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O objeto pronominal acusativo de 3a pessoa nas variedades de espanhol de Madri e Montevidéu comparado ao português brasileiro: clíticos como manifestação visível e objetos nulos como manifestação não visível da concordância de objeto / The 3rd person accusative pronominal object in the Spanish varieties of Madrid and Montevideo compared to Brazilian Portuguese: clitics as a visible manifestation and null objects as a non visible manifestation of the object agreement

Simões, Adriana Martins 09 April 2015 (has links)
Esta pesquisa teve por objetivo investigar a realização do objeto pronominal acusativo de 3ª pessoa nas variedades de espanhol de Madri e Montevidéu, comparar as tendências encontradas com o português brasileiro e tecer uma interpretação teórica para essas construções, tendo em vista os desenvolvimentos minimalistas (CHOMSKY, 1999, 2000, 2001, 2004). Analisamos entrevistas orais das variedades de espanhol de Madri (CESTERO MANCERA et al., 2012) e Montevidéu (ELIZAINCÍN, s/d), pertencentes ao PRESEEA. Como referencial teórico, aliamos, portanto, a concepção biológica de língua e gramática (CHOMSKY, 1981, 1986, 1999) a aspectos sociolinguísticos (LABOV, 2008; WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2009). O espanhol seria uma língua na qual os antecedentes [+específicos] deveriam ser retomados por um clítico, enquanto os objetos nulos se restringiriam a antecedentes [-específicos; -definidos] (CAMPOS, 1986a, b; FERNÁNDEZ SORIANO, 1999). Conforme Groppi (1997), a variedade de espanhol de Montevidéu seguiria essa mesma tendência. Considerando-se esses estudos, partimos da hipótese de que nas variedades de espanhol investigadas os objetos nulos estariam restringidos a antecedentes [-determinados; -específicos]. Contudo, os resultados encontrados contrariaram parcialmente nossa hipótese, já que observamos a omissão do objeto não apenas com antecedentes [-determinados; -específicos], como também algumas ocorrências com antecedentes [+determinados; +/- específicos] e, inclusive, [+animados]. Encontramos indícios de que o objeto nulo nessas variedades de espanhol teria uma natureza pronominal, sendo, portanto, um pro. Além disso, observamos que os objetos nulos ocorreram em construções que favoreceriam o apagamento do objeto tanto em outras variedades de espanhol (LANDA, 1993, 1995; FERNÁNDEZ ORDÓÑEZ, 1999; SUÑER; YÉPEZ, 1988) quanto no português brasileiro (CASAGRANDE, 2012; DUARTE, 1986). Por um lado, as construções que apresentam um clítico no espanhol ou um pronome lexical no português brasileiro envolveriam a operação de movimento e esses pronomes seriam a manifestação visível da concordância de objeto. Por outro lado, as construções que apresentam um objeto nulo envolveriam apenas a operação de concordância e seriam os traços- de pro que possibilitariam a identificação do objeto. Nessas construções, teríamos uma concordância de objeto que se manifesta de uma forma não visível, mediante um elemento pronominal sem traços fonéticos. / The aim of this research is to investigate the 3rd person accusative pronominal object occurrence in the Spanish varieties of Madrid and Montevideo, to compare the tendencies that were found to Brazilian Portuguese and to propose a theoretical interpretation to these constructions, based on minimalist developments (CHOMSKY, 1999, 2000, 2001, 2004). For that purpose, oral interviews of the varieties of Madrid (CESTERO MANCERA et al., 2012) and Montevideo (ELIZAINCÍN, s/d), taken from PRESEEA, were analysed. Thereby, regarding the theoretical approach, the biological conception of language and grammar (CHOMSKY, 1981, 1986, 1999) and some sociolinguist aspects (LABOV, 2008; WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2009) were combined. In Spanish, [+specific] antecedents should be expressed by a clitic, while null objects would be restricted to [-specific; -definite] antecedents (CAMPOS, 1986a, b; FERNÁNDEZ SORIANO, 1999). According to Groppi (1997), the Spanish variety of Montevideo presents the same tendency. Considering these studies, our first hypothesis was that in the Spanish varieties analyzed the null objects would be restricted to [-determined; -specific] antecedents. However, the results contradicted partially our hypothesis, since it was observed that the omission of the object not only occurred when the antecedent was [-determined; -specific], but also when the antecedent was [+determined; +/-specific] and, in addition, [+animate]. We found evidence that the null object in these Spanish varieties would have a pronominal nature, and, consequently, it would be a pro. Furthermore, the null objects appeared in constructions that allow the object ellipsis both in other Spanish varieties (LANDA, 1993, 1995; FERNÁNDEZ ORDÓÑEZ, 1999; SUÑER; YÉPEZ, 1988) and in Brazilian Portuguese (CASAGRANDE, 2012; DUARTE, 1986). On the one hand, constructions that present a clitic in Spanish or a lexical pronoun in Brazilian Portuguese would involve Move and correspond to a visible object agreement. On the other hand, constructions that present a null object would involve only Agree and the -features would be related to the object identification. In these constructions, the object agreement happens in a non visible form, through a pronominal element without phonetic features.
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O objeto pronominal acusativo de 3a pessoa nas variedades de espanhol de Madri e Montevidéu comparado ao português brasileiro: clíticos como manifestação visível e objetos nulos como manifestação não visível da concordância de objeto / The 3rd person accusative pronominal object in the Spanish varieties of Madrid and Montevideo compared to Brazilian Portuguese: clitics as a visible manifestation and null objects as a non visible manifestation of the object agreement

Adriana Martins Simões 09 April 2015 (has links)
Esta pesquisa teve por objetivo investigar a realização do objeto pronominal acusativo de 3ª pessoa nas variedades de espanhol de Madri e Montevidéu, comparar as tendências encontradas com o português brasileiro e tecer uma interpretação teórica para essas construções, tendo em vista os desenvolvimentos minimalistas (CHOMSKY, 1999, 2000, 2001, 2004). Analisamos entrevistas orais das variedades de espanhol de Madri (CESTERO MANCERA et al., 2012) e Montevidéu (ELIZAINCÍN, s/d), pertencentes ao PRESEEA. Como referencial teórico, aliamos, portanto, a concepção biológica de língua e gramática (CHOMSKY, 1981, 1986, 1999) a aspectos sociolinguísticos (LABOV, 2008; WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2009). O espanhol seria uma língua na qual os antecedentes [+específicos] deveriam ser retomados por um clítico, enquanto os objetos nulos se restringiriam a antecedentes [-específicos; -definidos] (CAMPOS, 1986a, b; FERNÁNDEZ SORIANO, 1999). Conforme Groppi (1997), a variedade de espanhol de Montevidéu seguiria essa mesma tendência. Considerando-se esses estudos, partimos da hipótese de que nas variedades de espanhol investigadas os objetos nulos estariam restringidos a antecedentes [-determinados; -específicos]. Contudo, os resultados encontrados contrariaram parcialmente nossa hipótese, já que observamos a omissão do objeto não apenas com antecedentes [-determinados; -específicos], como também algumas ocorrências com antecedentes [+determinados; +/- específicos] e, inclusive, [+animados]. Encontramos indícios de que o objeto nulo nessas variedades de espanhol teria uma natureza pronominal, sendo, portanto, um pro. Além disso, observamos que os objetos nulos ocorreram em construções que favoreceriam o apagamento do objeto tanto em outras variedades de espanhol (LANDA, 1993, 1995; FERNÁNDEZ ORDÓÑEZ, 1999; SUÑER; YÉPEZ, 1988) quanto no português brasileiro (CASAGRANDE, 2012; DUARTE, 1986). Por um lado, as construções que apresentam um clítico no espanhol ou um pronome lexical no português brasileiro envolveriam a operação de movimento e esses pronomes seriam a manifestação visível da concordância de objeto. Por outro lado, as construções que apresentam um objeto nulo envolveriam apenas a operação de concordância e seriam os traços- de pro que possibilitariam a identificação do objeto. Nessas construções, teríamos uma concordância de objeto que se manifesta de uma forma não visível, mediante um elemento pronominal sem traços fonéticos. / The aim of this research is to investigate the 3rd person accusative pronominal object occurrence in the Spanish varieties of Madrid and Montevideo, to compare the tendencies that were found to Brazilian Portuguese and to propose a theoretical interpretation to these constructions, based on minimalist developments (CHOMSKY, 1999, 2000, 2001, 2004). For that purpose, oral interviews of the varieties of Madrid (CESTERO MANCERA et al., 2012) and Montevideo (ELIZAINCÍN, s/d), taken from PRESEEA, were analysed. Thereby, regarding the theoretical approach, the biological conception of language and grammar (CHOMSKY, 1981, 1986, 1999) and some sociolinguist aspects (LABOV, 2008; WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2009) were combined. In Spanish, [+specific] antecedents should be expressed by a clitic, while null objects would be restricted to [-specific; -definite] antecedents (CAMPOS, 1986a, b; FERNÁNDEZ SORIANO, 1999). According to Groppi (1997), the Spanish variety of Montevideo presents the same tendency. Considering these studies, our first hypothesis was that in the Spanish varieties analyzed the null objects would be restricted to [-determined; -specific] antecedents. However, the results contradicted partially our hypothesis, since it was observed that the omission of the object not only occurred when the antecedent was [-determined; -specific], but also when the antecedent was [+determined; +/-specific] and, in addition, [+animate]. We found evidence that the null object in these Spanish varieties would have a pronominal nature, and, consequently, it would be a pro. Furthermore, the null objects appeared in constructions that allow the object ellipsis both in other Spanish varieties (LANDA, 1993, 1995; FERNÁNDEZ ORDÓÑEZ, 1999; SUÑER; YÉPEZ, 1988) and in Brazilian Portuguese (CASAGRANDE, 2012; DUARTE, 1986). On the one hand, constructions that present a clitic in Spanish or a lexical pronoun in Brazilian Portuguese would involve Move and correspond to a visible object agreement. On the other hand, constructions that present a null object would involve only Agree and the -features would be related to the object identification. In these constructions, the object agreement happens in a non visible form, through a pronominal element without phonetic features.
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Clítico, objeto nulo ou pronome tônico? Quanto e como a variação/mudança no paradigma do preenchimento pronominal do objeto acusativo de 3ª pessoa no português brasileiro se reflete na aquisição/aprendizagem do espanhol pelos aprendizes brasileiros ao longo das gerações / Clitic, null object or lexical pronoun? How much and however the variation/change in the 3rd person accusative object pronominal realization paradigm in brazilian portuguese reflects on Spanish adquisition/learning for brazilian learners along generations

Simões, Adriana Martins 03 August 2010 (has links)
Esta pesquisa teve por objetivo encontrar indícios a respeito da natureza da gramática não nativa do espanhol, especificamente no que se refere à aquisição/aprendizagem do objeto pronominal acusativo de 3ª pessoa, a partir da intuição de aprendizes brasileiros de diferentes gerações, níveis de aprendizagem de ELE e níveis de instrução em LM. Partindo das diferenças entre a gramática do espanhol e do PB, que possuem propriedades abstratas diferentes nesse aspecto da gramática, o que indica diferenças paramétricas entre elas, das mudanças no PB, e considerando a LM como a mediadora entre a GU e a gramática da LE, nossa hipótese foi de que a gramática não nativa dos aprendizes de menor faixa etária seria mais permeável à gramática contemporânea do PB, enquanto a dos aprendizes de faixas etárias mais elevadas seria menos permeável. Por meio da análise dos testes de aceitabilidade de ambas as gramáticas, constatamos que a coexistência de gramáticas no PB possui diferentes graus de consolidação e de aceitação na intuição dos falantes das duas diferentes gerações e se reflete na intuição não nativa dos aprendizes. Por outro lado, encontramos evidências de reestruturação, que nos remetem ao reflexo da gramática do espanhol na intuição não nativa, além de indícios de que os elementos visíveis podem atuar como desencadeadores de reestruturação no início da aprendizagem. Entretanto, encontramos evidências também de que o processo de reestruturação não capta as propriedades abstratas da LE, bem como seria apenas parcial. A partir dessas constatações, é possível afirmar que há evidências de que a competência não nativa seja apenas aparente, de modo que não corresponde à representação mental de um falante nativo. / The aim of this paper is to find evidences on the nature of Spanish non-native grammar, regarding specifically to the acquisition/learning of the 3rd person accusative pronominal object, from Brazilian learners intuitions of different generations, Spanish and educational levels. Our hypothesis is that the non-native grammar of younger learners is more permeable to BP contemporary grammar than non native grammar of older learners, based on differences in Spanish and Brazilian Portuguese (BP) grammar which have different abstract properties in this very aspect of grammar, indicating parametric differences between the languages, linguistics changes in BP and considering the mother tongue as a mediator between the Universal Grammar and the foreign language. Through acceptability test analysis of both grammars, it was found that the coexistence of BP grammars has different degrees of consolidation and acceptance in the speakers intuition of different generations and it reflects on learners non-native intuition. In contrast, restructuring evidences revealing the Spanish grammar reflection in non-native intuition were observed. Furthermore, evidences that visible elements can act as restructuring triggers in Spanish first lessons were identified. However, our findings reveal that the restructuring process does not capture FL abstract properties and that the former is only partial. From these results, there are evidences that the non-native competence is apparent, since it would not correspond to a native speakers mental representation.
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Clítico, objeto nulo ou pronome tônico? Quanto e como a variação/mudança no paradigma do preenchimento pronominal do objeto acusativo de 3ª pessoa no português brasileiro se reflete na aquisição/aprendizagem do espanhol pelos aprendizes brasileiros ao longo das gerações / Clitic, null object or lexical pronoun? How much and however the variation/change in the 3rd person accusative object pronominal realization paradigm in brazilian portuguese reflects on Spanish adquisition/learning for brazilian learners along generations

Adriana Martins Simões 03 August 2010 (has links)
Esta pesquisa teve por objetivo encontrar indícios a respeito da natureza da gramática não nativa do espanhol, especificamente no que se refere à aquisição/aprendizagem do objeto pronominal acusativo de 3ª pessoa, a partir da intuição de aprendizes brasileiros de diferentes gerações, níveis de aprendizagem de ELE e níveis de instrução em LM. Partindo das diferenças entre a gramática do espanhol e do PB, que possuem propriedades abstratas diferentes nesse aspecto da gramática, o que indica diferenças paramétricas entre elas, das mudanças no PB, e considerando a LM como a mediadora entre a GU e a gramática da LE, nossa hipótese foi de que a gramática não nativa dos aprendizes de menor faixa etária seria mais permeável à gramática contemporânea do PB, enquanto a dos aprendizes de faixas etárias mais elevadas seria menos permeável. Por meio da análise dos testes de aceitabilidade de ambas as gramáticas, constatamos que a coexistência de gramáticas no PB possui diferentes graus de consolidação e de aceitação na intuição dos falantes das duas diferentes gerações e se reflete na intuição não nativa dos aprendizes. Por outro lado, encontramos evidências de reestruturação, que nos remetem ao reflexo da gramática do espanhol na intuição não nativa, além de indícios de que os elementos visíveis podem atuar como desencadeadores de reestruturação no início da aprendizagem. Entretanto, encontramos evidências também de que o processo de reestruturação não capta as propriedades abstratas da LE, bem como seria apenas parcial. A partir dessas constatações, é possível afirmar que há evidências de que a competência não nativa seja apenas aparente, de modo que não corresponde à representação mental de um falante nativo. / The aim of this paper is to find evidences on the nature of Spanish non-native grammar, regarding specifically to the acquisition/learning of the 3rd person accusative pronominal object, from Brazilian learners intuitions of different generations, Spanish and educational levels. Our hypothesis is that the non-native grammar of younger learners is more permeable to BP contemporary grammar than non native grammar of older learners, based on differences in Spanish and Brazilian Portuguese (BP) grammar which have different abstract properties in this very aspect of grammar, indicating parametric differences between the languages, linguistics changes in BP and considering the mother tongue as a mediator between the Universal Grammar and the foreign language. Through acceptability test analysis of both grammars, it was found that the coexistence of BP grammars has different degrees of consolidation and acceptance in the speakers intuition of different generations and it reflects on learners non-native intuition. In contrast, restructuring evidences revealing the Spanish grammar reflection in non-native intuition were observed. Furthermore, evidences that visible elements can act as restructuring triggers in Spanish first lessons were identified. However, our findings reveal that the restructuring process does not capture FL abstract properties and that the former is only partial. From these results, there are evidences that the non-native competence is apparent, since it would not correspond to a native speakers mental representation.

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