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Igualdade substantiva, política radical e educação: mediações para a negação do capital na obra de István MészárosJOVINO, Wildiana Kátia Monteiro January 2015 (has links)
JOVINO, Wildiana Kátia Monteiro. Igualdade substantiva, política radical e educação: mediações para a negação do capital na obra de István Mészáros. 2015. 195f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2015. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2015-12-08T14:49:12Z
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Previous issue date: 2015 / Esta tese de Doutorado, fundamentada no pensamento do filósofo marxista István Meszáros, defende que a construção do “modo de controle reprodutivo social”, qualificado de socialista, não se separa da negação ontológica do modo de controle metabólico social do capital. Para tanto, faz-se necessário, por um lado, redefinir as condições de vida impostas pelo conjunto de “mediações antagônicas de segunda ordem do capital”, como a família nuclear, a produção alienada, o dinheiro, os objetivos fetichistas da produção, o trabalho assalariado, o Estado e o mercado mundial, e, por outro, reivindicar a transformação econômica e social radical que deve ser realizada, segundo a nossa interpretação do autor, através de mediações, tais como: 1) a igualdade substantiva como princípio primus inter pares a gerir as relações sociais, haja vista que a superação definitiva do sistema do capital depende da adoção de uma estrutura de reprodução social fundamentalmente diferente, na qual a “universalização do trabalho” e os frutos positivos da atividade produtiva devem ser igualmente repartidos; 2) a política radical que, em expresso e claro combate à política burguesa, exercida por uns em nome de variadas formas de dominação sobre os outros, deve restituir à base social o poder de controle e a tomada de decisão política, dos quais a classe trabalhadora foi mantida sempre alheia; e 3) a educação, que, embora se encontre refém do poder mercadológico que a classifica como um campo inesgotável de rendimentos para o capital, se adequadamente engajada no projeto socialista de sociedade, é uma prática social integrante da teia de mediações que rejeita o domínio do capital e é capaz de dar amparo à formação/autoformação crítica dos sujeitos em prol da emancipação humano-social. Nessa perspectiva, percebe-se, portanto, que não será a mera substituição do poder político, de uma classe por outra, ou a “expropriação dos expropriadores” por decreto, que irá alterar a base material das mediações antagônicas de segunda ordem do sistema do capital. A crença na onipotência do Estado como agente da promoção social, como promoveram, por exemplo, a experiência do Welfare State e a do sistema soviético, desconsidera o papel decisivo exercido por ele na preservação das estruturas alienadas e desumanas que envolvem a tríplice relação capital, trabalho e Estado, como, também, relativiza a força contundente dos imperativos da expansão e acumulação do capital sobre o desejo político de controle do sistema. Metodologicamente guiados pelo materialismo histórico-dialético, é possível concluir que o desfecho vital da superação da ordem do capital requer transformações históricas e estruturais na relação de subordinação do trabalho ao capital, de modo a instituir a verdadeira igualdade, a participação associada dos produtores e a educação contínua do sujeito emancipatório.
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Igualdade substantiva, polÃtica radical e educaÃÃo: mediaÃÃes para a negaÃÃo do capital na obra de IstvÃn MÃszÃrosWildiana KÃtia Monteiro Jovino 31 July 2015 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Esta Tese de Doutorado, fundamentada no pensamento do filÃsofo marxista IstvÃn MeszÃros, defende que a construÃÃo do âmodo de controle reprodutivo socialâ, qualificado de socialista, nÃo se separa da negaÃÃo ontolÃgica do modo de controle metabÃlico social do capital. Para tanto, faz-se necessÃrio, por um lado, redefinir as condiÃÃes de vida impostas pelo conjunto de âmediaÃÃes antagÃnicas de segunda ordem do capitalâ, como a famÃlia nuclear, a produÃÃo alienada, o dinheiro, os objetivos fetichistas da produÃÃo, o trabalho assalariado, o Estado e o mercado mundial, e, por outro, reivindicar a transformaÃÃo econÃmica e social radical que deve ser realizada, segundo a nossa interpretaÃÃo do autor, atravÃs de mediaÃÃes, tais como: 1) a igualdade substantiva como princÃpio primus inter pares a gerir as relaÃÃes sociais, haja vista que a superaÃÃo definitiva do sistema do capital depende da adoÃÃo de uma estrutura de reproduÃÃo social fundamentalmente diferente, na qual a âuniversalizaÃÃo do trabalhoâ e os frutos positivos da atividade produtiva devem ser igualmente repartidos; 2) a polÃtica radical que, em expresso e claro combate à polÃtica burguesa, exercida por uns em nome de variadas formas de dominaÃÃo sobre os outros, deve restituir à base social o poder de controle e a tomada de decisÃo polÃtica, dos quais a classe trabalhadora foi mantida sempre alheia; e 3) a educaÃÃo, que, embora se encontre refÃm do poder mercadolÃgico que a classifica como um campo inesgotÃvel de rendimentos para o capital, se adequadamente engajada no projeto socialista de sociedade, à uma prÃtica social integrante da teia de mediaÃÃes que rejeita o domÃnio do capital e à capaz de dar amparo à formaÃÃo/autoformaÃÃo crÃtica dos sujeitos em prol da emancipaÃÃo humano-social. Nessa perspectiva, percebe-se, portanto, que nÃo serà a mera substituiÃÃo do poder polÃtico, de uma classe por outra, ou a âexpropriaÃÃo dos expropriadoresâ por decreto, que irà alterar a base material das mediaÃÃes antagÃnicas de segunda ordem do sistema do capital. A crenÃa na onipotÃncia do Estado como agente da promoÃÃo social, como promoveram, por exemplo, a experiÃncia do Welfare State e a do sistema soviÃtico, desconsidera o papel decisivo exercido por ele na preservaÃÃo das estruturas alienadas e desumanas que envolvem a trÃplice relaÃÃo capital, trabalho e Estado, como, tambÃm, relativiza a forÃa contundente dos imperativos da expansÃo e acumulaÃÃo do capital sobre o desejo polÃtico de controle do sistema. Metodologicamente guiados pelo materialismo histÃrico-dialÃtico, à possÃvel concluir que o desfecho vital da superaÃÃo da ordem do capital requer transformaÃÃes histÃricas e estruturais na relaÃÃo de subordinaÃÃo do trabalho ao capital, de modo a instituir a verdadeira igualdade, a participaÃÃo associada dos produtores e a educaÃÃo contÃnua do sujeito emancipatÃrio.
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