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Musealização da natureza: exposições em museu de história natural como representação cultural / Musealization of the nature: exhibits in natural history museums as cultural representation

Silva, Mauricio Candido da 05 November 2013 (has links)
Uma das principais características das exposições museológicas é o seu potencial de representatividade histórico-cultural, sobretudo quando dirigimos nossa atenção aos museus de história natural dos séculos XIX e XX, período de constituição do museu público, impulsionado pelos discursos nacionalistas, civilizatórios e modernizantes. A análise de projetos expositivos desse contexto possibilita inferir que o novo modelo de museu é resultado da busca do equilíbrio entre os estudos científicos desenvolvidos através das coleções de pesquisa e as formas efetivas de instrução pública. Centenas de museus foram construídos enquanto outros reformaram suas áreas técnicas e administrativas, de forma a atender os novos parâmetros estabelecidos pelos programas museológicos, arquitetonicamente definidos como área restrita de pesquisa e área restrita da exposição pública. As exposições museológicas abertas à visitação ganharam impulso a partir de uma perspectiva objetiva. Os recursos comunicacionais, que nasceram e se desenvolveram nestes museus, reforçam o sentido da educação popular a partir da leitura do discurso expositivo presente nas narrativas polissêmicas estabelecidas nos novos espaços de consagração da ciência. O objeto museológico, o espaço museal e o público das exposições formam a base desse fenômeno moderno de comunicação. A modernidade forjada tanto pela Revolução Industrial quanto pela Revolução Francesa gerou este tipo de organização institucional que, por meio da reunião de objetos extraídos do mundo natural, como referências patrimoniais, registros documentais e testemunhos materiais, assumiu a responsabilidade pela conservação, pesquisa e difusão de uma nova visão sobre a natureza, a partir de critérios científicos. A este processo de seleção, de transferência de elementos naturais para o interior dos museus, para composição de coleções e cenários museais didáticos, foi cunhada a ideia de Musealização da Natureza. Essa proposição deve ser entendida pela abrangência do percurso da nova vida do objeto, enfocando as formas de representação do mundo natural por esta tipologia de museu, apresentando em seus sistemas comunicacionais uma natureza compartimentada, classificada e reconhecida. Com o desenvolvimento e aplicação de diferentes recursos expositivos, sobretudo os dioramas, os museus de história natural passaram a preencher as salas expositivas com uma museotecnia nascida na Europa, que ganhou forte e determinante impulso nos Estados Unidos e se difundiu por todo o mundo, inclusive no Brasil. Com a instalação de cenários de ambientes naturais, didaticamente preparados, consolidou-se no museu público uma nova forma de olhar para o mundo natural: uma forma científica. É justamente no limiar da ciência moderna, que os museus de história natural se proliferam e declaradamente passam a se preocupar com a popularização da ciência. Os processos modernos de produção econômica transformaram definitivamente a relação do homem com o mundo natural. Ao mesmo tempo, estabeleceram novas formas de vivência com a natureza, seja através de parques naturais, jardins ou mesmo pelas exposições museológicas com seus dioramas, aqui considerados como verdadeiras janelas para o mundo natural. / One of the main characteristics of museum exhibitions is its potential historical and cultural representativeness, especially when we focus our attention on the museums of natural history of the 19th and 20th centuries. Those were periods of constitution of the public museum that was driven by nationalistic, civilization and modern speeches. The analysis of exhibition projects in that context makes it possible to infer that the new model of museum is the result of the search for balance between scientific studies developed through the research collections and the effective ways of public instruction. Hundreds of museums were built while others reformed their technical and administrative areas in a way they could attend the new parameters established by the museum programs that were defined as restricted area for research and restricted area for public exhibition. Museum exhibitions opened to visiting won strength based on a focused perspective. Communicational resources that had been born and had developed in those museums reinforced the sense of popular education based on the reading of the exhibition speech that were present in the multifaceted narratives established in the new spaces of consecration of science. The museum object, the museum space and the exhibition\"s public form the basis of this modern phenomenon of communication. The modernity forged by the Industrial Revolution as well as the French Revolution generated this kind of organizational institution that - by the means of reuniting objects extracted from the natural world such as heritage references, document data and material testimonies - have assumed the responsibility for the conservation, research and diffusion of a new vision about the nature based on scientific criteria. To that process of selection and transfer of natural elements to the interior of museums to form didactic museum collection and scenarios was coined the idea of Musealization of Nature. This proposition must be understood by the comprehensiveness of the path of the new life of the object focusing the ways of representing the natural world by this typology of museum and presenting in its communicational systems a compartmentalized, classified and recognized nature. With the development and application of different exhibition resources, especially the dioramas, the natural history museums began to fill the exhibition rooms with a museumtechnique born in Europe that gained strong and determining strength in the United States and had spread all over the world including Brazil. With the installation of scenarios of natural environments that were didactically prepared, a new way of looking to the natural world in the public museum were consolidated: the scientific way. It is precisely on the threshold of modern science that the museums of natural history proliferate and reportedly began to worry about the popularization of science. The modern process of economic production definitely transformed the relationship between man and natural world. At the same time thei established new ways of living the nature whether through natural parks or gardens or even through museum exhibitions with its dioramas that we consider in this research as are true windows to the natural world.
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Musealização da natureza: exposições em museu de história natural como representação cultural / Musealization of the nature: exhibits in natural history museums as cultural representation

Mauricio Candido da Silva 05 November 2013 (has links)
Uma das principais características das exposições museológicas é o seu potencial de representatividade histórico-cultural, sobretudo quando dirigimos nossa atenção aos museus de história natural dos séculos XIX e XX, período de constituição do museu público, impulsionado pelos discursos nacionalistas, civilizatórios e modernizantes. A análise de projetos expositivos desse contexto possibilita inferir que o novo modelo de museu é resultado da busca do equilíbrio entre os estudos científicos desenvolvidos através das coleções de pesquisa e as formas efetivas de instrução pública. Centenas de museus foram construídos enquanto outros reformaram suas áreas técnicas e administrativas, de forma a atender os novos parâmetros estabelecidos pelos programas museológicos, arquitetonicamente definidos como área restrita de pesquisa e área restrita da exposição pública. As exposições museológicas abertas à visitação ganharam impulso a partir de uma perspectiva objetiva. Os recursos comunicacionais, que nasceram e se desenvolveram nestes museus, reforçam o sentido da educação popular a partir da leitura do discurso expositivo presente nas narrativas polissêmicas estabelecidas nos novos espaços de consagração da ciência. O objeto museológico, o espaço museal e o público das exposições formam a base desse fenômeno moderno de comunicação. A modernidade forjada tanto pela Revolução Industrial quanto pela Revolução Francesa gerou este tipo de organização institucional que, por meio da reunião de objetos extraídos do mundo natural, como referências patrimoniais, registros documentais e testemunhos materiais, assumiu a responsabilidade pela conservação, pesquisa e difusão de uma nova visão sobre a natureza, a partir de critérios científicos. A este processo de seleção, de transferência de elementos naturais para o interior dos museus, para composição de coleções e cenários museais didáticos, foi cunhada a ideia de Musealização da Natureza. Essa proposição deve ser entendida pela abrangência do percurso da nova vida do objeto, enfocando as formas de representação do mundo natural por esta tipologia de museu, apresentando em seus sistemas comunicacionais uma natureza compartimentada, classificada e reconhecida. Com o desenvolvimento e aplicação de diferentes recursos expositivos, sobretudo os dioramas, os museus de história natural passaram a preencher as salas expositivas com uma museotecnia nascida na Europa, que ganhou forte e determinante impulso nos Estados Unidos e se difundiu por todo o mundo, inclusive no Brasil. Com a instalação de cenários de ambientes naturais, didaticamente preparados, consolidou-se no museu público uma nova forma de olhar para o mundo natural: uma forma científica. É justamente no limiar da ciência moderna, que os museus de história natural se proliferam e declaradamente passam a se preocupar com a popularização da ciência. Os processos modernos de produção econômica transformaram definitivamente a relação do homem com o mundo natural. Ao mesmo tempo, estabeleceram novas formas de vivência com a natureza, seja através de parques naturais, jardins ou mesmo pelas exposições museológicas com seus dioramas, aqui considerados como verdadeiras janelas para o mundo natural. / One of the main characteristics of museum exhibitions is its potential historical and cultural representativeness, especially when we focus our attention on the museums of natural history of the 19th and 20th centuries. Those were periods of constitution of the public museum that was driven by nationalistic, civilization and modern speeches. The analysis of exhibition projects in that context makes it possible to infer that the new model of museum is the result of the search for balance between scientific studies developed through the research collections and the effective ways of public instruction. Hundreds of museums were built while others reformed their technical and administrative areas in a way they could attend the new parameters established by the museum programs that were defined as restricted area for research and restricted area for public exhibition. Museum exhibitions opened to visiting won strength based on a focused perspective. Communicational resources that had been born and had developed in those museums reinforced the sense of popular education based on the reading of the exhibition speech that were present in the multifaceted narratives established in the new spaces of consecration of science. The museum object, the museum space and the exhibition\"s public form the basis of this modern phenomenon of communication. The modernity forged by the Industrial Revolution as well as the French Revolution generated this kind of organizational institution that - by the means of reuniting objects extracted from the natural world such as heritage references, document data and material testimonies - have assumed the responsibility for the conservation, research and diffusion of a new vision about the nature based on scientific criteria. To that process of selection and transfer of natural elements to the interior of museums to form didactic museum collection and scenarios was coined the idea of Musealization of Nature. This proposition must be understood by the comprehensiveness of the path of the new life of the object focusing the ways of representing the natural world by this typology of museum and presenting in its communicational systems a compartmentalized, classified and recognized nature. With the development and application of different exhibition resources, especially the dioramas, the natural history museums began to fill the exhibition rooms with a museumtechnique born in Europe that gained strong and determining strength in the United States and had spread all over the world including Brazil. With the installation of scenarios of natural environments that were didactically prepared, a new way of looking to the natural world in the public museum were consolidated: the scientific way. It is precisely on the threshold of modern science that the museums of natural history proliferate and reportedly began to worry about the popularization of science. The modern process of economic production definitely transformed the relationship between man and natural world. At the same time thei established new ways of living the nature whether through natural parks or gardens or even through museum exhibitions with its dioramas that we consider in this research as are true windows to the natural world.
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O setor educativo de um museu de ciências: um diálogo com as comunidades de prática / The education sector in a science museum: a dialogue with the communities of practice.

Monaco, Luciana M. 02 August 2013 (has links)
Entender a constituição das equipes educativas de um museu de história natural a partir de sua prática é o objetivo principal dessa tese. Tomando como ideia central a formação de comunidades de práticas (educativas), descrevemos como os educadores se relacionam entre si e nesse processo, constroem suas identidades. Para tanto, nós utilizamos da metodologia de pesquisa qualitativa em educação, a qual se focou na análise dos elementos que compõe as práticas educativas do museu estudado e nas dimensões constituintes de uma comunidade de prática (engajamento mútuo, empreendimento conjunto e repertório partilhado) confrontando-as aos dados coletados. A instituição elencada para esse estudo foi o Museu Paraense Emílio Goeldi, localizado em Belém, Pará o qual conta com um setor educativo estabelecido e diversos programas educativos em curso. A abordagem teórica das comunidades de prática de Etienne Wenger foi adotada nesse estudo por incorporar o princípio de que a prática desenvolvida por um grupo é parte de um processo coletivo de aprendizagem social que irá definir as suas identidades e, que poderia, portanto ser aplicada à compreensão de como funcionam os setores educativos dos museus. Foi também intenção deste estudo levantar a discussão sobre a especificidade educativa dos museus a partir do olhar sobre a composição de um setor educativo. Preliminarmente, identificamos que o setor educativo do Museu Goeldi se divide em três equipes com funções diferentes e que detêm aproximações e distinções em relação à prática educativa. Do ponto de vista do repertório associado à prática (educativa), os resultados apontam que os educadores partilham inúmeros elementos presentes nas ações conduzidas na instituição, sem, porém negociar seus significados. Partilham ainda de uma identidade comum em relação ao museu com o qual mantêm um forte vínculo que transparece no intenso envolvimento ao trabalho que executam. A missão institucional e os temas de pesquisa do Goeldi são uma forte influência no fazer educativo das equipes. Outra característica marcante entre os educadores é a percepção do público visitante, usada por eles como premissa ao desenvolvimento de todas as ações educativas. No entanto, não foi evidenciado o compartilhamento de um objetivo comum a todos, uma condição para se constituírem como comunidade de prática. Numa perspectiva ampliada essa pesquisa indica que as equipes educativas de museus podem lançar mão de fatores que favoreçam a interação entre os indivíduos com vistas à aprendizagem social e ao reconhecimento de uma identidade comum, como o estabelecimento de um espaço comum aberto à discussão e a negociação, abertura à participação de novatos e manutenção de canais de comunicação e a documentação e o registro das ideias, ações e projetos de maneira sistematizada e acessível a todos. Esse conjunto de indicativos poderia contribuir positivamente não somente à criação e à recriação de práticas e, consequentemente á aprendizagem coletiva, mas também reafirmaria a função educativa do museu e sua importância como área do conhecimento. / An understanding of the constitution of educational groups in a natural history museum from its practice is the main object of this thesis. Taking as a central idea the formation of communities of (educational) practices, we describe how educators relate to each other and build their identities in this process. Therefore, we applied the qualitative research methodology in education, focusing on the analysis of the elements that compose the educational practices of the studied museum and on the constituent dimensions of a community of practice (mutual engagement, joint enterprise and shared repertoire) comparing to the collected data. The chosen institution to this study was the Museum Paraense Emílio Goeldi, located in the city of Belém Pará State, which has an established educational sector and several educational programs in progress. The theoretical approach of the communities practice focused on Etienne Wenger ideias was adopted in this study, by embodying the principle of that the practice developed by a group is part of a collective process of the social learning that will define its identity so, it could be applied to the understanding of how the educational sectors of the museums work. This study was also intended to encourage the discussion about the educational specificity of the museums from the perspective of the constitution of an educational sector. Initially, we identified that the educational sector of Goeldi Museum is divided in three groups with different functions, times holding a close relation to educational practice, times being distinct from this. From the perspective of the associate repertoire to the (educational) practice, the outcomes show that the educators share diverse elements in the institutions driven actions, although, without trading its meanings. The educators also share a common identity to the museum they maintain a strong connection with, which transpires in an intense feeling to the job they perform. The institutional mission and the research themes from Goeldi are a strong influence in the groups educational practice. Another strong characteristic among the educators is the perception of the visitors, taking by them as a premise to the development of all educational actions. However, it was not evident the sharing of a common goal, a condition to them to constitute themselves as a community of practice. In a large perspective this study show that educational groups of museums may betake factors that favor the interaction among people facing social learning and the recognition of a common identity. Such as the establishment of a common open space to discussion and negotiation, opening to the participation of new entrants, maintenance of communication channels, and to the documentation and register of ideas, actions and projects in a systematic and accessible manner to all. This set of suggestions could contribute positively not only to the creation and recreation of practices and consequently to the collective learning, but also to the reassurance of the educational function of the museum and its importance as a knowledge field.
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O setor educativo de um museu de ciências: um diálogo com as comunidades de prática / The education sector in a science museum: a dialogue with the communities of practice.

Luciana M. Monaco 02 August 2013 (has links)
Entender a constituição das equipes educativas de um museu de história natural a partir de sua prática é o objetivo principal dessa tese. Tomando como ideia central a formação de comunidades de práticas (educativas), descrevemos como os educadores se relacionam entre si e nesse processo, constroem suas identidades. Para tanto, nós utilizamos da metodologia de pesquisa qualitativa em educação, a qual se focou na análise dos elementos que compõe as práticas educativas do museu estudado e nas dimensões constituintes de uma comunidade de prática (engajamento mútuo, empreendimento conjunto e repertório partilhado) confrontando-as aos dados coletados. A instituição elencada para esse estudo foi o Museu Paraense Emílio Goeldi, localizado em Belém, Pará o qual conta com um setor educativo estabelecido e diversos programas educativos em curso. A abordagem teórica das comunidades de prática de Etienne Wenger foi adotada nesse estudo por incorporar o princípio de que a prática desenvolvida por um grupo é parte de um processo coletivo de aprendizagem social que irá definir as suas identidades e, que poderia, portanto ser aplicada à compreensão de como funcionam os setores educativos dos museus. Foi também intenção deste estudo levantar a discussão sobre a especificidade educativa dos museus a partir do olhar sobre a composição de um setor educativo. Preliminarmente, identificamos que o setor educativo do Museu Goeldi se divide em três equipes com funções diferentes e que detêm aproximações e distinções em relação à prática educativa. Do ponto de vista do repertório associado à prática (educativa), os resultados apontam que os educadores partilham inúmeros elementos presentes nas ações conduzidas na instituição, sem, porém negociar seus significados. Partilham ainda de uma identidade comum em relação ao museu com o qual mantêm um forte vínculo que transparece no intenso envolvimento ao trabalho que executam. A missão institucional e os temas de pesquisa do Goeldi são uma forte influência no fazer educativo das equipes. Outra característica marcante entre os educadores é a percepção do público visitante, usada por eles como premissa ao desenvolvimento de todas as ações educativas. No entanto, não foi evidenciado o compartilhamento de um objetivo comum a todos, uma condição para se constituírem como comunidade de prática. Numa perspectiva ampliada essa pesquisa indica que as equipes educativas de museus podem lançar mão de fatores que favoreçam a interação entre os indivíduos com vistas à aprendizagem social e ao reconhecimento de uma identidade comum, como o estabelecimento de um espaço comum aberto à discussão e a negociação, abertura à participação de novatos e manutenção de canais de comunicação e a documentação e o registro das ideias, ações e projetos de maneira sistematizada e acessível a todos. Esse conjunto de indicativos poderia contribuir positivamente não somente à criação e à recriação de práticas e, consequentemente á aprendizagem coletiva, mas também reafirmaria a função educativa do museu e sua importância como área do conhecimento. / An understanding of the constitution of educational groups in a natural history museum from its practice is the main object of this thesis. Taking as a central idea the formation of communities of (educational) practices, we describe how educators relate to each other and build their identities in this process. Therefore, we applied the qualitative research methodology in education, focusing on the analysis of the elements that compose the educational practices of the studied museum and on the constituent dimensions of a community of practice (mutual engagement, joint enterprise and shared repertoire) comparing to the collected data. The chosen institution to this study was the Museum Paraense Emílio Goeldi, located in the city of Belém Pará State, which has an established educational sector and several educational programs in progress. The theoretical approach of the communities practice focused on Etienne Wenger ideias was adopted in this study, by embodying the principle of that the practice developed by a group is part of a collective process of the social learning that will define its identity so, it could be applied to the understanding of how the educational sectors of the museums work. This study was also intended to encourage the discussion about the educational specificity of the museums from the perspective of the constitution of an educational sector. Initially, we identified that the educational sector of Goeldi Museum is divided in three groups with different functions, times holding a close relation to educational practice, times being distinct from this. From the perspective of the associate repertoire to the (educational) practice, the outcomes show that the educators share diverse elements in the institutions driven actions, although, without trading its meanings. The educators also share a common identity to the museum they maintain a strong connection with, which transpires in an intense feeling to the job they perform. The institutional mission and the research themes from Goeldi are a strong influence in the groups educational practice. Another strong characteristic among the educators is the perception of the visitors, taking by them as a premise to the development of all educational actions. However, it was not evident the sharing of a common goal, a condition to them to constitute themselves as a community of practice. In a large perspective this study show that educational groups of museums may betake factors that favor the interaction among people facing social learning and the recognition of a common identity. Such as the establishment of a common open space to discussion and negotiation, opening to the participation of new entrants, maintenance of communication channels, and to the documentation and register of ideas, actions and projects in a systematic and accessible manner to all. This set of suggestions could contribute positively not only to the creation and recreation of practices and consequently to the collective learning, but also to the reassurance of the educational function of the museum and its importance as a knowledge field.

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