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A poética do sujeito em interstício: análise da obra lírica de Naomi Shihab NyePessoa, André Filipe 31 January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / Esta dissertação comenta a relação da produção poética de Naomi Shihab Nye através das
teorias dos Estudos Culturais. A análise aborda a linguagem poética como via de integração
cultural entre a memória histórica coletiva e individual, no que se refere à intersecção da
rememoração e ressignificação identitária representada entre o Mesmo e o Diverso, como
comenta Edouard Glissant. O trabalho, assim, argumenta a relação do referente simbólico da
tradição cultural cristalizada pelos projetos globais e a luta constante das narrativas locais na
negociação do estado representativo do sujeito intersticial. A produção literária de Naomi
Shihab Nye guia o leitor para um estado de contemplação semiótica dos signos construídos
pela tradição. A mesma tradição responsável pelas concepções de “Oriente” e “Ocidente”. Os
argumentos de Edward Said sobre o Orientalismo também foram usados para analisar a
dicotomia “árabe”/ “americano”. O trabalho poético de Nye aponta para uma renovação do
ponto de vista do leitor apresentando uma forma diferente de espiritualidade. Permitindo ao
leitor acessar o seu repertório de signos culturais em direção à ressignificação. Os
comentários de Mary Louise Pratt e Walter Mignolo, a cerca da noção de “transculturação” de
Fernando Ortiz, nos impulsionam a ver a relação íntima entre logos, cogito e ethos em direção
a corpos e espíritos humanos. A análise de Homi Bhabha sobre o terceiro espaço e a
concepção de Pratt das “zonas de contato” coloca a poesia de Nye em posição de constate
movimento cultural: nem “árabe”, nem “americano”: humano. Os comentários de Stuart Hall
e Walter Mignolo sobre as relações transnacionais na condição da pós-colonialidade do poder
mostrou-nos a diferença entre os olhares polarizado e intersticial. Ainda, Luiz Cota Lima e
Theodore W. Adorno são os pontos referenciais sobre as teorias a cerca da mímesis da
representação real e imaginária. Nossa abordagem entende a concepção de linguagem e
estrutura social que foram observadas nos trabalhos de Naomi Shihab Nye como
fundamentais na interação humana com a natureza.
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