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O metamorfismo da serra Tepequém (Estado de Roraima)Luzardo, Renê 08 December 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-12-08 / The Serra Tepequém, located in the center north portion of the Roraima State, is considered as a residual relief of the Paleoproterozoic sedimentary rock of the Guiana Shield, northern Brazil. This region is recognized by the most prominent gold and mainly diamonds occurrences, stratigraphically positioned on the base of the Paleoproterozoic Roraima Supergroup. This unit were interpreted as a cratonic covers accumulated in the final phase of the last important regional metamorphic event, the Transamazonian Cycle (2.25 -2.00 Ga). The Serra Tepequém constitutes an opened mega synclinal with interflank distances of 6 km in length, with subhorizontal axis trending N70ºE and subvertical axial plane. The rock unit constitutes a metavolcanosedimentary sequence with about 700 meters of thickness. Basal metadacites and metalitharenites are covered by a level of metabasalt succeeded upsection by intercalations of 300 meters thick of metasiltstone (slate) and fine metarenite. Conglomerates hosting gold and diamonds are intercalated with metarenites suggesting fining upward cycles. Slate cleavage parallel to the axial plane is defined by preferential orientation of the small flakes of white micas. Elongated pebbles and elliptical spots define the lineations that occur according to the axial folds. Kaolinite and quartz were not observed in the pelites in contrast with abundant pyrophyllite and white micas (muscovite/illite) that suggest the neoformation through the reaction kaolinite + quartz = pyrophyllite + water. This reaction defines the beginning of the metamorphism in these pelitic rocks. A high temperature zone of prehnita-pumpellyite facies inside in the very low grade metamorphism is defined in the metabasalts due the presence of actinolite and pumpellyite. The slates and the metabasalt have respectively P-T conditions at 2,0 Kb and 345±20 ºC (actnolite appearance) and 3,9 Kb and 430±15 ºC (pyirophyllite disappearance). The metavolcanosedimentary rocks show a metamorphic gradual increase transition to a supracrustal succession displaying a lateral NW-SE trending in the innermost portion of the Central Guyana Belt. Slates of the Serra Tepequém grade to phyllittes, quartzits and mafic schists, outcrooping in the Vila Brasil, mica schists and amphibolites in the Serra Cauarane, and finally to kinzigitic paragneisses and migmatites in the Serra Murupu. The presence of metamorphic paragenesis and fabrics, generated in the compressive tectonic setting, indicate very low grade orogenic metamorphism in portions of the Paleoproterozoic cover (Roraima Supergroup) of the Guiana Shield. It implies in the existence of a regional metamorphic event, younger than the Transamazonian Cycle. / A Serra Tepequém, localizada na porção centro norte do Estado de Roraima, é considerada um morro testemunho remanescente da cobertura sedimentar paleoproterozóica que encobre parte do Escudo das Guianas. Famosa pela ocorrência de ouro e, principalmente de diamante, suas rochas são consideradas como pertencentes à base do Supergrupo Roraima, interpretado como uma cobertura sedimentar cratônica depositada após o encerramento do Ciclo Transamazônico (2,25 2,00 Ga), último evento metamórfico regional. A Serra Tepequém constitui uma megassinclinal aberta e suspensa, com cerca de 6 km de comprimento, eixo subhorizontal segundo N 70 E e plano axial subvertical. Paralelamente ao plano axial ocorre uma foliação secundária, do tipo clivagem ardosiana, definida pela orientação preferencial de diminutas lamelas de mica branca. Lineações, como seixos estirados e manchas elípticas, ocorrem segundo o eixo das dobras. O pacote de rochas constitui uma sucessão metavulcanossedimentar com cerca de 700 metros de espessura aflorante. Na base ocorrem metadacitos e metalitarenitos que são encimados por um nível de metabasalto que, por sua vez, é recoberto por intercalações de metassiltito (ardósia) e metarenito fino que perduram por mais de 300 metros. A partir daí, ocorre uma camada com cerca de 100 metros de metaconglomerado portador de ouro e diamante que se intercala com metarenitos grossos formando ciclos com granodecrescência ascendente. A análise dos filossilicatos, como indicadores de metamorfismo de muito baixo grau ou de diagênese, foi realizada utilizando-se o microscópio petrográfico e o difratômetro de raios-X. A identificação de pirofilita e de mica branca (moscovita/illita), que aliada à ausência de caulinita e de quartzo, minerais bastante comuns nas rochas sedimentares pelíticas, indica que a reação caulinita + quartzo = pirofilita + água que marca nas rochas pelíticas o início do metamorfismo foi realizada. A presença de actinolita e pumpellyíta neoformadas no metabasalto caracteriza a zona de alta temperatura do fácies prehnita-pumpellyíta do metamorfismo de muito baixo grau para rochas básicas. O intervalo de pressão e temperatura atuantes durante a formação das ardósias e metabasalto situa-se entre 2 Kb e 345±20 ºC (aparecimento da actinolita) e 3,9 Kb e 430±15 ºC (desaparecimento da pirofilita). A sucessão metavulcanossedimentar apresenta uma transição gradual para uma seqüência de rochas supracrustais, que possui um padrão de distribuição progressivo dos fáceis metamórficos com polaridade em direção ao interior do Cinturão Guiana Central. A seqüência supracrustal, formada pelas ardósias da Serra Tepequém, varia lateralmente, sem discordâncias aparentes, para filitos, quartzitos e xistos máficos da Vila Brasil. A seguir, ocorrem mica xistos e anfibolitos da Serra Cauarane e, finalmente após 70 km, paragnaisses kinzigíticos e migmatitos da Serra Murupu. A presença das paragêneses de minerais metamórficos e de feições geradas por regime tectônico compressivo (como dobras, clivagem ardosiana e seixos achatados) indica a atuação de metamorfismo regional dínamo-termal incipiente, fácies prehnita-pumpellyita (Winkler, 1977) ou orogênico de muito baixo grau (Yardley, 1989) em porções da cobertura paleoproterozóica (Supergrupo Roraima) do Escudo das Guianas. Isto implica na existência de um evento metamórfico regional mais jovem que o Ciclo Transamazônico.
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