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\'Como pode um povo vivo viver nesta carestia\': o movimento do custo de vida em São Paulo (1973-1982) / How can people live in famine: the cost of living movement in Sao Paulo (1973-1982)Monteiro, Thiago William Nunes Gusmão 07 December 2015 (has links)
O objeto central desta dissertação foi o Movimento do Custo de Vida (MCV), também conhecido como Movimento Contra a Carestia (MCC), que pode ser considerado um dos maiores movimentos populares que emergiram, em São Paulo, no contexto das lutas pela redemocratização brasileira. Buscamos compreendê-lo como um movimento que teve sua hegemonia disputada por grupos que estiveram presentes com diferentes graus de influência ao longo de toda sua trajetória; contestando, assim, análises anteriores que identificaram uma apropriação do movimento por grupos externos a ele após 1978. Esta hipótese nos levou a estender o recorte temporal até então pesquisado, optando pelo intervalo 1973-1982 que, ao nosso ver, reflete também uma certa configuração comum de respostas possíveis à crise econômica vivenciada após o período do milagre. Utilizamos como fontes desta pesquisa extensa documentação produzida pelo MCV e entidades de apoio (panfletos; material de divulgação; boletins; revistas; quadrinhos; pesquisas de preço e opinião; cartas às autoridades); pela imprensa e, ainda, o material elaborado (mensagens; relatos de agentes infiltrados em reuniões e assembleias; informes; avaliações; dossiês) por agentes do Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (DEOPS-SP), juntamente com declarações oficiais de representantes que compunham o governo autoritário. Além da origem, composição e trajetória do MCV, este trabalho investigou também o imaginário construído por ele em sua documentação, bem como aquele que o Estado construiu a respeito do movimento. Entendemos que estas imagens orientaram as ações de cada um dos lados em uma relação marcada pela postura tríplice do Estado: entre a negação, a negociação e a repressão. / The present study focused on the Cost of Living Movement (Movimento do Custo de Vida: MCV) also known as Movement Against Famine (Movimento Contra a Carestia: MCC) considered one of the most representative popular movements to have emerged in Sao Paulo when the struggle for the democratization of Brazil was taking place. We attempted to understand the movements hegemony as being disputed within its own groups, whereas previous analyses have identified an ownership of the movement by external groups to it after the year of 1978. This hypothesis led us to extend the timeline that had been considered in preceding studies, as we made the choice to analyze the period from 1973 to 1982, thus, interpreting the movement also as one of the many responses to the economical crisis experienced in the rear of the Brazilian Miracle. The research sources include the vast documentation produced by the MCV and its supporting entities such as pamphlets, dissemination material, newsletters, magazines, comic books, pricing researches and opinion polls, and letters addressed to the authorities. We also considered documentation produced by the press and by agents from the DEOPS-SP (State Department of Political and Social Order, an important division of the military regime), which include messages, general meeting records made by undercover agents, evaluations and dossiers, altogether with official reports from members of the military government. This research investigated not only MCVs origins, membership and history but also the imaginary conceived by the movement about itself through its documenting, as well as the Governments perception about it, as we understand those images served as guidelines for the relationship between them, characterized by the States denial, negotiation and repression.
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\'Como pode um povo vivo viver nesta carestia\': o movimento do custo de vida em São Paulo (1973-1982) / How can people live in famine: the cost of living movement in Sao Paulo (1973-1982)Thiago William Nunes Gusmão Monteiro 07 December 2015 (has links)
O objeto central desta dissertação foi o Movimento do Custo de Vida (MCV), também conhecido como Movimento Contra a Carestia (MCC), que pode ser considerado um dos maiores movimentos populares que emergiram, em São Paulo, no contexto das lutas pela redemocratização brasileira. Buscamos compreendê-lo como um movimento que teve sua hegemonia disputada por grupos que estiveram presentes com diferentes graus de influência ao longo de toda sua trajetória; contestando, assim, análises anteriores que identificaram uma apropriação do movimento por grupos externos a ele após 1978. Esta hipótese nos levou a estender o recorte temporal até então pesquisado, optando pelo intervalo 1973-1982 que, ao nosso ver, reflete também uma certa configuração comum de respostas possíveis à crise econômica vivenciada após o período do milagre. Utilizamos como fontes desta pesquisa extensa documentação produzida pelo MCV e entidades de apoio (panfletos; material de divulgação; boletins; revistas; quadrinhos; pesquisas de preço e opinião; cartas às autoridades); pela imprensa e, ainda, o material elaborado (mensagens; relatos de agentes infiltrados em reuniões e assembleias; informes; avaliações; dossiês) por agentes do Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (DEOPS-SP), juntamente com declarações oficiais de representantes que compunham o governo autoritário. Além da origem, composição e trajetória do MCV, este trabalho investigou também o imaginário construído por ele em sua documentação, bem como aquele que o Estado construiu a respeito do movimento. Entendemos que estas imagens orientaram as ações de cada um dos lados em uma relação marcada pela postura tríplice do Estado: entre a negação, a negociação e a repressão. / The present study focused on the Cost of Living Movement (Movimento do Custo de Vida: MCV) also known as Movement Against Famine (Movimento Contra a Carestia: MCC) considered one of the most representative popular movements to have emerged in Sao Paulo when the struggle for the democratization of Brazil was taking place. We attempted to understand the movements hegemony as being disputed within its own groups, whereas previous analyses have identified an ownership of the movement by external groups to it after the year of 1978. This hypothesis led us to extend the timeline that had been considered in preceding studies, as we made the choice to analyze the period from 1973 to 1982, thus, interpreting the movement also as one of the many responses to the economical crisis experienced in the rear of the Brazilian Miracle. The research sources include the vast documentation produced by the MCV and its supporting entities such as pamphlets, dissemination material, newsletters, magazines, comic books, pricing researches and opinion polls, and letters addressed to the authorities. We also considered documentation produced by the press and by agents from the DEOPS-SP (State Department of Political and Social Order, an important division of the military regime), which include messages, general meeting records made by undercover agents, evaluations and dossiers, altogether with official reports from members of the military government. This research investigated not only MCVs origins, membership and history but also the imaginary conceived by the movement about itself through its documenting, as well as the Governments perception about it, as we understand those images served as guidelines for the relationship between them, characterized by the States denial, negotiation and repression.
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