carried out from the conflict involving the jesuits and the Franciscan Bernardino de Cádenas, nominated Bishop of Assunção in 1638 and Governor in 1649, thus gathering both the religious and the civil power of the Province in his hands. The time ranging between the two nominations corresponds to the period of the conflict which starts at the arrival of the new Bishop to Paraguay, in 1642 and will continue up to1660, when the courts of Rome and Spain will decide on the conflict. The feud breaks out due to the economic crisis in Paraguai, as the local settlers could not find satisfactory native labor to help them. Their difficulties continued increasing, mainly after the jesuits stablished the Jesuitic reductions according to which the reduced natives could not be incorporated to the encomienda system. This study will also indicate some differences and similarities in the reduction model proposed by the religious Orders, as well as their relations with the Royal Patronage, which will start to provide the jesuits with privileges, originating an overlap of powers which will generate the conflict. / O objetivo central desta investigação é analisar a aliança entre Estado e Igreja por meio da atuação da Ordem de São Francisco e da Companhia de Jesus no território do Rio da Prata Colonial. A análise se desenvolverá a partir do conflito envolvendo os jesuítas e o franciscano Bernardino de Cárdenas, nomeado bispo de Assunção em 1638 e Governador em 1649, reunindo na sua pessoa, o poder civil e religioso da província. A delimitação temporal corresponde ao desenrolar do conflito, que se estabelece, sobretudo, a partir da chegada do novo Bispo ao Paraguai, em 1642, e se e estenderá até 1660 quando as cortes de Roma e Espanha deliberarão acerca do conflito. A contenda eclode devido à crise econômica que o Paraguai se encontrava, visto que os colonos locais não conseguiam de maneira satisfatória a mão de obra indígena necessária para o trabalho. A dificuldade dos colonos somente aumentava, sobretudo após o estabelecimento das reduções Jesuíticas que não permitiam que os indígenas reduzidos se incorporassem ao sistema de encomienda. O estudo ainda acena nos indicará algumas diferenças e semelhanças no modelo de redução proposto pelas Ordens religiosas, bem como suas relações com o real padroado, que passará a deliberar privilégios aos jesuítas, ocasionando uma sobreposição de poderes que gerará o conflito.
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