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UM ABRAÇO SEM GRADES: DOCUMENTÁRIO SOBRE A MATERNIDADE NO SISTEMA PRISIONALFlores, Nelia Maria Portugal 22 February 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-02-22 / Introduction: The number of children and adolescents with mothers in prison is increasing and has been demanding debates among researchers, public representatives, non-governmental organizations (NGOs) and society in general, with a view to planning actions to minimize the negative impacts of the prison system, on the health and psychological development of the child / adolescent. The overall objective: of the study was to construct a video technology material to present the experience of motherhood to women prisoners in a closed regime and, as a result, to promote the debate about the reality of the mother-child relationship in the prison context. Method: the research had an exploratory and transversal design with a qualitative approach. Fifteen women were arrested in a closed regime. There were 13 individual semi-structured interviews and 3 focus groups. Data collection took place in a regional mixed prison in the period between April and July 2017. The data were transcribed and submitted to the content analysis proposed by Bardin. For the production of the documentary, the images were collected during an action carried out by Projeto Inspira, in its 5th edition. This action occurred on November 10, 2017 with 12 distressed mothers of the Regional Prison of Santa Maria, four of them recorded testimonials for the documentary. They were encouraged to talk about their experience from the following question: What is the experience of being a parent of children in the childhood / adolescence phase and being stuck? In addition to the inmates participated in the documentary: a caregiver grandmother and professionals involved in the issue. After being videotaped, the content was edited through the process of visualization and decupagem. Results: the results of this research reveal that mothers' experiences are permeated by feelings of their children's homesickness, blame for being wrong, shame before them for the prison situation. The mothers of this study were aware of the damage caused by the crime and, consequently, their arrest in the children's lives. It was found that maternity in the prison system is also hampered by the precariousness of the interpersonal relationships established during the execution of the sentence. The final product: of this study is the production of a documentary titled: A hug without grids: real stories of women prisoners and their children. Endings considerations: mothers in prison are deprived and fragile, deprived of power, voice and self-esteem to exercise parenthood. It adds up the lack of coexistence and the mother-child bond is threatened. In this way, improvements in the prison environment are suggested that allow for the assiduity and the quality of the interaction during the visits and, with this, the maintenance and strengthening of the mother-child bond, considering the evidence of a scenario of double helplessness, in which mothers and children are deprived of coexistence and reciprocal affection. / Introdução: O número de crianças e adolescentes com mães presas é crescente e vem demandando debates entre pesquisadores, representantes públicos, organizações não governamentais (ONGs) e a sociedade em geral, com vistas ao planejamento de ações destinados a minimizar os impactos negativos do sistema prisional, na saúde e no desenvolvimento psicológico da criança/adolescente. O objetivo geral: do estudo foi construir um material tecnológico em vídeo sobre a vivência da maternidade para mulheres presas em regime fechado. Método: a pesquisa teve um delineamento exploratório e transversal com abordagem qualitativa. Participaram 15 mulheres presas em regime fechado. Foram realizadas 13 entrevistas semiestruturadas individuais e 3 grupos focais. A coleta de dados ocorreu em um presídio misto regional no período entre abril e julho de 2017. Os dados foram transcritos e submetidos à análise de conteúdo proposta por Bardin. Para a produção do documentário, as imagens foram coletadas durante uma ação realizada pelo Projeto Inspira, em sua 5ª edição. A referida ação ocorreu no dia 10 de novembro de 2017 com 12 mães apenadas do Presídio Regional de Santa Maria, 4 delas gravaram depoimentos para o documentário. Elas foram estimuladas a falar sobre sua experiência a partir da seguinte questão: Como é a experiência de ser mãe de filhos na fase da infância/adolescência e estar presa? Além das detentas, participaram do documentário: uma avó cuidadora e profissionais envolvidos na temática. Depois de gravado em vídeo, o conteúdo foi editado através do processo de visionagem e decupagem. Resultados: os resultados desta pesquisa revelam que as vivências das mães são permeadas por sentimentos de saudades dos filhos, culpa por terem errado, vergonha diante deles pela situação prisional. As mães deste estudo mostraram ter consciência sobre os danos causados pelo crime e, consequentemente, pela prisão delas na vida dos filhos. Constatou-se que a maternidade no sistema prisional é dificultada, também, pela precariedade das relações interpessoais estabelecidas durante o cumprimento da pena. O produto final: deste estudo foi a produção de um documentário intitulado: Um abraço sem grades: histórias reais de mulheres presas e seus filhos. Considerações finais: as mães presas encontram-se carentes e fragilizadas, desprovidas de poder, voz e autoestima para exercer a parentalidade. Soma-se a falta de convivência e o vínculo mãe-filho(a) fica ameaçado. Assim sugere-se melhorias no ambiente prisional que propicie a assiduidade e a qualidade da interação durante as visitas e, com isso, a manutenção e o fortalecimento do vínculo mãe-filhos, considerando a evidência de um cenário de duplo desamparo, no qual mães e filhos estão privados de convivência e afeto recíproco.
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O aborto provocado como uma possibilidade na exist?ncia da mulher: reflex?es fenomenol?gico-existenciaisReboucas, Melina S?fora Souza 20 August 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-08-20 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior / Abortion is a very controversial and stigmatized subject, target of many criticism and discussions, mainly regarding to the legal, bioethical and religious aspects involved. In Brazil, abortion is considered a serious public health problem, being the major cause of maternal death due to its criminalization. The woman who causes an abortion is not up looked by society, since motherhood, culturally and historically, was imposed as a destination. Our main goal is to understand, from the existential-phenomenological perspective, the unique experience of the woman who induced the abortion This study is an offshoot of a larger study from USP in partnership with UFRN. Our participants were women who checked in on a maternity hospital in Natal with a miscarriage diagnosis and, among them, those who reported having induced abortion. Altogether, five women were interviewed. The used method was a phenomenological hermeneutics. The research revealed that the experience of abortion is a possibility that permeates women s life, being understood as a choice. This choice pervaded by much suffering, once it goes against everything that women are culturally taught and meant to be. The feeling more surfacing in this experiment, confirming the literature review, was blame. Abortion was also shown as an experience of helplessness and loneliness, due to lack of support from family and the partner. It was also revealed that abortion was made, mainly, by the desire of going along with future projects, including the prosecute of motherhood in the therms of what they consider ideal to a son s arrival, meaning, a family formation grounded on a stable relationship. Regarding the care provided by health professionals to these women, there is the need of restructuring the operating logic of SUS, so that women have the right to health in a integrate manner. This experience also made women reconsider the meanings they had towards abortion, and their life projects / O aborto provocado ? um tema bastante pol?mico e estigmatizado, sendo alvo de muitas cr?ticas e discuss?es, principalmente no que se refere aos aspectos legais, bio?ticos e religiosos envolvidos. No Brasil, o aborto ? considerado um grave problema de sa?de p?blica, sendo um dos maiores causadores de morte materna devido ? sua criminaliza??o. A mulher que provoca um aborto n?o ? bem vista pela sociedade, uma vez que a maternidade, cultural e historicamente, lhe foi imposta como destino. O nosso principal objetivo ? compreender, a partir da perspectiva fenomenol?gico-existencial, a experi?ncia singular dessa mulher que provocou o aborto. O presente estudo ? um desdobramento de uma pesquisa mais ampla da USP em parceria com a UFRN. As nossas participantes foram mulheres que deram entrada em uma maternidade da cidade de Natal com diagn?stico de abortamento e, dentre estas, as que relataram ter provocado o aborto. Ao todo, cinco mulheres foram entrevistadas. O m?todo utilizado foi a hermen?utica fenomenol?gica. A pesquisa revelou que a experi?ncia do aborto ? uma possibilidade que permeia a exist?ncia da mulher, sendo compreendido como uma escolha. Escolha essa perpassada por muito sofrimento, na medida em que a mulher se posiciona contra tudo o que lhe foi ensinado e destinado culturalmente. O sentimento que mais vem ? tona nessa experi?ncia, confirmando a revis?o de literatura, ? a culpa. O aborto tamb?m se mostrou como uma experi?ncia de desamparo e solid?o, devido ? falta de apoio da fam?lia e do parceiro. Tamb?m foi revelado que o aborto se deu, em grande parte, pelo desejo de dar continuidade aos projetos futuros, inclusive o exerc?cio da maternidade dentro do que consideram ideal para a chegada de um filho, isto ?, a constitui??o de uma fam?lia alicer?ada num relacionamento est?vel. No que refere ao atendimento prestado pelos profissionais de sa?de a essas mulheres, revela-se a necessidade de uma reestrutura??o da l?gica de funcionamento do SUS para que estas tenham direito a sa?de de forma integral. Essa experi?ncia tamb?m fez as mulheres reverem os significados que tinham em rela??o ao aborto, bem como os seus projetos de vida
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