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Lateralidade no uso das m?os durante a alimenta??o por Brachyteles hypoxanthus em ambientes natural

Slomp, Daniel Vilasboas 27 October 2016 (has links)
Submitted by Caroline Xavier (caroline.xavier@pucrs.br) on 2017-08-18T13:35:42Z No. of bitstreams: 1 DIS_DANIEL_VILASBOAS_SLOMP_COMPLETO.pdf: 736191 bytes, checksum: d0d07d849cfee2553ff0702d7d9ea72a (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-18T13:35:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DIS_DANIEL_VILASBOAS_SLOMP_COMPLETO.pdf: 736191 bytes, checksum: d0d07d849cfee2553ff0702d7d9ea72a (MD5) Previous issue date: 2016-10-27 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior - CAPES / Over the last decades, it has become clear that behavioral lateralization is not restricted to humans. The most evident manifestation of laterality in humans is the prevalence of handedness, the dominant use of the right hand, which is related to the development of the left cerebral hemisphere. Nonhuman primates express varying degrees of laterality, but exhibit a population-level handedness less intense than humans. There is a strong debate about the origin and evolution of primate handedness. This debate focuses on two main hypothesis. The Postural Origins Theory (POT) states that arboreal primates exhibit a left hand preference, whereas terrestrial primates exhibit a right hand preference. The Task Complexity Theory (TCT) states that the complexity of the task modulates hand preference in primates. While low-level tasks do not require hand specialization, high-level tasks elicit hand preference. We studied the handedness of members of a wild population of northern muriquis during a simple unimanual and bimanual low-level task ? the simple reach of food items ? in their three-dimensional arboreal habitat. The aim of the study was to evaluate whether northern muriquis exhibit a left hand preference, as predicted by the POT for arboreal primates, or a lack of hand preference, as predicted by the TCT for low-level tasks. The muriquis showed a population-level left hand bias when performing the low complexity task. There were no sex differences in handedness. The muriquis exhibited stronger handedness when engaged in bimanual than in unimanual feeding activity. We suggest that the release of the hands from the postural demands when individuals are hanging from their tails and feet favors the expression of laterality in muriquis. Therefore, postural stability in the arboreal environment seems to modulate the degree of handedness in northern muriquis. We compare these results with the pattern observed in other nonhuman primates and discuss them in light of the factors associated with handedness in humans. We suggest that studies in both arboreal and terrestrial environments are necessary to assess the implications of these environmental differences for the origin of handedness in the first hominids. / Ao longo das ?ltimas d?cadas, tornou-se claro que a lateralidade comportamental n?o estava restrita aos seres humanos. Em humanos, a manifesta??o mais evidente de lateralidade ? a prefer?ncia manual desviada para a direita, a qual est? relacionada ao desenvolvimento do hemisf?rio cerebral esquerdo. Os primatas n?o-humanos expressam variados graus de lateralidade, mas apresentam uma prefer?ncia manual populacional em menor intensidade do que a humana. A discuss?o sobre a origem e a evolu??o da lateralidade em primatas ? extensa, mas convergiu em torno de duas teorias principais. A Teoria da Origem Postural (TOP) postula que os primatas arbor?colas exibem uma prefer?ncia pelo uso da m?o esquerda, enquanto que os primatas de h?bito terrestre apresentam uma prefer?ncia pela m?o direita. A Teoria da Complexidade da Tarefa (TCT) postula que os primatas n?o apresentariam prefer?ncia manual ao realizarem tarefas de baixa complexidade. Por?m, a prefer?ncia manual se manifestaria durante a execu??o de tarefas de alta complexidade. Estudamos a lateralidade dos indiv?duos de uma popula??o selvagem de muriqui-do-norte executando tarefa unimanual ou bimanual de baixa complexidade ? alcance simples do alimento - em seu habitat arb?reo tridimensional. O objetivo do estudo foi avaliar se os muriquis apresentam prefer?ncia manual desviada para a esquerda, conforme previsto pela TOP para primatas arbor?colas ou a aus?ncia de prefer?ncia manual, conforme previsto pela TCT em tarefas de baixa complexidade. Os muriquis-do-norte apresentaram uma prefer?ncia manual populacional desviada para a esquerda na atividade de alcance simples do alimento. N?o houve diferen?as sexuais na lateralidade. Os muriquis exibiram lateralidade mais forte quando engajados em atividade alimentar bimanual do que em atividade unimanual. Sugerimos que a libera??o das m?os das demandas posturais em eventos de alimenta??o nos quais o indiv?duo fica suspenso pela cauda e p?s pode favorecer a express?o da lateralidade nos muriquis. Portanto, a estabilidade postural no ambiente arb?reo parece modelar a lateralidade nos muriquis-do-norte. Estes resultados s?o discutidos em compara??o com outros primatas n?o-humanos e em rela??o aos fatores associados ? lateralidade em seres humanos. Sugerimos a necessidade de estudos adicionais nos ambientes arb?reo e terrestre para avaliar as implica??es dessas diferen?as ambientais para a origem da lateralidade nos primeiros homin?deos.

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