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Papel dos monócitos inflamatórios na sepse / The role of inflammatory monocytes in sepsisCebinelli, Guilherme Cesar Martelossi 12 February 2019 (has links)
Sepse é uma síndrome, na qual, o paciente apresenta lesões de órgãos com risco a vida, em decorrência de uma inflamação exagerada desencadeada por uma infecção. Estima-se uma ocorrência anual de 31,5 milhões de casos de sepse e 19,4 milhões de casos de choque séptico no mundo, causando potencialmente 5,3 milhões de mortes. Esses índices alarmantes fizeram com que em 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) adotasse uma resolução com o objetivo de aperfeiçoar a prevenção, diagnóstico e tratamento dessa condição clínica que vem sendo negligenciada. A iniciação da sepse, ocorre quando há um descontrole da infecção, acarretando excessiva ativação de células do sistema imune inato. Isso resulta em uma inflamação sistêmica danosa que é responsável pela maioria das alterações fisiopatológicas da sepse. Nesse contexto do sistema imune inato, o papel de neutrófilos já é bem compreendido da patogênese da sepse. Contudo, a função dos monócitos inflamatórios ainda não é bem estabelecida. Ao mesmo tempo que essas células podem participar do controle de infecções, elas também podem contribuir com a inflamação sistêmica e a lesão de órgãos. Deste modo, a compreensão do papel dessas células se faz importante para determinação de novos alvos terapêuticos para essa condição clínica. Nossos resultados demonstraram, em modelo experimental de sepse, que o aumento da emigração de monócitos inflamatórios da medula óssea está relacionado com maior taxa de mortalidade dos animais e exacerbação da inflamação sistêmica. A migração dessas células para órgãos, como rim e pulmão, está relacionado com inflamação e aumento de lesões, nesses locais. Deste modo, conclui-se que monócitos inflamatórios possuem um papel deletério na patogênese da sepse / Sepsis is a syndrome in which the patient has life-threatening organ damage due to an exaggerated inflammation triggered by an infection. The annual occurrence is 31.5 million cases of sepsis and 19.4 million cases of septic shock in the world, which potentially cause 5.3 million deaths. In concern of these alarming reports in 2017, the World Health Organization (WHO) adopted a resolution aimed at improving the prevention, diagnosis and treatment of this neglected clinical condition. The initiation of sepsis occurs when the infection was not controlled, causing excessive activation of the innate immune cells. This excessive activation causes a systemic inflammation that is responsible for most pathophysiological phenomena in sepsis. In this context of the innate immune system, the role of neutrophils is already well understood in the pathogenesis of sepsis. However, the role of inflammatory monocytes is not yet well established. These cells can participate in the control of infections, or can also contribute to systemic inflammation and organs damage. Thus, the understanding of the roles of these cells become important for the development of new therapeutic targets for this clinical condition. Our results demonstrated that the systemic increase of the inflammatory monocytes frequency is related to higher mortality rate, exacerbation of systemic inflammation, increased migration to organs (lung and kidney), and in these sites, are related to inflammation and lesions. Thus, we concluded that these cells have a deleterious role in the pathogenesis of sepsis
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Monócitos e macrófagos participam da proteção e da patologia associada à infecção por Leishmania BraziliensisDiniz, Ângela Giudice 13 August 2013 (has links)
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Tese_ICS_Angela Giudice Diniz.pdf: 1118441 bytes, checksum: a3651deda168fee418b2f5acb8f9b6a9 (MD5) / NIH Grant AI30639;Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq);Universal 472198/2009-2. / Introdução: Na leishmaniose cutânea (LC) e mucosa (LM) causadas por Leishmania braziliensis, a patologia está associada com a produção exacerbada de citocinas pró-inflamatórias. Cerca de 10% dos indivíduos residentes em Corte de Pedra- BA, uma área de transmissão de L. Braziliensis apresentam reação de hipersensibilidade tardia ao antígeno de Leishmania, não apresentam evidências de doença clínica e são considerados como tendo uma forma subclínica (SC) da doença. linfócitos desses indivíduos não produzem ou apresentam uma produção menor de IFN- e TNF- quando comparados a pacientes com LC. Até o momento não está claro porque esses indivíduos têm a capacidade de controlar a doença. Como a erradicação do parasito ou a ocorrência de formas assintomáticas da infecção não podem ser explicadas pela ação efetiva da resposta imune adaptativa, é necessário um maior aprofundamento do conhecimento do papel da resposta imune inata no controle da infecção. Os macrófagos são as principais células que abrigam a Leishmania e consequentemente a sobrevivência ou morte desse parasito depende da ativação dessas células, da produção de oxidantes e de moléculas inflamatórias. Todavia na LC e na LM os parasitos não são totalmente destruídos e uma constante ativação macrofágica pode vir a contribuir para a reação inflamatória e patogênese da doença. Objetivo: Avaliar o papel dos monócitos /macrófagos na imunopatogênese da leishmaniose tegumentar. Metodologia: Macrófagos de pacientes com LC, LM e indivíduos SC foram infectados in vitro com L. braziliensis e avaliados quanto à suscetibilidade a infecção por Leishmania e a capacidade de matar o parasito. No sobrenadante dos macrófagos infectados foram avaliadas as produções de óxido nítrico (NO), superóxido (O2-) pelo reagente de Griess, quimiocinas e TNF-α por teste imunoenzimático. Foram também avaliadas a frequência de monócitos inflamatórios (CD14+CD16+), assim como a caracterização fenotípica dessas células por citometria de fluxo nos diferentes grupos estudados. Resultados: Após a exposição a L. braziliensis, macrófagos de indivíduos SC apresentaram uma diminuição significante na percentagem de células infectadas e no número de amastigotas por 100 macrófagos em comparação com as células de pacientes com LC e LM. A produção de NO e O2- foi detectada, mas não houve variação significante entre os diferentes grupos. A produção de quimiocinas e de TNF-α foi maior em pacientes com LC e LM quando comparado com a do grupo SC. A frequência de monócitos CD14+CD16+ foi maior em doentes com LC em comparação com indivíduos SC. Conclusão: Nossos dados sugerem que monócitos/macrófagos desempenham um papel importante no controle da infecção por L. braziliensis e na patologia da leishmaniose tegumentar. / Salvador
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Migração de leucócitos para o sistema nervoso central na infecção experimental por vírus ZIKV / Migration of leukocytes to the central nervous system in experimental infection with ZIKV virusHerculano da Silva 10 October 2018 (has links)
O vírus ZIKA pertence ao gênero Flavivírus e diversos trabalhos têm demonstrado que a infecção por esse vírus está associada com o desenvolvimento de anomalias congênitas fetais e doenças neurológicas como casos de microcefalia e de síndrome de Guillan-Barré. Com intuito de entender os mecanismos imunológicos de controle da replicação viral e na patogênese da doença, o objetivo do trabalho foi estabelecer um modelo experimental de infecção por vírus ZIKV em animais imunocompetentes e investigar a migração de leucócitos para o sistema nervoso central durante a infecção por esse vírus. Os animais C57BL/6 infectados por ZIKV apresentaram um aumento da carga viral no sistema nervoso central (SNC) após 24 horas de infecção e uma redução significativa após 48 e 72 horas de infecção. No entanto, os animais deficientes do receptor de IFN tipo I (IFNAR-/-) apresentaram uma alta carga viral após 48 e 72 horas de infecção. Nossos dados mostram que os animais IFNAR-/- são altamente suscetíveis a infecção com 100% de mortalidade na fase aguda da doença, enquanto os animais C57BL/6 são resistentes a infecção com 100% sobrevida por mais de 30 dias de infecção. A infecção com ZIKA induziu o recrutamento de duas subpopulações de monócitos CD11b+Ly6Chi e CD11b+Ly6Clo para o SNC de maneira dependente da sinalização de IFN tipo I. Uma vez que, os animais C57BL/6 apresentaram um aumento de monócitos no SNC após 48 horas de infecção, enquanto que os animais IFNAR-/- apresentaram o recrutamento dessas células somente após 72 horas de infecção. De maneira interessante, o recrutamento dos monócitos culminou com um aumento da expressão das citocinas IL-6 e IL-18 no SNC de animais C57BL/6, enquanto que a expressão dessas citocinas não foi encontrada no SNC de animais IFNAR-/-, sugerindo a importância da via de sinalização de IFN tipo I para a produção dessas citocinas. E por fim, demostramos que a migração dos monócitos para SNC de animais infectados com vírus ZIKA é dependente da produção de CCL2 produzida no cérebro de animais infectados e da expressão dos receptores de quimiocinas CCR2 e CCR5. Uma vez que, animais deficientes para CCR2 (CCR2-/-) e CCR5 (CCR5-/-) apresentaram uma redução da frequência dos monócitos CD11b+Ly6Chi para o SNC em comparação aos animais C57BL/6 após a infecção. De maneira geral, nossos dados mostram que os animais C57BL/6 são resistentes à infecção por ZIKV, uma vez que a via de sinalização de IFN do tipo I está envolvida no recrutamento de monócitos inflamatórios para SNC e consequente controle da replicação viral. O desenvolvimento de um modelo experimental de infecção por vírus ZIKV abre perspectivas para o entendimento dos mecanismos de controle da replicação viral e sobre a patogênese da doença. / The ZIKA virus belongs to the genus Flavivirus, several studies have demonstrated that the infection by this virus is associated with the development of fetal congenital anomalies and neurological diseases, such as microcephaly and Guillan-Barré syndrome. In order to elucidate the immunological mechanisms of the viral replication control and the disease pathogenesis, the study aim was to establish an experimental model of ZIKV infection in immunocompetent animals and investigate the leukocytes migration to the central nervous system during this virus infection. ZIKV infected C57BL/6 animals demonstrated an increased viral load in the central nervous system (CNS) after 24 hours of infection and a significant reduction after 48 and 72 hours of infection. However, type I INF receptor deficient mice (IFNAR-/-) had a high viral load after 48 and 72 hours of infection. Our data demonstrated that IFNAR-/- animals are highly susceptible to infection with 100% mortality during the acute phase of the disease, while C57BL/6 mice are resistant with 100% survival for more than 30 days of infection. ZIKA infection induced the recruitment of two monocytes subpopulation CD11b+Ly6Chi and CD11b+Ly6Clo to the CNS in a dependent manner of type I INF signaling. C57BL/6 mice showed an increase of monocytes in the CNS after 48 hours of infection, whereas IFNAR-/- mice recruited these cells only after 72 hours of infection. Interestingly, the monocytes recruitment culminated in an increased expression of IL-6 and IL-18 in C57BL/6 mice CNS, while these cytokines expression was not observed in the CNS of IFNAR-/- animals, thus suggesting the importance of type I INF signaling pathway for these cytokines production. Finally, we have demonstrated that the monocytes migration to the CNS from animals infected with ZIKA virus is dependent of CCL2 production in the brain of infected animals, as well as the expression of the chemokine receptors CCR2 and CCR5. Given that CCR2 (CCR2-/-) and CCR5 (CCR5-/-) deficient animals demonstrated a frequency reduction of CD11b+Ly6Chi monocytes to the CNS compared to C57BL/6 mice after infection. Overall, our data demonstrate that C57BL/6 animals are resistant to ZIKV infection, since the type I INF signaling pathway is involved in the inflammatory monocytes recruitment to the CNS and subsequent viral replication control. The development of an experimental model of ZIKV infection open perspectives for the understanding of viral replication control mechanisms and disease pathogenesis.
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Migração de leucócitos para o sistema nervoso central na infecção experimental por vírus ZIKV / Migration of leukocytes to the central nervous system in experimental infection with ZIKV virusSilva, Herculano da 10 October 2018 (has links)
O vírus ZIKA pertence ao gênero Flavivírus e diversos trabalhos têm demonstrado que a infecção por esse vírus está associada com o desenvolvimento de anomalias congênitas fetais e doenças neurológicas como casos de microcefalia e de síndrome de Guillan-Barré. Com intuito de entender os mecanismos imunológicos de controle da replicação viral e na patogênese da doença, o objetivo do trabalho foi estabelecer um modelo experimental de infecção por vírus ZIKV em animais imunocompetentes e investigar a migração de leucócitos para o sistema nervoso central durante a infecção por esse vírus. Os animais C57BL/6 infectados por ZIKV apresentaram um aumento da carga viral no sistema nervoso central (SNC) após 24 horas de infecção e uma redução significativa após 48 e 72 horas de infecção. No entanto, os animais deficientes do receptor de IFN tipo I (IFNAR-/-) apresentaram uma alta carga viral após 48 e 72 horas de infecção. Nossos dados mostram que os animais IFNAR-/- são altamente suscetíveis a infecção com 100% de mortalidade na fase aguda da doença, enquanto os animais C57BL/6 são resistentes a infecção com 100% sobrevida por mais de 30 dias de infecção. A infecção com ZIKA induziu o recrutamento de duas subpopulações de monócitos CD11b+Ly6Chi e CD11b+Ly6Clo para o SNC de maneira dependente da sinalização de IFN tipo I. Uma vez que, os animais C57BL/6 apresentaram um aumento de monócitos no SNC após 48 horas de infecção, enquanto que os animais IFNAR-/- apresentaram o recrutamento dessas células somente após 72 horas de infecção. De maneira interessante, o recrutamento dos monócitos culminou com um aumento da expressão das citocinas IL-6 e IL-18 no SNC de animais C57BL/6, enquanto que a expressão dessas citocinas não foi encontrada no SNC de animais IFNAR-/-, sugerindo a importância da via de sinalização de IFN tipo I para a produção dessas citocinas. E por fim, demostramos que a migração dos monócitos para SNC de animais infectados com vírus ZIKA é dependente da produção de CCL2 produzida no cérebro de animais infectados e da expressão dos receptores de quimiocinas CCR2 e CCR5. Uma vez que, animais deficientes para CCR2 (CCR2-/-) e CCR5 (CCR5-/-) apresentaram uma redução da frequência dos monócitos CD11b+Ly6Chi para o SNC em comparação aos animais C57BL/6 após a infecção. De maneira geral, nossos dados mostram que os animais C57BL/6 são resistentes à infecção por ZIKV, uma vez que a via de sinalização de IFN do tipo I está envolvida no recrutamento de monócitos inflamatórios para SNC e consequente controle da replicação viral. O desenvolvimento de um modelo experimental de infecção por vírus ZIKV abre perspectivas para o entendimento dos mecanismos de controle da replicação viral e sobre a patogênese da doença. / The ZIKA virus belongs to the genus Flavivirus, several studies have demonstrated that the infection by this virus is associated with the development of fetal congenital anomalies and neurological diseases, such as microcephaly and Guillan-Barré syndrome. In order to elucidate the immunological mechanisms of the viral replication control and the disease pathogenesis, the study aim was to establish an experimental model of ZIKV infection in immunocompetent animals and investigate the leukocytes migration to the central nervous system during this virus infection. ZIKV infected C57BL/6 animals demonstrated an increased viral load in the central nervous system (CNS) after 24 hours of infection and a significant reduction after 48 and 72 hours of infection. However, type I INF receptor deficient mice (IFNAR-/-) had a high viral load after 48 and 72 hours of infection. Our data demonstrated that IFNAR-/- animals are highly susceptible to infection with 100% mortality during the acute phase of the disease, while C57BL/6 mice are resistant with 100% survival for more than 30 days of infection. ZIKA infection induced the recruitment of two monocytes subpopulation CD11b+Ly6Chi and CD11b+Ly6Clo to the CNS in a dependent manner of type I INF signaling. C57BL/6 mice showed an increase of monocytes in the CNS after 48 hours of infection, whereas IFNAR-/- mice recruited these cells only after 72 hours of infection. Interestingly, the monocytes recruitment culminated in an increased expression of IL-6 and IL-18 in C57BL/6 mice CNS, while these cytokines expression was not observed in the CNS of IFNAR-/- animals, thus suggesting the importance of type I INF signaling pathway for these cytokines production. Finally, we have demonstrated that the monocytes migration to the CNS from animals infected with ZIKA virus is dependent of CCL2 production in the brain of infected animals, as well as the expression of the chemokine receptors CCR2 and CCR5. Given that CCR2 (CCR2-/-) and CCR5 (CCR5-/-) deficient animals demonstrated a frequency reduction of CD11b+Ly6Chi monocytes to the CNS compared to C57BL/6 mice after infection. Overall, our data demonstrate that C57BL/6 animals are resistant to ZIKV infection, since the type I INF signaling pathway is involved in the inflammatory monocytes recruitment to the CNS and subsequent viral replication control. The development of an experimental model of ZIKV infection open perspectives for the understanding of viral replication control mechanisms and disease pathogenesis.
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