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A expressÃo da modalidade deÃntica no corpus brasileiro de lÃngua espanhola (sÃculos XVI- XVII) / La expresiÃn de la modalidad deÃntica en el corpus brasileÃo de lengua espaÃola (Siglos XVI-XVII)Eliabe dos Santos ProcÃpio 04 April 2013 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / Este estudo tem por objetivo principal analisar a expressÃo da Modalidade DeÃntica (MD) no Corpus Brasileiro de LÃngua Espanhola (CBRASLE), composto de textos dos sÃculos XVI e XVII. Para tal, orientamo-nos a uma abordagem funcional da lÃngua, fundamentando-nos: na LinguÃstica TipolÃgico-Funcional (GIVÃN, 2001; 1995 etc), que defende a existÃncia de uma gramÃtica natural, no sentido de que tudo pode ser explicado pelo uso, o qual, por meio de suas rotinizaÃÃes, possibilita um estudo tipologista com base na comparaÃÃo entre as lÃnguas; e nos conceitos de GramÃtica Emergente (HOPPER, 1987) e FrequÃncia Token/Type (BYBEE; HOPPER, 2001), os quais permitem conjugar uma anÃlise que relaciona emergÃncia de formas linguÃsticas a partir do uso, com mensuraÃÃo quantitativa. Ainda, nesta fundamentaÃÃo teÃrica, utilizamos Lyons (1977, 1997), Palmer (2007), Bybee, Perkins e Pagliuca (2003) dentre outros, os quais definem Modalidade como um domÃnio semÃntico referente a elementos de sentido que as lÃnguas expressam, no nosso caso a MD, cuja expressÃo pode ser de Necessidade, PreferÃncia, IntenÃÃo, Habilidade, ObrigaÃÃo, PermissÃo e ManipulaÃÃo. Como metodologia, adotamos trÃs posiÃÃes: a primeira, relacionada à Filologia e à LinguÃstica de Corpus, permitiu-nos editar, tratar e organizar o CBRASLE, constituÃdo de documentos escritos em Espanhol, por hispano-falantes, durante os sÃculos XVI e XVII. O segundo procedimento foi o linguÃstico, a partir do qual estabelecemos os nÃveis de anÃlise, sÃo eles: o textual, o semÃntico-discursivo e o morfossintÃtico; e o terceiro consistiu na anÃlise estatÃstica, por meio do programa Goldvarb. Dada a relativa extensÃo metodolÃgica, nossa anÃlise apresentou vÃrios resultados, dentre os quais citamos os mais importantes. Filologicamente, como resultado principal, temos a ediÃÃo fac-similar, semipaleogrÃfica e anotada dos textos, acompanhada de um glossÃrio de notas e abreviaturas. Linguisticamente, constatamos que o nÃvel textual do CBRASLE caracteriza-se pelo uso recorrente da sequÃncia narrativa, seguida da injuntiva e descritiva, jà que nosso corpus compÃe-se basicamente por missivas. No nÃvel semÃntico-discursivo, os valores deÃnticos mais comuns foram ManipulaÃÃo e ObrigaÃÃo, condicionados principalmente pela relaÃÃo fonte e alvo deÃnticos, estabelecida significativamente entre indivÃduos. à por isso que se mostrou baixa a presenÃa de atenuadores epistÃmicos na expressÃo deÃntica. Ainda nesse nÃvel, testamos o fator afetamento do alvo deÃntico e verificamos haver um equilÃbrio na distribuiÃÃo dos dados, indicando que a transferÃncia do valor deÃntico dÃ-se direta e indiretamente ao alvo. O Ãltimo nÃvel analisado foi o morfossintÃtico, no qual despontou o uso do verbo/perÃfrase como expressÃo deÃntica. Quanto Ãs construÃÃes perifrÃsticas, destacou-se o emprego dos verbos auxiliares poder e haber, parecendo refletir a recorrÃncia dos valores deÃnticos supracitados. A intrÃnseca relaÃÃo entre a Modalidade DeÃntica e a Modalidade Realis, manifestou-se no uso considerÃvel do Modo Indicativo. AlÃm disso, hà os tempos verbais Presente e PretÃrito Perfecto Simple, utilizados simetricamente à sequÃncia textual: no sÃc. XVI desponta o uso da InjunÃÃo paralelo ao Presente, no sÃc. seguinte, surge o uso da NarraÃÃo ao lado do PretÃrito, todos delineados pela Futuridade inerente à Deonticidade. à importante notar como o Espanhol responde Ãs necessidades comunicativas de seus usuÃrios, codificando a expressÃo deÃntica e manifestando as relaÃÃes sociais assimÃtricas entre seus interlocutores. / Este estudio tiene como objetivo principal analizar la expresiÃn de la Modalidad DeÃntica (MD) en el Corpus BrasileÃo de la Lengua EspaÃola (CBRASLE), compuesto de textos de los siglos XVI y XVII. Para esto, acogemos un abordaje funcional de la lengua, fundamentÃndonos: en la LingÃÃstica TipolÃgico-Funcional (GIVÃN, 2001; 1995 etc.), que defiende la existencia de una gramÃtica natural, en el sentido de que todo puede ser explicado por el uso, el cual, por medio de su asiduidad, posibilita un estudio tipolÃgico con base en la comparaciÃn entre las lenguas; y en los conceptos de la GramÃtica Emergente (HOPPER, 1987), y Frecuencia Token/Type (BYBEE e HOPPER, 2001), que permiten conjugar un anÃlisis que relaciona emergencia de formas lingÃÃsticas a partir del uso, con moderaciÃn cuantitativa. TodavÃa, en esta fundamentaciÃn teÃrica, utilizamos Lyons (1977, 1997), Palmer (2007), Bybee, Perkins e Pagliuca (2003), entre otros, quienes defienden Modalidad como un dominio semÃntico referente a los elementos del sentido que las lenguas expresan, en nuestro caso al MD, cuya expresiÃn puede ser de Necesidad, Preferencia, IntenciÃn, Habilidad, ObligaciÃn, Permiso y ManipulaciÃn. Como metodologÃa, adoptamos tres posiciones: la primera, relacionada con la FilologÃa y la LingÃÃstica del Corpus, que nos permite editar, tratar y organizar el CBRASLE, constituido de documentos escritos en EspaÃol por hispanohablantes, durante los siglos XVI y XVII. La segunda posiciÃn que adoptamos es la lingÃÃstica, a partir de la cual establecemos los niveles de anÃlisis, que son: el textual, el semÃntico-discursivo y el morfosintÃctico; y la tercera posiciÃn, es el anÃlisis estadÃstico, por medio del programa estadÃstico Goldvarb. Dada la relativa extensiÃn metodolÃgica, nuestro anÃlisis presenta varios resultados, de los cuales citamos los mÃs importantes. FilolÃgicamente, como resultado principal, tenemos la ediciÃn facsÃmil, semipaleogrÃfica y anotada de los textos, acompaÃada de un glosario de notas e abreviaturas. LingÃÃsticamente, constatamos que el nivel textual del CBRASLE se caracteriza por el uso recurrente de la secuencia narrativa, seguida de la instructiva y la descriptiva, los valores deÃnticos mÃs comunes fueron ManipulaciÃn e ObligaciÃn, condicionados principalmente por la relaciÃn entre la origen y la causa deÃnticas, establecida significativamente entre los individuos. Por eso la presencia de los atenuadores epistÃmicos en la expresiÃn se mostrà baja. TodavÃa en este nivel, probamos el factor afecciÃn del objetivo deÃntico y verificamos tener un equilibrio en la distribuciÃn de los datos, indicando que la transferencia del valor deÃntico se da directa e indirectamente a la causa deÃntica. El Ãltimo nivel analizado fue el morfosintÃctico, en el que sobresalià el uso del verbo/perÃfrasis como expresiÃn deÃntica. En cuanto a las construcciones perifrÃsticas, se destacà el empleo de los verbos auxiliares poder o haber, como expresiÃn deÃntica, pareciendo reflejar la recurrencia de los valores deÃnticos citados anteriormente. Sabiendo que la Modalidad DeÃntica se relaciona con la Modalidad Realis, esto proporcionà un uso considerable del Modo Indicativo. AdemÃs de esto, estÃn los tiempos verbales de Presente y de PretÃrito Perfecto Simple, utilizados simÃtricamente en la secuencia textual: en el siglo XVI despunta el uso de la InstrucciÃn paralelo al Presente, en el siglo siguiente, emerge el uso de la NarraciÃn al lado del PretÃrito, todos delineados por la Futuridad inherente a la Deonticidad. En definitiva, es importante seÃalar como el EspaÃol responde a las necesidades comunicativas de sus usuarios, codificando la expresiÃn deÃntica y manifestando las relaciones sociales asimÃtricas entre sus interlocutores.
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