CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Esta dissertaÃÃo analisa dois trabalhos dos fotÃgrafos Claudio Edinger e Nick Waplington, tendo como objetivo compreender a relaÃÃo dessas imagens com o tempo e as possÃveis mudanÃas na estÃtica documental que sÃo reflexos de diferentes maneiras de lidar com os instantes envolvidos no fazer fotogrÃfico. Ao projetar essa perspectiva de anÃlise, a pesquisa estuda a fotografia documental em duas vertentes: a dimensÃo temporal do clÃmax, do instante decisivo (conceito criado por Cartier-Bresson); e a dimensÃo temporal que evoca continuidade, que ressoa na estÃtica do banal e em imagens que trabalham âinstantes-indecisivosâ. No primeiro capÃtulo, trabalhamos algumas questÃes que nos ajudam a enxergar e a compreender essas diferentes formas do tempo na imagem. No segundo capÃtulo, apresentamos um panorama da fotografia documental clÃssica, trazendo tambÃm as primeiras rupturas com a estÃtica considerada tradicional. O terceiro capÃtulo vai tratar mais especificamente da relaÃÃo do tempo com a obra dos fotÃgrafos, trabalhando com o recorte aqui proposto: os livros âIndecisive Mementoâ, de Nick Wapplington, e âO Paradoxo do Olharâ, de Claudio Edinger. Ao abordar todas essas implicaÃÃes do fazer fotogrÃfico e relacionÃ-las à necessidade de uma nova visualidade, a pesquisa tem o objetivo de analisar as propostas de documentarismo dos dois fotÃgrafos, buscando construir uma interpretaÃÃo mais ampla do regime de visualidade cristalizado por teÃricos desde Barthes (1984), procurando pensar a fotografia como um processo que vai alÃm do momento do clique. Assim, o estudo busca satisfazer a necessidade de outras formas de perceber e de se relacionar com as imagens.