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Movimento de Arte Contemporânea de Moçambique MUVART: 2004 a 2010 / Contemporary art movement of Mozambique MUVART: 2004 to 2010Brito, Isa Marcia Bandeira de 05 March 2012 (has links)
O objetivo do presente trabalho é apresentar o Movimento de Arte Contemporânea de Moçambique, MUVART, no período compreendido entre 2004 e 2010, especificamente em sua cidade capital Maputo. Este título foi dado a um grupo formado em sua maioria por jovens artistas moçambicanos e seus fundadores foram Anésia Manjate, Carmem Muianga, Gemuce, Jorge Dias, Ivan Serra, Marcos Muthewuye, Mudaulane, Lourenço Cossa, Vânia Lemos, Quentin Lambert e Xavier MBeve. Inicialmente, situamos a arte africana e a arte africana contemporânea, tendo em vista a construção de um cenário de apreciação da arte em Moçambique. Os marcos escolhidos foram os séculos XVII e o século XVIII. Com base no Movimento de Arte Contemporânea de Moçambique, MUVART, revela-se o contexto histórico das relações entre a arte tradicional e a arte contemporânea moçambicana. A presença de quatro grupos étnicos fixados no território e de três artistas da geração anterior à analisada na presente pesquisa possibilita a introdução ao tema.Atenção especial é dada a uma atividade desenvolvida pelo grupo, a Bienal Expo- Arte Contemporânea, pontuada nas edições de 2004, 2006, 2008 e 2010. Amplia-se o debate com a interlocução de outros artistas convidados na referida exposição que, embora não fazendo parte do grupo original, dialogam com as linguagens contemporâneas. Recupera-se a história individual de cada artista e a história do grupo, sugerindo leituras do cenário da arte contemporânea em Moçambique, suas definições e a projeção na produção estética dos próprios artistas, a compreensão e a apreciação do público especializado. A terceira parte consiste na apresentação dos artistas fundadores do Movimento de Arte Contemporânea de Moçambique, MUVART, com ênfase nos trabalhos inseridos na Bienal Expo-Arte Contemporânea. Torna-se imprescindível atrelar à narrativa momentos históricos de suma importância para Moçambique que irão influenciar a arte moçambicana, considerando que a arte moçambicana começa a ganhar autoria paulatinamente, na concepção moderna de obra e autor, uma vez que na arte tradicional esta noção está imersa no seio da comunidade.Todavia,ideologicamente, esta produção autoral é intrinsecamente identificada com os ideais colonizadores, ou seja, deixa de ser exclusivamente uma produção conectada a um grupo específico para refletir os desejos externos a estas comunidades. A implicação destes movimentos irá desaguar na etapa posterior denominada pós-revolução, influenciando, no nosso caso específico, a sociedade moçambicana e consequentemente o percurso da geração seguinte, jovens artistas que já nasceram sob os auspícios da paz e que trazem como lastro esta história a ser contada e recontada. / The present work has the purpose to introduce Contemporary Art Movement of Mozambique, MUVART, between the period of 2004 and 2010, specifically in its capital city of Maputo. This title was given to a group mostly formed by young artists of Mozambique and its founders were Anésia Manjate, Carmem Muianga, Gemuce,Jorge Dias, Ivan Serra, Marcos Muthewuye, Mudaulane, Lourenço Cossa, Vânia Lemos, Quentin Lambert e Xavier MBeve. At first, the African art and the contemporary art are placed, bearing in mind a scenery, constructed of art appreciation in Mozambique.Landmarks of the seventeenth and the eighteenth century were chosen. Based on Contemporary Art Movement, MUVART, the historical context between the traditional art and the Mozambicans contemporary art,is revealed. The presence of four ethnical groups in the territory and three artists from previous generation being analyzed in the present research, made possible the introduction to this subject. Special attention is given to the groups developed activity, the Biennial Contemporary Expo-Art, scored in 2004, 2006, 2008 and 2010 editions. The discussion increases when other invited artists in the mentioned exposition dialogue in a contemporary manner with the original group, although they did not belong to it. Each artists individual history and the groups history are recovered, suggesting readings of the contemporary art scene in Mozambique, their definitions and the projection of the artists own aesthetics production, the comprehension and appreciation of the specialized public. The third part consists of the artists founders of the Contemporary Art Movement of Mozambiques presentation, MUVART, emphasizing the works presented in the Biennial Contemporary Expo-Art. It becomes strictly necessary to tie up historical moments of great importance to Mozambique to the narrative that will influence the Mozambican art, considering that it starts to gain gradually its authorship, in the conception of modern work and author, once the idea of traditional art is immersed within the pale of the community. Although, ideologically, this authorial sort of production is intrinsically identified with the colonizers ideals, meaning, no longer an exclusive production connected to a specific group reflecting external desires to these communities. The implication of these movements will flow into a later stage, called post-revolution, influencing, in our specific case, the Mozambican society and consequently the course of the next generation, young artists who were born under the auspices of peace, bringing as ballast this story to be told and retold.
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Movimento de Arte Contemporânea de Moçambique MUVART: 2004 a 2010 / Contemporary art movement of Mozambique MUVART: 2004 to 2010Isa Marcia Bandeira de Brito 05 March 2012 (has links)
O objetivo do presente trabalho é apresentar o Movimento de Arte Contemporânea de Moçambique, MUVART, no período compreendido entre 2004 e 2010, especificamente em sua cidade capital Maputo. Este título foi dado a um grupo formado em sua maioria por jovens artistas moçambicanos e seus fundadores foram Anésia Manjate, Carmem Muianga, Gemuce, Jorge Dias, Ivan Serra, Marcos Muthewuye, Mudaulane, Lourenço Cossa, Vânia Lemos, Quentin Lambert e Xavier MBeve. Inicialmente, situamos a arte africana e a arte africana contemporânea, tendo em vista a construção de um cenário de apreciação da arte em Moçambique. Os marcos escolhidos foram os séculos XVII e o século XVIII. Com base no Movimento de Arte Contemporânea de Moçambique, MUVART, revela-se o contexto histórico das relações entre a arte tradicional e a arte contemporânea moçambicana. A presença de quatro grupos étnicos fixados no território e de três artistas da geração anterior à analisada na presente pesquisa possibilita a introdução ao tema.Atenção especial é dada a uma atividade desenvolvida pelo grupo, a Bienal Expo- Arte Contemporânea, pontuada nas edições de 2004, 2006, 2008 e 2010. Amplia-se o debate com a interlocução de outros artistas convidados na referida exposição que, embora não fazendo parte do grupo original, dialogam com as linguagens contemporâneas. Recupera-se a história individual de cada artista e a história do grupo, sugerindo leituras do cenário da arte contemporânea em Moçambique, suas definições e a projeção na produção estética dos próprios artistas, a compreensão e a apreciação do público especializado. A terceira parte consiste na apresentação dos artistas fundadores do Movimento de Arte Contemporânea de Moçambique, MUVART, com ênfase nos trabalhos inseridos na Bienal Expo-Arte Contemporânea. Torna-se imprescindível atrelar à narrativa momentos históricos de suma importância para Moçambique que irão influenciar a arte moçambicana, considerando que a arte moçambicana começa a ganhar autoria paulatinamente, na concepção moderna de obra e autor, uma vez que na arte tradicional esta noção está imersa no seio da comunidade.Todavia,ideologicamente, esta produção autoral é intrinsecamente identificada com os ideais colonizadores, ou seja, deixa de ser exclusivamente uma produção conectada a um grupo específico para refletir os desejos externos a estas comunidades. A implicação destes movimentos irá desaguar na etapa posterior denominada pós-revolução, influenciando, no nosso caso específico, a sociedade moçambicana e consequentemente o percurso da geração seguinte, jovens artistas que já nasceram sob os auspícios da paz e que trazem como lastro esta história a ser contada e recontada. / The present work has the purpose to introduce Contemporary Art Movement of Mozambique, MUVART, between the period of 2004 and 2010, specifically in its capital city of Maputo. This title was given to a group mostly formed by young artists of Mozambique and its founders were Anésia Manjate, Carmem Muianga, Gemuce,Jorge Dias, Ivan Serra, Marcos Muthewuye, Mudaulane, Lourenço Cossa, Vânia Lemos, Quentin Lambert e Xavier MBeve. At first, the African art and the contemporary art are placed, bearing in mind a scenery, constructed of art appreciation in Mozambique.Landmarks of the seventeenth and the eighteenth century were chosen. Based on Contemporary Art Movement, MUVART, the historical context between the traditional art and the Mozambicans contemporary art,is revealed. The presence of four ethnical groups in the territory and three artists from previous generation being analyzed in the present research, made possible the introduction to this subject. Special attention is given to the groups developed activity, the Biennial Contemporary Expo-Art, scored in 2004, 2006, 2008 and 2010 editions. The discussion increases when other invited artists in the mentioned exposition dialogue in a contemporary manner with the original group, although they did not belong to it. Each artists individual history and the groups history are recovered, suggesting readings of the contemporary art scene in Mozambique, their definitions and the projection of the artists own aesthetics production, the comprehension and appreciation of the specialized public. The third part consists of the artists founders of the Contemporary Art Movement of Mozambiques presentation, MUVART, emphasizing the works presented in the Biennial Contemporary Expo-Art. It becomes strictly necessary to tie up historical moments of great importance to Mozambique to the narrative that will influence the Mozambican art, considering that it starts to gain gradually its authorship, in the conception of modern work and author, once the idea of traditional art is immersed within the pale of the community. Although, ideologically, this authorial sort of production is intrinsically identified with the colonizers ideals, meaning, no longer an exclusive production connected to a specific group reflecting external desires to these communities. The implication of these movements will flow into a later stage, called post-revolution, influencing, in our specific case, the Mozambican society and consequently the course of the next generation, young artists who were born under the auspices of peace, bringing as ballast this story to be told and retold.
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