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Análise epidemiológica das hospitalizações no Sistema Único de Saúde, por traumatismo crânio encefálico. Brasil: 2001-2007.Fernandes, Raimundo Nonato Ribeiro January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Introdução: O Traumatismo Crânio Encefálico (TCE) é um agravo evitável que tem contribuído nas estimativas de morbi-mortalidade hospitalar. Acometem principalmente os homens e os jovens. As principais causas são os acidentes de trânsito, as quedas, os acidentes de motocicletas e as agressões. A população masculina, os mais velhos e as agressões estão associados à maior letalidade destas hospitalizações. Objetivo: Descrever as estimativas de morbi-mortalidade hospitalar por Traumatismo Crânio Encefálico (TCE), suas circunstâncias e os fatores associados aos acidentes de trabalho e a letalidade por TCE. Métodos: Trata-se de um estudo transversal seriado e descritivo das internações da população do Brasil, entre 14 a 69 anos de idade registradas no Sistema Único de Saúde, no período de Janeiro de 2001 a Dezembro de 2007. Utilizaram-se dados secundários provenientes do Sistema de Informações Hospitalar (SIH-SUS) e selecionou-se o total das internações por TCE e as internações por Causas Externas (CE), Neoplasia do Aparelho Respiratório (NAR), Diabetes Mellitus (DM), Doenças Cérebro Vasculares (DCV) e Doenças Crônicas do Aparelho Respiratório Inferior (DCARI) no mesmo período e idade, para comparação. Foram estimados os coeficientes de prevalência, mortalidade e letalidade hospitalar por TCE e por cada um dos agravos selecionados, além disso, estimou-se a proporção das circunstâncias (quedas, acidentes de trânsito, acidentes de motocicletas e agressões) no total de internações por TCE, para cada ano. Medidas de associação foram utilizadas para se identificar os fatores associados aos acidentes de trabalho e para letalidade hospitalar por TCE, assim como para as causas externas. Resultados: As hospitalizações por TCE concentraram entre os homens (81,50%) na faixa etária entre 14-34 anos de idade (53,00%) e na região Sudeste (43,00%). O Coeficiente de Prevalência de Hospitalização por TCE foi de 3,90/10.000 hab. (2001) e de 5,50/10.000 hab. (2007), ficando em quinto lugar. O Coeficiente de Mortalidade Hospitalar foi de 4,50/100.000 hab (2001) e aumentou para 6,70/100.000 hab. (2007), mantendo-se sempre à frente dos outros agravos, exceto das DCV. O Coeficiente de Letalidade Hospitalar foi de 11,40% (2001) e de 12,20% (2007), mantendo-se na terceira posição em todo o período do estudo. As quedas (35,20%) e os acidentes de trânsito (22,87%) foram as circunstâncias que mais contribuíram para o TCE, todavia os acidentes por motocicletas apresentaram o maior crescimento no período (75,00%). Embora existam subregistros de acidentes de trabalho nas hospitalizações, verificou-se três vezes mais acidentes de trabalho por TCE na região Nordeste do que nas demais regiões. Ser homem, ter de 35-69 anos, residir no Centro Oeste, sofrer agressão foram fatores que contribuíram significativamente para a maior letalidade por TCE. Conclusões: O TCE, no presente estudo ocasionou mais óbitos do que as NAR, o DM e as DCARI juntas. A maioria destas mortes ocorreu em indivíduos entre 14-34 anos. É preciso que os poderes públicos tomem medidas efetivas no sentido de diminuir as estimativas de morbi-mortalidade hospitalar do TCE atuando nas causas e entre as populações com maior potencial de risco deste agravo. / Salvador
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