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Inovação e ciclos econômicos em Schumpeter e Minsky / Innovation and business cycles in Schumpeter and Minsky

Araujo, Joelma Maria Batista de 07 November 2012 (has links)
The current global economic crisis has put into question the elucidating ability of many economic approaches, in particular those based on neoclassical assumptions, marked roughly by the tendency to equilibrium (self-tuning) as well as the treatment of superficial functions of money in the capitalist system. Similarly, the work of some authors from the heterodox line has gained more space in discussions precisely because give special attention to the role of money in the functioning of the capitalist economic dynamics, and also observe the system on the prism of inherent instability. Regarding the crisis, the mainstream has pointed to possible failures of economic policies of the U.S. government, in turn, heterodox analyzes have indicated, generally, the lack of regulation of financial markets. Beyond these interpretations, however, one of the most striking elements of this process - from the formation of the bubble subprime crisis - were financial innovations that led to the emergence of a period of global economic prosperity. Thus it broadens the perception of innovation as an important element in the formation of economic cycles, encouraging discussion and research on both topics. In order to further explore the relationship between theories that treat innovation as a key driver of the business cycle, we propose an analysis of rapprochement between the views of business cycles from Schumpeter and Minsky. The differences between the heuristic models used in their analysis are considerable, but it is precisely here that lies the challenge and the goal of this dissertation: trying to establish a complementarity between the views of cycle from the two economists, despite the differences in their models. Thus, the hypothesis holds that innovation is central in explaining business cycles in the theoretical approaches of Schumpeter and Minsky, which makes their visions of the dynamics of a market economy complementary. There is, therefore, the question: Is it possible to explain the centrality that has innovations in explaining business cycles from the complementarity of the views of Schumpeter and Minsky cycle? In making this dissertation it was applied the methodology of assessment literature. We exposed the differences between the theories of the business cycle of Minsky and Schumpeter, but also identified traits in common in the views of the two. Above all, despite the differences between the theoretical legacies and heuristic models, it was observed that the visions of cycle from the two economists have considerable approaches together. It was observed that, in fact, the views of Schumpeter and Minsky cycles are complementary. According to Vercelli assumption there is a relation of complementarity among the cycles of the two economists. However, the main question of this dissertation concerns the complementary of cycle visions from Schumpeter and Minsky. However, it is not entirely abandoned the Vercelli assumption since, based on what has been discussed, it can be stated that financial innovations possibly arising on market conditions similar to that tend to arise technological innovations (relative stability, for example). Although, not necessarily, the two cycles has to occur simultaneously and dependent. In short, we can say that a reconciliation between the vision of technological cycle of Schumpeter and vision of Minsky's financial cycle is able to make more explicit the cyclical dynamics of the capitalist system and the role of innovation in this process. Thus we conclude that innovation is central in explaining business cycles in the theoretical approaches of Schumpeter and Minsky, which makes their visions of the dynamics of a market economy complementary. / A atual crise econômica mundial tem posto em cheque a capacidade elucidativa de muitas abordagens da teoria econômica, em especial as que possuem base nos pressupostos neoclássicos, marcados, grosso modo, pela tendência ao equilíbrio (auto-ajuste), bem como o tratamento superficial das funções da moeda no sistema capitalista. No mesmo sentido, a obra de alguns autores de linha heterodoxa tem ganhado maior espaço nas discussões justamente por dispensarem atenção especial ao papel da moeda no funcionamento da dinâmica econômica capitalista, além de também observarem o sistema sobre o prisma da instabilidade inerente. No tocante à crise, o mainstream tem apontado para possíveis equívocos de políticas governamentais americanas, por sua vez, as análises heterodoxas têm indicado, grosso modo, a insuficiência de regulamentação dos mercados financeiros. Para além dessas interpretações, contudo, um dos elementos mais marcantes desse processo – desde a formação da bolha do subprime à crise − foram as inovações financeiras, que propiciaram o surgimento de um período de prosperidade econômica mundial. Desse modo amplia-se a percepção da inovação como um elemento importante na formação dos ciclos econômicos, motivando a discussão e investigação sobre ambos os temas. Com o intuito de explorar melhor a relação entre as teorias que tratam a inovação como principal propulsor dos ciclos econômicos, propomos uma análise de aproximação entre as visões de ciclos econômicos de Schumpeter e de Minsky. As diferenças entre os modelos heurísticos empregados em suas respectivas análises são consideráveis; mas, é justamente nesse ponto que reside o desafio e o objetivo dessa dissertação: tentar estabelecer uma complementariedade entre as visões de ciclo dos dois economistas, a despeito das diferenças de seus modelos. Assim, sustenta-se a hipótese de que a inovação é central na explicação dos ciclos econômicos nas abordagens teóricas de Schumpeter e Minsky, o que torna suas visões da dinâmica de uma economia de mercado complementares. Coloca-se, portanto, a seguinte questão: É possível explicitar a centralidade que tem as inovações na explicação dos ciclos econômicos a partir da complementariedade das visões de ciclo de Schumpeter e Minsky? Na confecção dessa dissertação aplicou-se a metodologia de apreciação bibliográfica. Foram expostas as diferenças que existem entre as teorias de ciclo econômico de Minsky e Schumpeter, mas também foram identificados traços que aproximam as visões dos dois. Sobretudo, a despeito das divergências entre as heranças teóricas e os modelos heurísticos, observou-se que as visões de ciclo dos dois economistas apresentam aproximações consideráveis entre si. Observou-se que, na realidade, as visões dos ciclos de Schumpeter e Minsky se complementam. Segundo a suposição de Vercelli há uma relação de complementariedade entre os próprios ciclos dos dois economistas. Entretanto, a questão principal dessa dissertação diz respeito à complementariedade das visões de ciclo de Schumpeter e Minsky. Contudo, não se abandonou inteiramente a suposição de Vercelli uma vez que, com base no que foi discutido, pode-se afirmar que as inovações financeiras surgem, possivelmente, diante de condições de mercado semelhantes em que tendem a surgir as inovações tecnológicas (relativa estabilidade, por exemplo). Embora não necessariamente os ciclos tenham que ocorrer de forma simultânea e dependente. Em suma, pode-se dizer que uma conciliação entre a visão de ciclo tecnológico de Schumpeter e a visão de ciclo financeiro de Minsky é capaz de tornar mais explícita a dinâmica cíclica do sistema capitalista, bem como o protagonismo da inovação nesse processo. Conclue-se assim que a inovação é central na explicação dos ciclos econômicos nas abordagens teóricas de Schumpeter e Minsky, o que torna suas visões da dinâmica de uma economia de mercado complementares.

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