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O problema do conhecimento e a dissolução do conceito de maldade em Heinrich von Kleist /

Silva, Carina Zanelato. January 2019 (has links)
Orientador: Karin Volobuef / Banca: Helmut Paul Erich Galle / Banca: Juliana Pasquarelli Perez / Banca: Luís Fernandes dos Santos Nascimento / Banca: Márcio Suzuki / Resumo: Recentes pesquisas sobre a obra literária de Heinrich von Kleist (1777-1811) retomaram a famosa "crise-kantiana" do autor como fator de grande relevância no estudo de seu universo literário. Tim Mehigan, por exemplo, em seu livro Heinrich von Kleist: writing after Kant (2011) nos apresenta uma nova faceta de interpretação desta crise ao considerá-la como o ponto de partida para o desenvolvimento de Kleist como um grande colaborador da filosofia pós-kantiana, pois suas cartas (a partir de 1800), ensaios e obras literárias refletem o embate entre a teoria do conhecimento de Kant e os limites a que a autoconsciência pode chegar na apreensão dos dados da realidade empírica. O trabalho de Kleist, neste ponto de vista, pode ser entendido como "pós-kantiano" na medida em que vai além da escola kantiana e discute novas questões culturais, estéticas e filosóficas abertas pelo próprio Kant. Essas conclusões nos permitem avançar a discussão empreendida por estes pesquisadores para a abordagem de uma temática frequente nas obras de Kleist: a quebra de limites entre os conceitos de maldade (Das Böse) e bondade (Das Gute) desenvolvidos durante a Aufklärung. Essa quebra nos parece estar fortemente associada a uma subversão do conceito de realidade extraído por Kleist da noção kantiana de apreensão da realidade pela razão e ao ceticismo muito característico da filosofia de Hume. Assim, nesta pesquisa, procuraremos demonstrar em que consiste essa quebra de limites do bem e do mal e como a com... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Recent researches on the Heinrich von Kleist's literary works (1777-1811) recovered the author's famous "Kant crisis" as a factor of great relevance in the study of his literary universe. Tim Mehigan, for example, in his book Heinrich von Kleist: writing after Kant (2011) presents a new facet of interpretation of this crisis by considering it as the starting point for Kleist's development as a great contributor to post- Kantian philosophy, because his letters (from 1800), essays and literary works reflect the clash between Kant's theory of knowledge and the limits to which self-consciousness can arrive at the apprehension of the data of empirical reality. Kleist's work, from this point of view, can be understood as "post-Kantian" in that as long as it goes beyond the Kantian school and discusses new cultural, aesthetic and philosophical issues opened by Kant himself. These conclusions allow us to advance the discussion undertaken by these researchers towards an approach of a frequent theme in Kleist's works: a break in the boundaries between the concepts of badness (Das Böse) and goodness (Das Gute) developed during the Aufklärung. This break seems to us to be strongly associated with a subversion of the concept of reality drawn out by Kleist from the Kantian notion of apprehension of reality by reason and the very characteristic skepticism of Hume's philosophy. Therefore, in this research, we will attempt to demonstrate what this break of the limits between good and evil con... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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O Cabeleira e o Malhadinhas: a ambiguidade do herói na articulação entre regionalismo e medievalismo / O Cabeleira and o Malhadinhas: the ambiguity of the hero in the articulation between regionalism and medievalism

Nascimento, Marília Angélica Braga do January 2012 (has links)
NASCIMENTO, Marília Angélica Braga do. O Cabeleira e o Malhadinhas: a ambiguidade do herói na articulação entre regionalismo e medievalismo. 2012. 139f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Letras, Fortaleza (CE), 2012. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2014-05-19T16:55:34Z No. of bitstreams: 1 2012_dis_mabnascimento.pdf: 784490 bytes, checksum: 3c0732dc9329a3f68c5b4bf67ec6efbf (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo(marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2014-05-19T17:19:29Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2012_dis_mabnascimento.pdf: 784490 bytes, checksum: 3c0732dc9329a3f68c5b4bf67ec6efbf (MD5) / Made available in DSpace on 2014-05-19T17:19:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2012_dis_mabnascimento.pdf: 784490 bytes, checksum: 3c0732dc9329a3f68c5b4bf67ec6efbf (MD5) Previous issue date: 2012 / Este trabalho realiza um estudo comparativo com as narrativas O Cabeleira, do escritor brasileiro Franklin Távora, e O Malhadinhas, do português Aquilino Ribeiro, visando, principalmente, à compreensão do modo como se manifesta a figura do herói em ambas as obras. Traça um paralelo entre ambos os protagonistas, observando analogias e contrastes em sua construção e as relações com o contexto sociocultural e a tradição popular. Para tanto, considera os seguintes aspectos: a proposta literária dos dois autores; a presença de substratos medievais na construção dos heróis em análise, denunciando, em ambas as narrativas, a herança de uma tradição popular que dá ênfase a atitudes de coragem, destemor, valentia; a presença da ambiguidade ou ambivalência nos dois protagonistas. Torna-se evidente em Cabeleira a tese rousseauniana do homem naturalmente bom corrompido pelo meio, mas que pode recuperar os bons sentimentos perdidos através do amor e da religião. Malhadinhas, por sua vez, mostra-se um sujeito briguento e astucioso, valendo-se de mentiras e enganos para escapar de situações embaraçosas ou perigosas, mas, ao final, dá sinal de mudanças, passando mesmo a adotar um comportamento religioso, frequentando a Igreja e atribuindo à sociedade a culpa de seus erros. Podemos observar que, apesar de guardarem semelhanças em relação a alguns aspectos, os heróis diferenciam-se em outros. Dessa forma, o estudo, dividido em três capítulos, primeiramente introduz considerações acerca da atuação dos escritores, da recepção crítica de suas obras, de suas respectivas propostas literárias, focalizando o regionalismo. O capítulo seguinte verifica a herança medieval perceptível nas personagens em estudo e, por fim, o último examina a questão da ambivalência, observando o problema do embate entre bem e mal apresentado pelos protagonistas. O trabalho visa, assim, a uma melhor compreensão das ideias e da produção dos autores e da sua importância no quadro cultural e literário em que atuaram.
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Entre a figurativização e o psicologismo: o problema do mal em o Mandarim e em Dom Casmurro / Entre la figurativisation et le psychologisme: le proble`ème du mal dans le Mandarin et Dom Casmurro

Matsuoka, Sayuri Grigório January 2012 (has links)
MATSUOKA, Sayuri Grigório. Entre a figurativização e o psicologismo: o problema do mal em o Mandarim e em Dom Casmurro. 2012. 133f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Letras, Fortaleza (CE), 2012. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2015-04-14T15:05:10Z No. of bitstreams: 1 2012_dis_sgmatsuoka.pdf: 2155811 bytes, checksum: 7070af1e64c86525a09634f14856c2be (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo(marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2015-04-15T13:43:15Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2012_dis_sgmatsuoka.pdf: 2155811 bytes, checksum: 7070af1e64c86525a09634f14856c2be (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-15T13:43:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2012_dis_sgmatsuoka.pdf: 2155811 bytes, checksum: 7070af1e64c86525a09634f14856c2be (MD5) Previous issue date: 2012 / Este trabalho teve por objetivo analisar as particularidades e questionamentos presentes nos textos O mandarim e Dom Casmurro no que concerne à representação do tema do mal a partir dos modelos fornecidos pela estética realista, destacando as similaridades e dissonâncias entre as abordagens de Eça de Queiroz e de Machado de Assis. Para tanto, elaborou-se um percurso descritivo e analítico das idealizações do mal a partir do Velho Testamento, passando pela Idade Média, até o século XIX, com o intuito de analisar, em uma perspectiva histórico-filosófica, tais representações. Tais embasamentos teóricos, aliados aos conhecimentos de crítica literária que se foram agregando ao trabalho ao longo de seu desenvolvimento, permitiu-nos observar que a narrativa de O mandarim retoma os elementos da estética romântica, sobretudo os que concernem às noções de mal, e os transforma em símbolos do gênero fantástico, impingindo-lhes novos significados através da figurativização e discutir quais direcionamentos psicologizantes próprios da narrativa machadiana mostram a ideia do mal em Dom Casmurro. A partir dos estudos de Santo Agostinho, Leibniz, Nietzsche, Paul Ricoeur e Georges Bataille sobre o mal e de tantos outros críticos literários como Antonio José Saraiva e Barreto Filho sobre as obras de Eça de Queiroz e de Machado de Assis, avaliou-se comparativamente os aspectos que influenciaram os procedimentos literários adotados por esses dois escritores em O mandarim e em Dom Casmurro, tendo em vista as semelhanças e as diferenças entre as duas obras no que concerne à caracterização do mal no século XIX.

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