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DURABILIDADE DO CONCRETO COM CINZA DE CASCA DE ARROZ NATURAL SEM MOAGEM: MITIGAÇÃO DA REAÇÃO ÁLCALI-SÍLICA E PENETRAÇÃO DE CLORETOS / DURABILITY OF CONCRETE WITH NATURAL RICE HUSK ASH WITHOUT GRINDING: MITIGATION OF ALKALI-SILICA REACTION AND CHLORIDE PENETRATIONTrindade, Guilherme Höehr 06 May 2011 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Natural rice husk ash (RHA) used in concrete contributes to civil construction sustainability. In fact, RHA is considered a residual pollutant and then it is necessary to destine this material correctly. However, it is necessary to investigate the consequences of replacing part of cement by natural RHA to produce concrete for structural purposes. In this context, the aim of this study was to evaluate the concrete durability produced with 15 % of blinder partial replacement by natural RHA in the expansion due to alkali-silica reaction (ASR) and penetration of chloride ion, as well as to suggest preventive measures with the use of mineral additions. In the present study, natural RHA was used as partially replacement of Portland cement. This natural RHA has been obtained without temperature control burning and placed directly into the mixer to suffer self-grinding with aggregates. We investigated the RAS neutralization of natural RHA by the use of cement with mineral additions (CPIIZ, CPIII e CPIV), as well as, we performed additional replacements of part from CPIIZ cement by fly ash (10, 15, 20, 30 and 40 %). We employed accelerated expansion method at 80°C in mortar bars followed by scanning electron microscopy (SEM) and X-ray diffraction (XRD), and long term at 38 °C and accelerated at 60 °C methods in concrete prisms. To investigate concrete resistance in the chloride ion penetration, we used chloride ions penetration method by immersion in saline solution (CPT) of concrete produced with natural RHA and CPIIZ cement added of fly ash (0, 12.75 or 17 %) and water-binder ratios of 0.45, 0.55 and 0.65 were adopted. Analyses of results were based in slope (K ) obtained from the average depths of penetration. In this study, we verified that in mortar bars assay the natural RHA generated expansion above of results allowed by norm in mixtures with standard cement, while CPIIZ cement with addition from 20 % of fly ash showed to mitigate the ASR. These results demonstrated that effect of mitigation of RAS proportionally increased with fly ash addition. Moreover, CPIV cement demonstrated excellence in mitigate the expansive reaction. The SEM analysis identified the characteristic products of ASR in the samples containing natural RHA. XRD analysis showed that the samples of mixtures with higher content of mineral addition showed peaks of calcium hydroxide (CH) with less intensity and mixtures with natural RHA presented greater calcium carbonate content. In relation to concrete prisms molded at 60°C, results showed an increase in expansion for mixture of CPIIZ with natural RHA, but these results remained below of maximum expansion predicted by test. Mixtures of CPII-Z with natural RHA added of 10 and 15% fly ash demonstrated better efficiency in expansion mitigation. In relation to concrete prisms molded at 38°C, the results are not conclusive to 12 months, but mixtures that presented a great expansion were of CPII-Z with natural RHA and 15% fly ash, the CPII-Z with RHA natural and CPII-Z with natural RHA and 10% fly ash, respectively. However, all mixtures had expansion below the maximum limit suggested by the Brazilian standard at 24 months. Through of results CPT, we can conclude that mineral additions provided improvements to the concrete with higher ages due to pozzolanic effect. Moreover, the best results obtained were in trace with lowest water-binder ratios, probably due to increased consumption of cement, which increases the CH amount to interact with the RHA and the fly ash. Therefore, mixtures of Portland cement with fly ash and natural RHA meet the durability of concrete, and also the use of natural RHA would be an important contribution to sustainability and preservation of environment by civil construction. / O emprego de cinza de casca de arroz (CCA) natural no concreto visa contribuir para a sustentabilidade da construção civil, destinando de maneira adequada, esse material que antes seria considerado um resíduo poluente. Porém, é necessária a investigação das consequências em substituir parte do cimento por CCA natural para produzir concreto com finalidade estrutural. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a durabilidade de concretos produzidos com teor de 15 % de substituição parcial do aglomerante por CCA natural, frente à expansão devido à reação álcali-sílica (RAS) e à penetração de íons cloretos, assim como, sugerir medidas preventivas através do uso de adições minerais. No presente estudo, a CCA natural foi utilizada em substituição parcial ao cimento Portland no estado em que se encontra ao sair dos fornos de queima (sem controle de temperatura), diretamente na betoneira para sofrer auto-moagem com os agregados. Foi investigada a neutralização das RAS da CCA natural pelo emprego de cimentos com adições minerais (CPIIZ, CPIII e CPIV), assim como foram realizadas as substituições adicionais de parte do cimento CPIIZ por cinza volante (10, 15, 20, 30 e 40 %). Na investigação da RAS foram empregados os métodos de expansão acelerado a 80 °C em barras de argamassa acompanhado pela microscopia eletrônica de varredura (MEV) e difração de raios-X (DRX), e os métodos de longa duração a 38 °C e acelerado a 60 °C em prismas de concreto. Na investigação da resistência a penetração de íons cloretos foi empregado o método de penetração de íons cloretos por imersão em solução salina (EPCI) dos concretos produzidos com CCA natural e cimento CPIIZ adicionados de cinza volante (0; 12,75 ou 17 %) e nas relações água/aglomerante(a/ag) de 0,45; 0,55 e 0,65. A análise dos resultados do EPCI foi realizada com base no coeficiente angular da equação da reta (K ) obtido a partir das profundidades médias de penetração dos períodos investigados. Neste trabalho verificou-se que, no ensaio em barras de argamassa a CCA natural gerou expansão acima do permitido por norma nas misturas com cimento padrão, enquanto o cimento CPIIZ com adição a partir de 20 % de cinza volante se mostrou mitigador da RAS. Através desses resultados pode-se verificar que o efeito mitigador da RAS aumentou proporcionalmente com a adição de cinza volante. Além disso, o cimento CPIV mostrou excelência em mitigar a reação expansiva. A análise de MEV identificou os produtos característicos da RAS nas amostras contendo CCA natural e a DRX verificou que as amostras retiradas das misturas com maior teor de adição mineral apresentaram picos de hidróxido de cálcio (CH) com menor intensidade e ainda, que as misturas com CCA natural apresentaram maior quantidade de carbonato de cálcio. Em relação aos prismas de concreto moldados a 60 °C, os resultados mostraram maior expansão na mistura de CPIIZ com CCA natural, mas ela se manteve abaixo do limite máximo de expansão preconizado pelo ensaio. As misturas de CPII-Z com CCA natural adicionadas de 10 e 15 % de cinza volante mostraram melhor eficiência em mitigar a expansão. Em relação aos prismas de concreto moldados a 38 °C os resultados ainda não são conclusivos aos 12 meses, porém as misturas que apresentaram maior expansão em 12 meses foram as de CPII-Z com CCA natural e 15 % de cinza volante, de CPII-Z com CCA natural e CPII-Z com CCA natural e 10 % de cinza volante, respectivamente, entretanto, todas abaixo do limite máximo de expansão aos 24 meses, preconizado pela norma brasileira. Através das análises dos resultados do EPCI concluiu-se que as adições minerais proporcionaram melhorias ao concreto com maiores idades devido ao efeito pozolânico. Além disso, os melhores resultados obtidos foram nos traços com menor relação a/ag, provavelmente devido ao maior consumo de cimento que aumenta a quantidade de CH para interagir com a CCA e a cinza volante. Portanto, as misturas de cimento Portland com CCA natural e cinza volante atendem aos parâmetros de durabilidade do concreto, e com isso o uso da CCA natural seria um importante contribuinte na sustentabilidade e preservação do meio ambiente pela construção civil.
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PROPRIEDADES MECÂNICAS DE CONCRETOS COM DIFERENTES CIMENTOS PORTLAND E COM CINZA DE CASCA DE ARROZ NATURAL E MOÍDA / MECHANICAL PROPERTIES OF CONCRETE WITH DIFFERENT PORTLAND CEMENT AND NATURAL AND GROUND RICE HUSK ASHESTrindade, Fábio Maciel de Oliveira da 22 June 2012 (has links)
Due to high rates of emissions of carbon dioxide released in cement production, an
alternative to minimize this pollution is the use of rice husk ash in concrete as partial cement
replacement. This research aims to investigate the technical feasibility, and the mechanical
properties of the use of rice husk ash in concrete for structural purposes. Rice husk ash content
to 15% by mass replacement of cement CPII-Z and CPIV were used in natural state and ground
in a ball mill and compared with the reference concrete, with three water/binder relationships:
0.45; 0.55 and 0.65. Mechanical strength tests by axial compression and diametral compression
at ages 28 and 91 days and elasticity modulus at 28 days were performed. The 28 days results
indicated axial compression strength, modulus of elasticity and diametrical compression
strength below the reference at 91 days and the concrete results with mineral admixtures were
similar to the reference concrete. The mixtures containing CPII-Z, presented higher axial
compressive strength than CPIV, because the higher cement consumption compared with the
CPII-Z with the same w/b relationship. This fact coupled with the presence of high levels of fly
ash, classifies cement CPIV with resistance to higher environmental aggressiveness, which
represents more durability and useful life. It was found that mixtures containing CCAN reduced
axial compressive and diametral strength compared with CCAM, because of the smaller
chemical reactivity and bigger particles of CCAN compared with ground rice husk ash. These
differences between the mixtures were not relevant, being about 10% and consumption of about
20 kg/m³ in relation to the same w/b compared with mixtures of CCAM for the two cement
types. In conclusion, the results of the tests show that there is technical feasibility for the use of
natural rice husk ash in structural concrete due to the differences observed with the ground
mixtures were negligible. The values obtained in the tests were satisfactory for natural rice husk
ash and ground rice husk ash with sligth advantage for the latter compared to first one, because
both developed axial compressive and diametral strength and elasticity modulus similar to the
reference concretes. These results reveal the greater sustainability to the concrete utilizing
agriculture by-products, contributing to reducing the pollutants emissions and the global
warming, due to decreased use of clinker in the mixtures. / Devido às altas taxas de emissão de dióxido de carbono liberado na produção do
cimento, uma alternativa para minimizar esta poluição é o uso parcial de cinza de casca de arroz
no concreto em substituição ao cimento. Esta pesquisa teve o objetivo de investigar a
viabilidade técnica, quanto às propriedades mecânicas do emprego de cinza de casca de arroz
natural (sem moagem) e moída, em concretos para fins estruturais. Foram utilizadas cinza de
casca de arroz com teor de 15% em substituição em massa de cimento CPII-Z e CPIV, nas
formas moída em moinho de bolas e natural (sem beneficiamento), e comparadas com o
concreto de referência, com três relações água/aglomerante: 0,45; 0,55; e 0,65. Foram
executados os ensaios de resistência por compressão axial e compressão diametral nas idades
de 28 e 91 dias e módulo de elasticidade aos 28 dias. Os resultados aos 28 dias indicaram
resistências axiais, módulo de elasticidade e resistência por compressão diametral inferiores ao
de referência; aos 91 dias, os resultados dos concretos com adições minerais foram semelhantes
ao concreto de referência. As misturas com cimento CPII-Z apresentaram resistências à
compressão axial superiores com CPIV, este com consumo de cimento maior nas relações a/ag
do que o anterior. Tal fato, aliado com a presença de altos teores de cinza volante, classifica o
cimento CPIV com maior resistência à agressividade ambiental de agentes deletérios como
cloretos e carbonatação, o que representa maior durabilidade frente aos agentes agressivos.
Também foi constatado que as misturas com CCAN tiveram menores resistências mecânicas
comparadas com CCAM, em razão de a CCAN possuir partículas maiores e reatividade
química menor do que a cinza moída. Estas diferenças entre os dois tipos de misturas não se
revelaram significativas, ficando em aproximadamente 10%, e consumo, em torno de 20 kg/m³
em igualdade de relação a/ag se comparadas com as misturas de CCAM para os dois tipos de
cimentos. Como conclusão, os resultados obtidos nos ensaios revelam que existe viabilidade
técnica para o emprego de cinza de casca de arroz natural no emprego em concreto estrutural,
em razão de as diferenças constatadas com as misturas com CCA moída terem sido pouco
significativas. Os valores obtidos nos ensaios foram bastante próximos, tanto para cinza de
casca de arroz natural como moída, com vantagem para esta última, pois ambas desenvolveram
resistências à compressão axial, módulos de elasticidade e resistências por compressão
diametral similares ao concreto de referência. Estes resultados contribuem para conferir maior
sustentabilidade ao concreto pelo aproveitamento de subprodutos da agricultura, contribuindo
para diminuir a emissão de poluentes na atmosfera e o efeito estufa, devido à diminuição do uso
de clínquer nas misturas.
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