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"Tá vendo aquele edifício moço?": a especificidade da inclusão digital para trabalhadores da construção civil não alfabetizadosSantos, Amaleide Lima dos January 2008 (has links)
158 f. / Submitted by Suelen Reis (suziy.ellen@gmail.com) on 2013-04-30T15:32:05Z
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Previous issue date: 2008 / O tema da “inclusão digital” vem sendo objeto de vários estudos no país, mas constata-se que pouca atenção ou pesquisas acadêmicas estão voltadas para a relação que jovens e adultos não alfabetizados estabelecem com as tecnologias digitais. A pesquisa busca responder a pergunta: Como pensa, interage e faz uso das TIC – Tecnologias da Informação e Comunicação o imenso contingente da população não alfabetizada? Para compreender as “agruras” vivenciadas pelos trabalhadores não alfabetizados, optou-se por uma metodologia que permitisse dar voz aos sujeitos da pesquisa. Os capítulos estão organizados em ordem do percurso de vida dos trabalhadores, sendo os discursos dos mesmos entremeados por reflexões de autores de diferentes áreas, o que possibilitou-nos conhecer e compreender os processos que os sujeitos que não dominam a leitura e a escrita desencadeiam em torno das tecnologias digitais, suas dificuldades, suas conquistas. A pesquisa faz emergir a realidade vivida, e sofrida, por jovens e adultos não alfabetizados, especialmente os profissionais da indústria da Construção Civil, por ser este o setor que emprega maior número de pessoas com baixa ou nenhuma escolaridade, trazendo à tona as lutas diárias que estas pessoas travam com os recursos digitais que estão a sua volta. A pesquisa identifica uma situação de “peleja digital” do não alfabetizado diante das TIC. Os resultados revelam que as salas de aula implantadas nos canteiros de obras, seguem uma proposta didática centrada no analógico e não alcançam a efetividade digital demandada pelos trabalhadoresalunos. Como conclusão, a pesquisa chama a atenção para o perigo das tecnologias serem utilizadas como argumento para uma possível “exclusão” ou incapacidade atribuída aos jovens e adultos não alfabetizados para lidar com os recursos da informação e da comunicação, da mesma forma que durante séculos de educação no Brasil não foram oportunizadas igualdades educacionais básicas que permitissem a universalização da “alfabetização analógica”. / Salvador
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