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Pluralismo e crise de sentido no sistema jurídicoBerbel, Vanessa Vilela 24 January 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-01-24 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This study propose to contribute with the discussion about the description of the meaning of
social communications, in the way as proposed by Niklas Luhmann, from the identification of
a spatial dimension of meaning, alongside the objective, social and temporal dimensions
already diagnosed by the author.
It uses, therefore, intersection of Harisson C. White, Ignácio Farías e Hugo Cadenãs’s
analyzes to formulate the concept of "plural worlds," understood as intermediate levels
between interactions and social systems, arising from the performation of common
sociomaterial elements, narratives, styles, and values.
Luhmann did not consider the formation of 'groups' within his scheme of social differentiation
plans, highlighting only interactions, organizations and society, and including, only belatedly,
protest movements. Likewise, in dealing with the theme of 'culture' he considered it as too
broad a theme, unfeasible to social observation.
However, this study sustain that in reformulating the concept of culture, it becomes possible
to observe other plans of social differentiation that interact with the functional systems, by
demarcating 'communication zones' that act in the formation of the systemic choice.
Although they are not functional systems, the "plural worlds" formed by the cultural
distinction share important characteristics of other social systems, such as the structuring a
“medium of symbolic generalization” capable of enhancing the chances of success of
systemic communications by reinforcing the form side familiar for the communication that
resembles the same pattern of senses they select.
It is understood, therefore, that the "plural worlds" formed by culture and social systems are
connected by particular communicative contexts that activate immunizing forms of episodic
systemic crises arising from the cognitive closure by the compulsive reproduction of previous
positive feedbacks.
Specifically regarding the legal system, the "plural worlds" allow the balance between
stability and instability, change and conservation; and more, by giving rise to the metacode of
culture, allow the interpenetration between functional systems and psychic systems / Este trabalho busca contribuir com a discussão a respeito da descrição do sentido das
comunicações sociais, proposto por Niklas Luhmann, a partir da identificação de uma
dimensão espacial de sentido, ao lado das dimensões objetiva, social e temporal já
diagnosticadas pelo autor. Vale-se, para tanto, da interseção das análises de Harisson C.
White, Ignácio Farías e Hugo Cadenãs para formular o conceito de “mundos plurais”,
entendidos como níveis intermediários entre as interações e os sistemas sociais, que surgem
em razão da performação de elementos sociomateriais, narrativas, estilos e valores comuns.
Luhmann não considerou a formação de ‘grupos’ dentro de seu esquema de planos de
diferenciação social, destacando somente as interações, organizações e sociedade, e incluindo,
apenas tardiamente, os movimentos de protesto. Do mesmo modo, ao tratar da ‘cultura’
considerou-o como um tema demasiado amplo, inviável à observação social.
Contudo, acredita-se que, ao se reformular o conceito de cultura, é possível observar outros
planos de diferenciação social que interagem com os sistemas funcionais, ao demarcarem
‘zonas de comunicação’ que atuam na formação das escolhas sistêmicas. Apesar de não serem
sistemas funcionais, os “mundos plurais” formados pela distinção cultural compartilham
importantes características de outros sistemas sociais, como a estruturação de um meio
próprio de generalização simbólica capaz de potencializar as chances de êxito das
comunicações sistêmicas ao reforçar o lado da forma familiar para as comunicações que
espelhem o mesmo padrão de sentidos por eles selecionados.
Entende-se, assim, que os “mundos plurais” formados pela cultura e os sistemas sociais
encontram-se conectados por contextos comunicativos particulares que ativam formas
imunizantes de crises sistêmicas episódicas decorrentes da clausura cognitiva pela reprodução
compulsiva de feedbacks positivos anteriores.
Especificamente quanto ao sistema jurídico, os “mundos plurais” permitem o equilíbrio entre
estabilidade e instabilidade, mudança e conservação; e mais, por darem origem ao metacódigo
da cultura, permitem a interpenetração entre as sistemas funcionais e sistemas psíquicos ao
chamar as consciências à aceitação de suas ofertas comunicativas
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