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A concepção da tragédia moderna em \'The crucible\' e \'A view from the bridge\' de Arthur Miller / The conception of modern tragedy in the \'Crucible\' and \'A view from the bridge\' by Arthur MillerLeme, Viviane Maria 11 June 2007 (has links)
A presente pesquisa dedica-se ao estudo da forma de tragédia moderna utilizada pelo dramaturgo americano, Arthur Miller, em The Crucible [As Feiticeiras de Salém] (1953) e A View From the Bridge [Panorama Visto da Ponte] (versão de dois atos, de 1956), apoiando-se na obra Tragédia Moderna do crítico inglês, Raymond Williams, e concentrando-se no texto teatral, ou seja, na dramaturgia, o que não inclui análise de montagens. O pressuposto teórico do presente trabalho é a crítica histórica e dialética que considera o conteúdo histórico determinante dos aspectos formais. No primeiro capítulo, discute-se o que é tragédia moderna, quais as fontes da tragédia moderna e da tragédia milleriana, qual o conceito de tragédia para Arthur Miller, por que ele escolheu a tragédia para tratar das questões figuradas nas duas peças e quais os recursos formais que ele utiliza. A partir daí, demonstra-se que ambas as peças possuem características que mesclam peculiaridades da tragédia grega com a tragédia moderna, as quais dão forma a um tipo de dramaturgia que Raymond Williams denomina tragédia liberal, cuja principal marca é mostrar e discutir a luta do homem contra sua sociedade. Com essas peças Arthur Miller \"atualiza\" a forma da tragédia para assim restaurar a idéia que está por trás dela, isto é, a idéia de causação, de conectividade. No segundo capítulo, parte-se dessa base central de conectividade para analisar como a forma escolhida por Miller reflete esse conceito; assim, ele constrói suas peças demonstrando como, em suas estruturas, as causas se conectam com seus efeitos, como as ações individuais afetam o todo, como a vida particular influi na vida pública, e vice-versa, e demonstrando, além disso, uma preocupação não-maniqueísta na construção das personagens e dos fatos. Avistamos esses traços nas duas peças de Miller principalmente devido à inserção de um narrador, que chamamos de \"explícito\" em The Crucible e \"implícito\" em A View from the Bridge, cujas funções são também analisadas. No terceiro capítulo, o que se destaca das tragédias de Miller é o fato de que os conteúdos de suas obras são determinados historicamente; sendo assim, as duas peças são exploradas à luz do macartismo para que se verifique como os paralelos podem ser compreendidos e o que eles dizem sobre o senso de coletividade. / Based on the assumption that the formal choice of the artist reveals the content of his work, and vice-versa, the present research studies the form of modern tragedy as it is applied to the text of The Crucible (1953) and A View from the Bridge (the two-act version of 1956) by Arthur Miller. For this purpose, this work draws on Raymond Williams\' conception of modern tragedy. Thus, the first chapter demonstrates that both plays combine certain characteristics which can be found in Greek tragedy, and some others that are present in the modern tragedy to form a specific kind of tragedy that Raymond Williams calls liberal tragedy; the main purpose of a liberal tragedy, according to Williams, is to show and discuss that the man is constantly struggling against his society. We have noticed that Arthur Miller relies on this assumption of the modern tragedy to rescue the idea of causation and connectedness. Having the idea of connectedness in mind, in the second chapter, we analyze the way Miller develops these plays with the preoccupation of showing the relatedness of causes and effects, which means to show how the individual acts are related to the whole society, and how the private life influences in the public one, and vice-versa. We have also observed a certain concern in depicting characters and facts taking into consideration that the truth is relative, which can be noted by the presence of what we call an \"implicit narrator\" (in The Crucible) and an \"explicit narrator\" (in A View from the Bridge). The presence of these narrators, besides having the function of establishing a complicity between characters and audience, also ensures a distancing voice, epic par excellence, which challenges the commonly held notions about the topics discussed in the plays. In the third chapter, relying on the notion that Miller\'s tragedies are historically determined, we analyze the parallels between the two plays and the historical moment in the United States which is commonly called McCarthyism, and what it represents for the sense of community explored by the author in both plays.
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A concepção da tragédia moderna em \'The crucible\' e \'A view from the bridge\' de Arthur Miller / The conception of modern tragedy in the \'Crucible\' and \'A view from the bridge\' by Arthur MillerViviane Maria Leme 11 June 2007 (has links)
A presente pesquisa dedica-se ao estudo da forma de tragédia moderna utilizada pelo dramaturgo americano, Arthur Miller, em The Crucible [As Feiticeiras de Salém] (1953) e A View From the Bridge [Panorama Visto da Ponte] (versão de dois atos, de 1956), apoiando-se na obra Tragédia Moderna do crítico inglês, Raymond Williams, e concentrando-se no texto teatral, ou seja, na dramaturgia, o que não inclui análise de montagens. O pressuposto teórico do presente trabalho é a crítica histórica e dialética que considera o conteúdo histórico determinante dos aspectos formais. No primeiro capítulo, discute-se o que é tragédia moderna, quais as fontes da tragédia moderna e da tragédia milleriana, qual o conceito de tragédia para Arthur Miller, por que ele escolheu a tragédia para tratar das questões figuradas nas duas peças e quais os recursos formais que ele utiliza. A partir daí, demonstra-se que ambas as peças possuem características que mesclam peculiaridades da tragédia grega com a tragédia moderna, as quais dão forma a um tipo de dramaturgia que Raymond Williams denomina tragédia liberal, cuja principal marca é mostrar e discutir a luta do homem contra sua sociedade. Com essas peças Arthur Miller \"atualiza\" a forma da tragédia para assim restaurar a idéia que está por trás dela, isto é, a idéia de causação, de conectividade. No segundo capítulo, parte-se dessa base central de conectividade para analisar como a forma escolhida por Miller reflete esse conceito; assim, ele constrói suas peças demonstrando como, em suas estruturas, as causas se conectam com seus efeitos, como as ações individuais afetam o todo, como a vida particular influi na vida pública, e vice-versa, e demonstrando, além disso, uma preocupação não-maniqueísta na construção das personagens e dos fatos. Avistamos esses traços nas duas peças de Miller principalmente devido à inserção de um narrador, que chamamos de \"explícito\" em The Crucible e \"implícito\" em A View from the Bridge, cujas funções são também analisadas. No terceiro capítulo, o que se destaca das tragédias de Miller é o fato de que os conteúdos de suas obras são determinados historicamente; sendo assim, as duas peças são exploradas à luz do macartismo para que se verifique como os paralelos podem ser compreendidos e o que eles dizem sobre o senso de coletividade. / Based on the assumption that the formal choice of the artist reveals the content of his work, and vice-versa, the present research studies the form of modern tragedy as it is applied to the text of The Crucible (1953) and A View from the Bridge (the two-act version of 1956) by Arthur Miller. For this purpose, this work draws on Raymond Williams\' conception of modern tragedy. Thus, the first chapter demonstrates that both plays combine certain characteristics which can be found in Greek tragedy, and some others that are present in the modern tragedy to form a specific kind of tragedy that Raymond Williams calls liberal tragedy; the main purpose of a liberal tragedy, according to Williams, is to show and discuss that the man is constantly struggling against his society. We have noticed that Arthur Miller relies on this assumption of the modern tragedy to rescue the idea of causation and connectedness. Having the idea of connectedness in mind, in the second chapter, we analyze the way Miller develops these plays with the preoccupation of showing the relatedness of causes and effects, which means to show how the individual acts are related to the whole society, and how the private life influences in the public one, and vice-versa. We have also observed a certain concern in depicting characters and facts taking into consideration that the truth is relative, which can be noted by the presence of what we call an \"implicit narrator\" (in The Crucible) and an \"explicit narrator\" (in A View from the Bridge). The presence of these narrators, besides having the function of establishing a complicity between characters and audience, also ensures a distancing voice, epic par excellence, which challenges the commonly held notions about the topics discussed in the plays. In the third chapter, relying on the notion that Miller\'s tragedies are historically determined, we analyze the parallels between the two plays and the historical moment in the United States which is commonly called McCarthyism, and what it represents for the sense of community explored by the author in both plays.
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