Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2018-07-20T15:20:49Z No. of bitstreams: 1 marcusviniciusamaralesilva.pdf: 2590619 bytes, checksum: 4fd347134630b770de59aaaa2aa2fd58 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2018-09-03T16:18:00Z (GMT) No. of bitstreams: 1 marcusviniciusamaralesilva.pdf: 2590619 bytes, checksum: 4fd347134630b770de59aaaa2aa2fd58 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-09-03T16:18:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 marcusviniciusamaralesilva.pdf: 2590619 bytes, checksum: 4fd347134630b770de59aaaa2aa2fd58 (MD5) Previous issue date: 2018-07-03 / O objetivo desta tese é analisar as mudanças na estrutura de rendimento, ocorridas na economia brasileira entre 2000 e 2010, e sua relação com as alterações nos padrões de consumo e as transformações na estrutura produtiva do país. Para isso, são elaboradas duas matrizes, por meio de um modelo de Matriz de Contabilidade Social (MCS), desagregada para 10 grupos familiares representativos. A estrutura de interdependência de renda entre as famílias é investigada por meio dos multiplicadores inter-relacionais de renda de Miyazawa. Já as mudanças na estrutura produtiva, entre 2000 e 2010, induzida por cada uma das 10 famílias típicas é investigada por meio de uma Análise de Decomposição Estrutural. Os principais resultados alcançados pela aplicação desses dos dois métodos apontam para uma relevante redução na renda absorvida pela última classe familiar, dado um choque exógeno de renda, ao longo do período de análise. Por outro lado, as famílias que fazem parte dos grupos de menor rendimento, tiveram aumento significativo na absorção de renda entre 2000 e 2010. O que pode ser explicado pelas transformações na estrutura de rendimentos, ocorridas principalmente em favor das classes familiares de menor renda, representadas sobretudo pela redução dos indicadores de desigualdade de renda. Isso implica que, políticas de transferência de renda, como o Bolsa Família, e as mudanças no mercado de trabalho, observada principalmente por meio do aumento do salário mínimo real, passaram a gerar maiores benefícios às camadas mais pobres da população. Já a análise de decomposição estrutural indica que os grupos familiares com menor rendimento médio foram aqueles que mais contribuíram para o aumento da produção observada no período. Esse resultado sugere que o crescimento da renda, associado a novos padrões de consumo, está intimamente ligado aos avanços produtivos entre 2000 e 2010. / The aim of this thesis is to analyze the changes in the structure of income that occurred in the Brazilian economy between 2000 and 2010, and it's relation with the changes in patterns of consumption and the transformations in the productive structure of the country. To achieve this objective, two matrices are elaborated, using a Social Accounting Matrix (SAM) model, disaggregated for 10 representative households groups. The structure of income interdependence among households is investigated through Miyazawa's interrelational income multipliers. The changes in the productive structure, between 2000 and 2010, induced by each one of the 10 typical families are investigated through a Structural Decomposition Analysis (SDA). The main results point to a significant reduction in the income absorbed by the last household, given an exogenous income shock, throughout the period of analysis. On the other hand, the families that are part of the lower income groups had a significant increase in income absorption between 2000 and 2010. This can be explained by the changes in income structure, mainly in favor of lower income households, mainly represented by the reduction of income inequality indicators. This implies that income transfer policies, such as Bolsa Família, and changes in the labor market, observed mainly through the increase of the real minimum wage, generated greater benefits to the poorest sections of the population. On the other hand, the analysis of structural decomposition indicates that the household groups with the lowest average income were the ones that contributed the most to the production increase observed in the period. This result suggests that income growth and the rise of a new middle class, with new patterns of consumption, are closely linked to the productive advances between 2000 and 2010.