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Moral geracional e universal: sentidos do trabalho e dos direitos para os pequenos catadores de mariscosTorres, Maria Adriana Da Silva 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas / Esta tese resulta da confluência de dois campos de interesse: o trabalho infantil no
contexto lagunar de Maceió/AL e a política social que propõe erradicá-lo. Objetivou-se
analisar a moral geracional constitutiva da cultura do trabalho e a moral universal
constitutiva da cultura de direitos em três categorias relacionadas à teoria de Pierre
Bourdieu campo, habitus e capital. O estudo questiona os sentidos do trabalho
infantil e dessa política que intenciona erradicá-lo. Esse questionamento gerou-se pela
observação do olhar de diversos agentes sociais crianças, adolescentes e adultos
no contexto das dimensões simbólicas e estruturais relacionadas às análises
microssocial e macrossocial. O trabalho de campo foi realizado nos seguintes espaços
onde acontece a socialização de crianças e adolescentes catadoras de mariscos na
cadeia produtiva do sururu, no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) e
na escola , por meio de entrevistas, grupos focais e questionários. Os dados coletados
mostram que a moral geracional está presente no cotidiano dessas crianças e
adolescentes devido à frágil cidadania concedida a eles e às suas famílias. Isto
acontece mediante a reprodução das relações de dominação da sociedade capitalista,
que, desde tempos longínquos, utiliza o trabalho precário dos filhos das classes
populares através de uma hexis corporal correlacionada à história individual ou
coletiva de crianças e adolescentes. A análise traz ao debate o processo de demissão do
Estado pelas políticas sociais focais e evidencia o desencantamento dos diversos
agentes com a cultura de direitos para a infância. Com isso, constatou-se que essa
cultura ainda não está objetivada para os que vivem em tempos incertos na orla
lagunar de Maceió/AL. Os resultados obtidos indicam que crianças e adolescentes
vivem ambiguamente em uma sociedade que lhes exige uma vida útil e produtiva em
detrimento das necessidades básicas do desenvolvimento infantil saudável. A pesquisa
aponta necessidades de mudanças nas estruturas sociais, bem como nas estruturas
internas incorporadas pelos trabalhadores de pouca idade, para modificar as relações
de dominação existentes nos campos onde estão inseridos. Assim, evidencia-se a
necessidade de investimentos nos capitais destinados ao rompimento das
representações ideológicas que defendem a cultura do trabalho infantil na sociedade
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