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Morfologia craniana híbrida em populações humanas: uma análise morfométrica de crânios brasileiros de brancos, negros e pardos / Hybrid cranial morphology in human populations: a morphometric analysis of Brazilian skulls of whites, blacks and browns

Reis, Mariana Inglez dos 27 April 2015 (has links)
A caracterização fenotípica representa uma temática clássica na biologia evolutiva e o modo como diferentes caracteres respondem aos processos evolutivos tem sido problemática frequente em estudos envolvendo as mais diversas espécies. O presente trabalho visou investigar justamente como determinado fenótipo se comporta mediante o fluxo gênico. Primeiramente, explorou-se a possibilidade de se identificar e distinguir a partir de análises de traços craniométricos indivíduos anteriormente separados quanto a cor em três grupos: brancos, negros e pardos. Em um segundo momento, testou-se se a morfologia craniana expressa por indivíduos classificados como pardos seria intermediária em comparação com a expressa por brancos e negros. As análises estatísticas uni e multivariadas empregadas sobre os diferentes bancos de dados (dados brutos, dados das parcelas masculina e feminina separadamente, dados corrigidos para tamanho e também corrigidos para normalidade) apontaram ser possível discriminar os indivíduos previamente classificados de acordo com a cor em brancos, negros e pardos. Estes últimos, por sua vez, apresentam morfologia intermediária entre os grupos considerados parentais. Tais resultados permitem inferir que traços craniométricos, além de bons marcadores para a compreensão das relações histórico-biológicas populacionais, também seguiram o esperado como resposta ao fluxo gênico para um modelo de genética aditiva clássica segundo o qual a população híbrida apresenta frequências médias entre as populações parentais. Apesar de cor da pele e morfologia craniana representarem fenótipos com diferentes histórias evolutivas, observou-se correlação entre os dois caracteres para esta amostra, evidenciando-se que ambos representaram bons marcadores de mistura entre populações / Phenotypic characterization is a classic theme in evolutionary biology. The way different characters respond to evolutionary processes has been a frequent issue in studies involving a diverse number of species. This study aimed to investigate how a particular phenotype behaves by gene flow. First, it was explored the possibility to use analysis of craniometric traits to identify and distinguish individuals previously sorted by color into three groups: white, black and brown. Secondly, it was tested whether the cranial morphology expressed by individuals classified as brown would be intermediate compared to that expressed by whites and blacks. The univariate and multivariate statistical analysis used for the different databases (raw databases, data from male and female portions separately, data ajusted regarding size factor and normality) pointed out to be possible to discriminate individuals previously classified as white, black and brown, the latter being presented as an intermediate morphology between the considered parental groups. These results indicate that craniometric traits, besides being good markers for understanding the historical-biological population relationships, also followed as expected in response to gene flow for a classic additive genetic model, in which the hybrid population has medium frequencies between parental populations. Although skin color and cranial morphology represent phenotypes with different evolutionary histories, it was observed a correlation between the two characters for this sample, indicating that both represent good markers for mixture between populations
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Morfologia craniana híbrida em populações humanas: uma análise morfométrica de crânios brasileiros de brancos, negros e pardos / Hybrid cranial morphology in human populations: a morphometric analysis of Brazilian skulls of whites, blacks and browns

Mariana Inglez dos Reis 27 April 2015 (has links)
A caracterização fenotípica representa uma temática clássica na biologia evolutiva e o modo como diferentes caracteres respondem aos processos evolutivos tem sido problemática frequente em estudos envolvendo as mais diversas espécies. O presente trabalho visou investigar justamente como determinado fenótipo se comporta mediante o fluxo gênico. Primeiramente, explorou-se a possibilidade de se identificar e distinguir a partir de análises de traços craniométricos indivíduos anteriormente separados quanto a cor em três grupos: brancos, negros e pardos. Em um segundo momento, testou-se se a morfologia craniana expressa por indivíduos classificados como pardos seria intermediária em comparação com a expressa por brancos e negros. As análises estatísticas uni e multivariadas empregadas sobre os diferentes bancos de dados (dados brutos, dados das parcelas masculina e feminina separadamente, dados corrigidos para tamanho e também corrigidos para normalidade) apontaram ser possível discriminar os indivíduos previamente classificados de acordo com a cor em brancos, negros e pardos. Estes últimos, por sua vez, apresentam morfologia intermediária entre os grupos considerados parentais. Tais resultados permitem inferir que traços craniométricos, além de bons marcadores para a compreensão das relações histórico-biológicas populacionais, também seguiram o esperado como resposta ao fluxo gênico para um modelo de genética aditiva clássica segundo o qual a população híbrida apresenta frequências médias entre as populações parentais. Apesar de cor da pele e morfologia craniana representarem fenótipos com diferentes histórias evolutivas, observou-se correlação entre os dois caracteres para esta amostra, evidenciando-se que ambos representaram bons marcadores de mistura entre populações / Phenotypic characterization is a classic theme in evolutionary biology. The way different characters respond to evolutionary processes has been a frequent issue in studies involving a diverse number of species. This study aimed to investigate how a particular phenotype behaves by gene flow. First, it was explored the possibility to use analysis of craniometric traits to identify and distinguish individuals previously sorted by color into three groups: white, black and brown. Secondly, it was tested whether the cranial morphology expressed by individuals classified as brown would be intermediate compared to that expressed by whites and blacks. The univariate and multivariate statistical analysis used for the different databases (raw databases, data from male and female portions separately, data ajusted regarding size factor and normality) pointed out to be possible to discriminate individuals previously classified as white, black and brown, the latter being presented as an intermediate morphology between the considered parental groups. These results indicate that craniometric traits, besides being good markers for understanding the historical-biological population relationships, also followed as expected in response to gene flow for a classic additive genetic model, in which the hybrid population has medium frequencies between parental populations. Although skin color and cranial morphology represent phenotypes with different evolutionary histories, it was observed a correlation between the two characters for this sample, indicating that both represent good markers for mixture between populations

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