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Pathogen surveillance (Leptospira spp., Rotavirus, Hepatitis E virus and Norovirus) in a wild golden-headed lion tamarin (Leontopithecus chrysomelas) population from an urban Atlantic Forest park in Niterói, Rio de Janeiro, Brazil / Pesquisa de patógenos (Leptospira spp., Rotavírus, Vírus da hepatite E e Norovírus) em uma população de mico-leão-da-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas) de um parque urbano de Mata Atlântica em Niterói, Rio de Janeiro, BrasilMolina, Camila Vieira 28 February 2018 (has links)
Most nonhuman primates are distributed throughout tropical countries, most of all in Brazil. However, half of the Brazilian endemic species live in areas where deforestation rates are over 90%. The world currently faces severe biodiversity losses caused by anthropogenic activities such as deforestation, pollution, introduction of exotic species, habitat fragmentation, and climate changes all consequences of the rising of agriculture, livestock and urbanization; a great risk for wild animal species. The golden-headed lion tamarin (GHLT; Leontophitecus chrysomelas) is an endangered species that became invasive in an exotic forested area in Niterói, Rio de Janeiro state, Brazil. The initially few invasive GHLT individuals became hundreds, adapted to living in proximity to humans and domestic animals, frequently found inside houses, digging garbage, crossing streets and in open sewers. These GHLTs were captured as part of a conservation project; some animals were translocated to Bahia state, in southern Brazil, an area within the species original range, whiel the remaining individuals were kept in captivity. Disease ecology in altered environments is still poorly understood; however, these GHLTs likely had contact with many pathogens. Therefore, the present study aimed on surveying this population for possible pathogens: Leptospira spp., Rotavirus A, Norovirus GI and GII, and Hepatitis E virus 3 HEV 3. A total of 939 serum samples from 593 GHLTs were tested for 21 Leptospira serovars, resulting in three positive sera samples from two GHLTs: one for serovar Shermani and one for serovar Hebdomadis. Molecular methods (PCR) were employed on 100 kidney samples from animals that died in captivity due to other reasons: only one sample was positive for a saprophytic Leptospira. Fecal pools from 101 family groups were all negative for RNA RT-PCR (Rotavirus A, Norovirus GI and GII, and HEV 3). Our findings suggest that the epidemiological importance of such pathogens in this GHLT population is either low or non-existent. These results are unexpected and surprising considering the intensely altered environment and biology observed in this GHLT population. These data are important to understand the local disease ecology, as well as to evaluate the efficiency of the translocation project, with the final goal of performing future studies to compare our data with those obtained from the translocated animals. / A maioria dos primatas não humanos está distribuída em países tropicais e o Brasil é mais rico destes, com metade de suas espécies endêmicas em áreas onde mais de 90% do habitat natural já foram devastadas. Realmente, o mundo enfrenta uma perda global de biodiversidade por ações antrópicas. As ações antropogênicas, como o desmatamento, poluição, introdução de espécies exóticas, fragmentação do habitat e mudanças climáticas devido ao aumento da agricultura, pecuária e urbanização representam um grande risco para as espécies de animais selvagens. O Mico-leão-da-cara-dourada (MLCD - Leontophitecus chrysomelas) é uma espécie ameaçada que se tornou invasora em uma área fora de sua distribuição natural, em Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. Esses animais se tornaram centenas a partir de poucos indivíduos, se adaptaram vivendo perto de humanos e animais domésticos, frequentemente vistos dentro de casas, remexendo em lixo, atravessando ruas e esgoto à céu aberto. Os MLCDs foram capturados como parte de um projeto de conservação, sendo que parcela dos animais foi translocada para uma área de ocorrência da espécie, no sul da Bahia (Brasil), e parte permaneceu em cativeiro. A ecologia de doenças em ambientes alterados como este não é bem conhecida, mas é factível supor que os MLCD tiveram contato com muitos agentes patogênicos. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo pesquisar 4 patógenos (Leptospira spp., Rotavírus A, Norovírus GI e GII e vírus da Hepatite E 3 - VHE 3) nesta população de MLCD de Niterói. Um total de 939 amostras de soro de 593 L. chrysomelas foram testadas para 21 sorovares de Leptospira, resultando em apenas 3 amostras positivas de 2 animais: um para o sorovar Shermani e um para sorovar Hebdomadis. Métodos moleculares (PCR) foram empregados em 100 amostras de rim de animais que vieram a óbito em cativeiro por causas diversas, e apenas uma Leptospira saprófita foi detectada em uma amostra. Para a pesquisa dos RNA vírus (Rotavírus A, Norovirus GI e GII e VHE 3), pool de fezes de 101 grupos familiares foram analisados por RT-PCR, sendo que todas as amostras foram negativas. Os resultados sugerem que esses patógenos têm menor importância epidemiológica nesta população de MLCD de Niterói. Acreditamos que os presentes resultados são inesperados e surpreendentes, considerando todo o ambiente e a biologia alteradas dos MLCDs constituintes da população invasora presente em Niterói. Ainda, consideramos que esses dados são importantes para entender a ecologia das doenças na região, bem como para servir como dados testemunhos com fins de acompanhar o projeto de translocação, especialmente com vistas a estudos futuros com os animais translocados.
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