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Sensoriamento remoto aplicado ao estudo do ecossistema manguezal em Pernambuco / Janaína Barbosa da SilvaSILVA, Janaína Barbosa da. 31 January 2012 (has links)
Submitted by Marcelo Andrade Silva (marcelo.andradesilva@ufpe.br) on 2015-03-05T17:07:00Z
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Previous issue date: 2012 / FACEPE CNPQ / As áreas estuarinas são apontadas como os ambientes naturais mais impactados na faixa
intertropical, principalmente aqueles que apresentam manguezais. No Brasil, os
manguezais apresentam distribuição descontínua, podendo apresentar um continuum de
feições distintas em função do perfil da linha de costa, das freqüências e amplitude das
marés e pluviosidade e cobrem aproximadamente 1,38 milhões de hectares. Esse
ecossistema é composto por uma cobertura vegetal típica, com desenvolvimento de flora
especializada, caracterizada por espécies arbóreas que lhe conferem fisionomia peculiar
(feição ―mangue‖). A importância desse ambiente vai além do aspecto ecológico;
muitas comunidades que vivem no litoral tiram seu sustento dos manguezais através da
pesca artesanal e de subsistência como fonte de renda necessária à sua sobrevivência.
Assim, a degradação deste ambiente causa não só modificações no meio ecológico, mas
também impactos sociais e econômicos. Os estudos desenvolvidos acerca deste
ecossistema variam entre as ciências com base nas mais diversas técnicas e
instrumentações disponíveis nas mais diversas escalas onde o sensoriamento remoto
(SR) vem sendo amplamente utilizado. Imagens de satélites são utilizadas para
monitorar, quantificar, mapear e acompanhar a qualidade dos recursos humanos e
terrestres. Esta pesquisa foi dividida em três capítulos distintos todos com base em
dados de SR, onde o primeiro analisou ao longo do tempo e espaço a vegetação de
mangue nas áreas estuarinas de Pernambuco utilizando imagens TM do Landsat 5
obtidas entre os anos de 1987 a 2010. De acordo com os resultados obtidos neste
capítulo das onze áreas analisadas no período dos últimos 22 anos contabilizou-se um
aumento de 910,4 hectares. Os estuários que apresentaram aumento são os do Goiana,
Canal de Santa Cruz, Timbó, Jaboatão/Pirapama, Ipojuca, Maracaípe e Rio Formoso.
Por outro lado Itapessoca, Sirinhaém e Una apresentaram redução. O segundo capítulo
analisou a resposta espectral de três espécies comuns nos estuários de Pernambuco
(Rhizophora mangle, Laguncularia. racemosa e Aviccenia. schaueriana) através de
espectrorradiometria no estuário de Itapessoca no litoral norte do Estado e correlacionou
com dados de campo e espectrorradiometria resultando em um modelo denominado
HSAVI para zonação das espécies supracitadas. O terceiro e último analisou alguns
componentes físicos (cor e granulometria) e químicos (pH, P, Mg, Ca, K, Na) dos solos
de apicum e correlacioná-los com suas respostas espectrais e, desta forma, definir qual o
regime hidrodinâmico do estuário de Itapessoca, Pernambuco, Brasil. Os resultados
identificaram que o sensoriamento remoto hiperespectral pode auxiliar na identificação
das áreas de apicuns e inferir sobre as propriedades físicas e químicas do solo; que as
faixas espectrais que apresentaram alta correlação para inferir sobre os componentes
físicos foram a faixa do violeta com o silte e a areia grossa com o amarelo; entre as
correlações químicas as significantes foram: potássio com a faixa do verde e do fósforo
com a laranja.
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