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Efeito da mobilização articular na nocicepção e na atividade motora em modelo animal de dor musculoesquelética inflamatória / Effects of peripheral joint mobilization on nociception and motor activity in experimental modelo of musculoskeletal pain

Sousa, Thiago Abner dos Santos 02 March 2015 (has links)
Introduction: Musculoskeletal pain can be known consequence of repetitive strain, overuse and musculoskeletal disorders related to work. These injuries include a variety of disorders that cause pain in bones, joints, muscles, or surrounding structures, often promoting decreased range of motion and loss of function. The therapeutic management of musculoskeletal pain involves pharmacological treatment and physical therapy. However, the effects of joint mobilization (JM) between the grades of small and large amplitude in the peripheral joints in nociception and locomotor activity are still not well understood scientifically. Objective: To investigate the effects of joint mobilization in peripheral nociception, motor activity and axient in animal models of inflammatory musculoskeletal pain. Methods: Eighteen male Wistar rats (250 to 300 g) received carrageenan and kaolin (0.1 mL) injection solution into the left knee joint to induce inflammation. Joint mobilization grade I (n=6) and grade III (n=6) were held diferentiated by the grade of range. Control animals (n = 6) were kept within a glove during the same time of the animals that were submitted to therapy intervention. All tests were performed with the investigator blinded to the type of treatment performed. Treatment with JM occurred for three days interspersed from the third post-induction day. Were measured the secondary mechanical hyperalgesia (Von Frey digital), spontaneous displacement motor (Open field) and locomotor activity by mean speed, time activity and frequency of rearing (Monitor de Atividades- IR). These measurements are performed before and 24 hours after induction and before and after each treatment day. Data were expressed as mean ± SEM. Differences between groups were analyzed by ANOVA one-way followed by Tukey test and intra-group differences were analyzed by paired t test. Results: After induction of musculoskeletal joint inflammation, decreased paw withdrawal threshold in all groups (p <0.001). The groups JM I and JM III demonstrated significantly increased paw withdrawal threshold (p=0.05) 48 hours after the intervention days D5 and D7, showing no immediate analgesic effect MA. Significant reduction of the mean speed (p <0.001) in groups JM I and JM III on day D1, 24 hours after induction. A significant increase in speed (p=0.02) in the group JM III 48 hours after therapeutic intervention in the days D5 and D7. Immediately after application of therapy in group JM III, mean speed was reduced (p <0.03) on days and D3 and D7 (p <0.03) at day D5 after application JM I and JM III. A significant increase in rearing time (p <0.03) in the group JM III 48 hours after intervention on D7, showing no immediate effect of the JM grade III in the exploratory motor activity. The activity was significantly reduced in time (p <0.002) in the groups JM I and JM III compared to the time before the induction of musculoskeletal inflammation. The data showed increased activity time (p <0.01) 48 hours after the intervention JM III at days D5 and D7. In spontaneous movement, there was an increase in the number of quadrants (p <0.04) in the groups JM I and JM III 48 hours after intervention on days D5 and D7, suggesting there by reducing the levels of anxiety. There was no significant difference between the groups treated in any variable. Conclusion: It is concluded that the joint mobilization carried out in grades I and III had no immediate effect, but did not present adverse effects on reduction of hyperalgesia and levels of anxiet and improving motor activity in acute experimental model of inflammatory musculoskeletal pain / Introdução: A dor musculoesquelética pode ser consequência conhecida do esforço repetitivo, do uso excessivo e de distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho. O manejo terapêutico da dor musculoesquelética envolve tratamento farmacológico e fisioterapia. Na prática clínica fisioterapêutica, a mobilização articular (MA) é frequentemente utilizada como recurso analgésico. No entanto, os efeitos da mobilização articular entre os graus de pequena e grande amplitude nas articulações periféricas, na nocicepção e na atividade locomotora ainda não são bem esclarecidos cientificamente. Objetivo: Investigar os efeitos da mobilização articular periférica na nocicepção, na atividade motora e nos níveis de ansiedade em modelo animal de dor musculoesquelética inflamatória. Método: Para tanto, 18 ratos Wistar machos (250 a 300 g) receberam injeção de solução de carragenina e caolina (0,1 mL) no joelho esquerdo para induzir inflamação articular. Foram realizadas mobilizações articulares de grau I (n=6) e grau III (n=6) diferenciados pelo grau de amplitude articular. Os animais controles (n=6) foram mantidos dentro de uma luva durante o mesmo tempo dos animais que foram submetidos à intervenção terapêutica. O protocolo de mobilização articular foi feito em três séries de três minutos com um intervalo de um minuto entre as séries, durante três dias intercalados. Foram mensurados a hiperalgesia mecânica secundária (Von Frey digital), deslocamento motor espontâneo (campo aberto) e atividade locomotora através da velocidade média, tempo de atividade e tempo de rearing (monitor de atividades-IR). Essas medidas foram realizadas antes e 24 horas após a indução e antes e depois de cada dia de tratamento. Os dados foram expressos como média ± EPM. Diferenças entre grupos foram analisadas pelo teste ANOVA monocaudal seguido de teste Tukey e as diferenças intragrupos foram analisadas pelo teste t pareado. Resultados: Após indução da inflamação musculoesquelética articular, houve redução do limiar de retirada da pata em todos os grupos (p<0,001). Os grupos MA I e MA III mostraram aumento significativo do limiar de retirada da pata (p=0,05) 48 horas após a intervenção nos dias D5 e D7, mostrando efeito analgésico não imediato da MA. Houve redução significativa da velocidade média (p<0,001) nos grupos MA I e MA III no dia D1, 24 horas após a indução. Observou-se aumento significativo da velocidade (p=0,02) no grupo MA III 48 horas após intervenção terapêutica nos dias D5 e D7. Imediatamente após a aplicação da terapia no grupo MA III, houve redução da velocidade média (p<0,03) nos dias D3 e D7 e (p<0,03) no dia D5 após a aplicação da MA I e MA III. Houve aumento significativo do tempo de rearing (p<0,03) no grupo MA III 48 horas após a intervenção no dia D7, evidenciando efeito não imediato da MA grau III na atividade motora exploratória. O tempo de atividade foi significativamente reduzido (p<0,002) nos grupos MA I e MA III em relação ao momento antes da indução da inflamação musculoesquelética. Os dados mostraram aumento do tempo de atividade (p<0,01) 48 horas após a intervenção no grupo MA III nos dias D5 e D7. No deslocamento espontâneo, houve aumento do número de quadrantes transpassados (p<0,04) nos grupos MA I e MA III 48 horas após a intervenção nos dias D5 e D7, sugerindo, assim, redução dos níveis de ansiedade. Não houve diferença significativa entre os grupos tratados em nenhuma das variáveis avaliadas. Conclusão: Conclui-se que a mobilização articular realizada nos graus I e III não teve um efeito imediato, porém não apresentou efeitos prejudiciais na redução da hiperalgesia e dos níveis de ansiedade e na melhora da atividade motora na fase aguda do modelo experimental de dor musculoesquelética inflamatória.

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