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Ecocardiograma e fatores de risco cardiovascular em obesos gravesElaine Gonçalves Moreira Rocha, Isaura January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / Introducão: Alterações em parâmetros hemodinâmicos e na função cardíaca ocorrem na obesidade grave, em associação a outros fatores de risco cardiovascular, como dislipidemia, hipertensão arterial e diabete melito.
Material e métodos: Foi descrito o perfil clínico, metabólico, ecocardiográfico e o risco de doença cardiovascular, avaliado através do escore de Framingham, em 32 obesos graves candidatos à gastroplastia, no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, entre janeiro e maio de 2004.
Resultados: A idade e o IMC médios foram 37,8 ± 10,48 anos e 49,2 ± 8,8Kg/m2. Síndrome metabólica ocorreu em 71,9% dos casos, entretanto, a avaliação do risco cardiovascular através do escore de Framingham estratificou 87,5% da população como portadora de baixo risco de doença coronariana. O ecocardiograma demonstrou aumento de câmaras esquerdas em 42,9%, disfunção diastólica em 54,6% dos casos, hipertrofia ventricular esquerda em 82,1%, com padrão geométrico de hipertrofia ventricular esquerda excêntrica em 50% dos casos. A indexação da massa do ventrículo esquerdo com a altura elevada ao quadrado diagnosticou significativamente mais hipertrofia do que a indexação com a superfície corpórea. As correlações entre hipertofia ventricular esquerda e pressão arterial sistólica , diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo e o tempo de obesidade foram positivas, bem como as correlações entre o índice de massa corpórea e indicadores de disfunção diastólica.
Conclusão: Os resultados mostraram que a estratificação do risco cardiovascular pelo escore de Framingham pode ter baixa acurácia para essa população, haja vista a elevada freqüência de fatores de risco cardiovascular e da síndrome metabólica. O ecocardiograma revelou alterações estruturais cardíacas em graus variados, o que pode representar uma forma subclínica da miocardiopatia da obesidade
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