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Ultraestrutura de nervos no diabete experimental em ratos: comparação entre um nervo espinal (nervo isquiático) e um nervo craniano (nervo vestíbulo-coclear)VASCONCELOS, Carlos Augusto Carvalho de 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O nervo isquiático (nervo espinal) é constituído por fibras mielínicas aferentes somáticas e eferentes
somáticas e autonômicas. Distribui-se extensamente aos membros inferiores e é comumente afetado
pelas neuropatias, principalmente a diabética. O nervo vestíbulo-coclear (VIII nervo craniano) é um
nervo aferente puramente sensitivo, constituído por prolongamentos de neurônios bipolares
localizados no gânglio espiral (de Corti). Muito tem sido descrito na literatura a respeito das alterações
morfológicas e morfométricas nos nervos espinais, tanto em pacientes diabéticos quanto em modelos
experimentais da doença. Entretanto, uma comparação entre essas alterações e as eventuais lesões
observadas em nervos cranianos ainda não foi realizada. Mais ainda, é amplamente descrito na
literatura que pacientes diabéticos apresentam distúrbios da audição. Apesar das alterações
histológicas das estruturas da orelha interna de pacientes e em modelos experimentais, uma avaliação
histológica do nervo vestíbulo-coclear ainda não foi descrita. No presente estudo, foram descritas
alterações ultraestruturais na comparação entre um nervo espinal e um craniano, em ratos com diabete
crônico induzido experimentalmente. Foram utilizados ratos machos da linhagem Wistar (n=12),
mantidos com dieta padrão do biotério, ao longo do experimento. Animais com 42 dias de idade (n=6),
em jejum por 24 horas, foram injetados 60 mg/kg de STZ em dose única, via i.p. Animais controles
(n=6) receberam igual volume da solução tampão citrato, pH de 4.5. Após 10 semanas da inoculação
da droga os animais adultos foram perfundidos sistemicamente com solução Karnowisky. Em seguida,
os nervos isquiáticos e vestíbulo-cocleares de ambos os lados foram retirados, processados com
técnicas histológicas de rotina para inclusão em resina epóxi e observados ao microscópio eletrônico
de transmissão. Nossos resultados mostraram a presença de fibras mielínicas grandes com sinais de
atrofia e degeneração axonal tanto no nervo isquiático quanto no nervo vestíbulo-coclear. Algumas
fibras mielínicas de pequeno diâmetro dos nervos isquiáticos mostraram sinais de degeneração da
bainha de mielina, caracterizando, para esse nervo, uma neuropatia tipo mista. Em ambos os nervos,
células de Schwann com citoplasma edemaciado estavam presentes. Nossos achados sugerem que o
diabete crônico induzido pela STZ em ratos, provocou alterações das fibras mielínicas e das células de
Schwann, compatíveis com os sinais e sintomas clássicos da neuropatia diabética. As alterações
observadas no nervo espinal são comparáveis às observadas no nervo craniano. Alterações
morfológicas ultraestruturais do nervo vestíbulo-coclear no diabete experimental em ratos estão sendo
descritas pela primeira vez na literatura e podem corroborar para o melhor entendimento das alterações
da audição encontradas em pacientes diabéticos
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