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Avaliação da resposta imune e inflamatória na encefalite experimentalmente induzida em camundongos pela infecção pelo vírus da estomatite vesicular e herpersvírus bovino tipo 5 / Evaluation of immune and inflammatory responses in experimentally induced encephalitis in mice caused by vesicular stomatitis virus and bovine herpesvirus type 5Mesquita, Leonardo Pereira 23 September 2016 (has links)
O presente trabalho compreende o estudo da resposta imune e inflamatória no sistema nervoso central (SNC) de camundongos ou ratos-veadeiros (Peromyscus maniculatus) frente a infecção por dois diferentes tipos de vírus neurotrópicos, o vírus da estomatite vesicular (VEV) e o herpesvírus bovino tipo 5 (BoHV-5). Na primeira etapa, foi avaliada a função das células residentes do SNC no tocante à expressão de quimiocinas durante a infecção pelo VEV em ratos-veadeiros. No presente estudo, durante a encefalite causada pelo vírus da estomatite vesicular sorotipo New Jersey (VEVNJ) em ratos-veadeiros, as quimiocinas RANTES e MCP-1 foram expressas somente no bulbo olfatório (BO), local onde o vírus estava restrito. A expressão de quimiocinas foi seguida de um influxo de células inflamatórias no BO tardiamente no curso da doença aguda. A quimiocina RANTES foi expressa por neurônios, astrócitos e micróglia, ao passo que MCP-1 foi expressa por neurônios e astrócitos. Embora os astrócitos e a micróglia tenham respondido à infecção pelo VEVNJ ao expressarem quimiocinas, os neurônios foram o principal tipo celular infectado pelo vírus. Portanto, os neurônios infectados podem exercer um papel crucial na geração da resposta imune no BO. A sinalização entre neurônios e outras células residentes do SNC muito provavelmente é o mecanismo pelo qual os astrócitos e micróglia são ativados durante a encefalite causada pelo VEVNJ. Os resultados aqui apresentados, também indicam que a expressão de RANTES e MCP-1 no BO de ratos-veadeiros infectados pelo VEVNJ pode ajudar a prevenir a disseminação do vírus para outras áreas do SNC. Na segunda etapa, foi avaliada a susceptibilidade de camundongos isogênicos BALB/c frente à infecção pelo BoHV-5 em camundongos isogênicos BALB/c em diferentes dias pós-inoculação (DPI). O BoHV-5 quando inoculado pela via intracraniana foi capaz de infectar e se replicar no SNC de camundongos BALB/c. Entretanto, até o momento avaliado (15 DPI), os animais sobreviveram a infecção sem apresentar sinais neurológicos evidentes. A infecção foi acompanhada de uma resposta imune do tipo Th1 importante, com expressão significativa das citocinas IFN-Y e TNF-α, e quimiocina CCL-2. A expressão das citocinas e quimiocinas se deu principalmente no início da infecção (3 e 4 DPI), a qual foi seguida por uma meningo-encefalite com manguitos perivasculares e periventriculite, compostas predominantemente por macrófagos e linfócitos. Após a expressão significativa das citocinas e quimiocina, os animais foram capazes de debelar a infecção aguda, uma vez que partículas virais viáveis não foram detectadas após o 6 DPI. Entretanto, o BoHV-5 foi capaz de infectar o gânglio trigeminal, uma vez que grande quantidade de DNA de BoHV-5 foi detectada no 3 DPI, o que foi confirmado pela presença de antígenos virais no citoplasma de neurônios do gânglio trigeminal de camundongos BALB/c infectados / The present work comprises the study of immune and inflammatory responses in the central nervous system (CNS) of mice or deer mice (Peromyscus maniculatus) during infection by two different neurotropic viruses, the vesicular stomatitis virus (VSV) and bovine herpesvirus type 5 (BoHV-5). In the first part, the role of CNS resident cells regarding chemokine expression in deer mice infected with VSV was evaluated. Here, we demonstrated that during vesicular stomatitis New Jersey virus (VSNJV) encephalitis in deer mice, chemokines RANTES and MCP-1 are expressed only in the olfactory bulb (OB), where the virus was restricted. This chemokine expression was followed by the influx of inflammatory cells to the OB later in the course of acute disease. Neurons, astrocytes and microglia expressed RANTES, whereas MCP-1 was expressed by neurons and astrocytes. Although astrocytes and microglia responded to VSNJV infection by expressing chemokines, neurons were the predominantly infected cell type. Therefore, infected neurons may have a critical role in initiating an immune response in the OB. The signaling between neurons and other CNS resident cells is most likely the mechanism by which astrocytes and microglia are activated during the course of VSV encephalitis. Our results also indicate that the expression of RANTES and MCP-1 in the OB of deer mice infected with VSNJV might help prevent the spread of VSNJV to other areas of CNS. In the second part of the study, the susceptibility of isogenic BALB/c mice to BoHV-5 infection was evaluated in different days post-inoculation (DPI). BoHV-5, when inoculated through intracranial route, was able to infect and replicate within the CNS of BALB/c mice. However, until the evaluated time (15 DPI), the mice was able to survive without showing prominent neurological signs. The infection was accompanied by an important Th1 immune response, with a significant expression of the cytokines IFN-Y and TNF-α, and chemokine CCL-2. The expression of these cytokines and chemokines was detected mainly on the early course of infection (3 and 4 DPI), and was followed by a meningoencephalitis with perivascular cuffing and periventriculitis, composed mainly by macrophages and lymphocytes. After the expression of cytokines and chemokine, the mice were able to curb BoHV-5 acute infection, since viable viral particles were not detected after 6 DPI. However, BoHV-5 was able to infect the trigeminal ganglia, since a large number of BoHV-5 DNA copies was detected on 3 DPI, which was confirmed by the presence of viral antigens within the cytoplasm of neurons in the trigeminal ganglia of infected BALB/c mice
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