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Eficiência de dietas larvais para produção massal de Ceratitis capitata e Anastrepha fraterculus (Diptera: Tephritidae) / Efficiency of larval diets for mass rearing of Ceratitis capitata and Anastrepha fraterculus (Diptera: Tephritidae)Maset, Bruno Aguiar 22 February 2019 (has links)
Várias espécies de moscas-das-frutas têm sido alvo de investigações visando sua criação massal, incluindo Ceratitis capitata (Wiedemann) (mosca-do-Mediterrâneo ou medfly) e, mais recentemente, Anastrepha fraterculus (Wiedemann) (mosca-das-frutas sul americana), sendo as espécies de maior importância econômica e quarentenária em várias áreas produtoras de frutas do Brasil, Uruguai, Argentina e Peru. Um dos fatores determinantes para que a Técnica do Inseto Estéril (TIE) seja aplicada contra uma determinada praga é a existência de métodos de criação massal da espécie. Para se alcançar a criação em larga escala dessas espécies de moscas-das-frutas, é necessário, inicialmente, o preparo de uma dieta larval adequada. Como a dieta de criação pode oferecer uma quantidade enorme de substâncias nutritivas, as larvas criadas artificialmente amadurecem mais cedo do que as selvagens, o que acelera a sucessão de gerações. Essas mudanças detectadas durante o estágio larval podem formar adultos com maiores reservas nutritivas, atingindo a maturidade sexual mais cedo. Existem várias biofábricas de mosca-das-frutas no mundo capazes de produzir machos estéreis que são utilizados para a erradicação ou supressão populacional em área-ampla. Visando-se diminuir os custos de produção dos insetos, pesquisas voltadas para a otimização e desenvolvimento de novas dietas não podem parar. Portanto, os objetivos deste trabalho foram determinar a adequação e densidade larval ideal das moscas C. capitata e A. fraterculus em novas dietas à base de farinha de milho (FM), bagaço de cana-de-açúcar (BC), pó de cenoura liofilizada (PC) e carragenina (MC), escolhendo a dieta mais eficiente e viável economicamente para produção de cada uma dessas espécies com base na quantidade e qualidade de insetos produzidos e no custo de produção. As densidades larvais ideais para a criação de C. capitata nas dietas larvais FM, BC e PC foram, respectivamente, 0,5; 2,0; e 1,0 mL de ovos/kg de dieta. A dieta larval com maior produtividade foi a dieta BC, produzindo uma média de 6.514 pupas/kg de dieta, seguida das dietas FM e PC, que produziram, respectivamente, uma média de 5.018 e 4.135 pupas por kg de dieta. A ordem decrescente de viabilidade econômica entre as três dietas larvais para C. capitata foi a mesma (BC>FM>PC), sendo necessário um investimento médio de R$ 471,29; R$ 482,26; e R$ 1.085,85, respectivamente, para a produção de 1 milhão de pupas. Os resultados com A. fraterculus mostraram que as densidades larvais ideais nas dietas FM e MC foram de 2,0/kg de dieta e 1,5 mL de ovos/L de dieta, respectivamente. A dieta larval PC foi considerada inviável devido à baixa produtividade e peso de pupas. Em termos de produtividade, a dieta larval MC (produção média de 22.451 pupas/L de dieta), foi mais eficiente do que a FM (6.688 pupas/kg de dieta). Quanto à viabilidade econômica, a dieta larval MC foi mais vantajosa, demandando um investimento médio de R$ 312,67 para a produção de 1 milhão de pupas, enquanto que a dieta FM custou R$ 1.266,36 para produzir a mesma quantidade de pupas / Several species of fruit flies have been the subject of research for their mass rearing, including Ceratitis capitata (Wiedemann) (Mediterranean fruit fly or medfly) and, more recently, Anastrepha fraterculus (Wiedemann) (South American fruit fly), being these species the ones with most economic and quarantine importance in several fruit producing areas of Brazil, Uruguay, Argentina and Peru. One of the requirements for the Sterile Insect Technique (SIT) is the existence of mass rearing methods of the target species. In order to achieve the large-scale rearing of these species of fruit flies, it is necessary initially to develop a suitable larval diet. As the rearing diet can offer a huge amount of nutrients, artificially reared larvae mature earlier than wild ones, what accelerates the succession of generations. These changes during the larval stage may form adults with higher nutritional reserves and they can reach sexual maturity earlier. There are several mass-rearing facilities for fruit flies in the world capable of producing sterile males that are used for population eradication and suppression in area-wide. In order to reduce insect production costs, the optimization or development of new diets cannot stop. Therefore, the objectives of this study were to determine the adequacy and optimal larval density of C. capitata and A. fraterculus flies in new diets based on corn flour (FM), sugarcane bagasse (BC), lyophilized carrot powder (PC) and carrageenan (MC), choosing the most efficient and less costly diet for the production of each of the species, based on the quantity and quality of insects reared and production costs. The optimal larval densities for C. capitata in larval diets FM, BC and PC were, respectively, 0.5; 2.0 and 1.0 mL of eggs/kg of diet. The larval diet that reached the highest productivity was the BC diet, giving an average of 6,514 pupae/ kg of diet, followed by FM and PC diets, which produced an average of 5,018 and 4,115 pupae per kg of diet, respectively. The decreasing order of economic viability among the three larval diets used was the same (BC>FM>PC), requiring a mean investment of R$ 471.29; R$ 482.26; and R$ 1,085.85, respectively, for the production of 1 million pupae. The results with A. fraterculus showed that the ideal larval densities in FM and MC diets were 2.0 eggs/kg of diet and 1.5 mL of eggs/L of diet, respectively. The PC larval diet was considered infeasible based on the low production and weight of pupae. In terms of productivity, the MC larval diet, which resulted in an average of 22,451 pupae produced per L of diet, was more efficient than FM, which produced a mean of 6,688 pupae per kg of diet. Considering the economic costs, the MC larval diet was also superior, requiring R$ 312,67.00 for the production of 1 million pupae, while the FM diet required R$ 1,266.36 to produce the same amount of pupae
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