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Avaliação in vitro das características de liberação de indometacina a partir de dispositivos oculares implantáveis

Moura, Renata Kely de Paulo 31 August 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T13:00:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1937147 bytes, checksum: c7c7a7218440d8aec73885dba794fe24 (MD5) Previous issue date: 2010-08-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The anatomy and physiology of the eye, together with its protective barriers represent challenges to effective ocular drug delivery systems. The pharmacological treatment of eye diseases had been limited to conventional drug formulations, which are not satisfactory for diseases affecting the posterior segment of the eye. The delivery of therapeutic doses at tissues from the posterior segment in order to minimize adverse systemic and regional effects is the main goal in the treatment of ocular diseases. With this aim, several studies have been conducted to develop new ocular drug delivery systems, such as those involving ocular implants. These implants are prepared using a variety of different polymers that can be either biodegradable or non-biodegradable. Polymers derived from lactic and glycolic acid have revealed to be promising materials for the formulation of ocular implants, mainly due to their biocompatibility and biodegradability. In this study, two different biodegradable indomethacin implants formulated based on a copolymer of lactic/glicolic acid (PLGA 50:50) and D,L-lactic acid (D,L-PLA) were characterized by differential scanning calorimetry (DSC), in vitro release using dissolution apparatus and scleral diffusion (from rabit´s eye) using Franz chambers. The study was done in collaboration with 3T Biopolymers (São Paulo, Brazil) that provided samples of the polymers and implants for analyses. The results of the validation of the HPLC method for indomethacin quantification were within the limits set forth by Brazilian legislation (RE 899, 2003, ANVISA). The results of DSC analysis revealed absence of any evidence of physico-chemical interactions between the drug and polymer. The suppression of the indomethacin melting peak is probably due to changes from the crystalline to the amorphous state of the drug following lyophilization or by dilution effects. Preliminary in vitro release data revealed a triphasic profile for indomethacin release from the PLGA-based implants and a biphasic one for the PLA implants. The implants formulated with PLGA promoted a faster release of indomethacin (103.64%) compared with implants formulated with PLA (49.9%) during the thirty days of the experiment. The release profile of indomethacin was determined by the rate of degradation of polymers, which also determined the scleral diffusion of indomethacin from PLGA and PLA (1.7 x 10-5 cm / s and 0.24 x 10-5 cm / s, respectively). The scleral diffusion experiments using Franz difusion chambers have shown that the rabit sclera is permeable to indomethacin and polarized light microscopy revealed that the structure of the scleral collagen fibers were not significantly altered during the diffusion experiments. The drug-release systems studied were able to release indomethacin in a sustained fashion, serving as a model for the formulation of indomethacin implants that could be used in the future for the treatment of ocular diseases such as the cystoid macular edema. / A anatomia e fisiologia do olho e suas barreiras protetoras representam um desafio para o desenvolvimento de sistemas de transporte de drogas oftálmicas efetivos. O tratamento farmacológico de doenças oculares tem se limitado às formas convencionais de administração que não são satisfatórias para o tratamento de doenças que acometem o segmento posterior do bulbo do olho. O transporte de doses terapêuticas para os tecidos do segmento posterior do olho, que minimize os efeitos colaterais sistêmicos e locais, é o principal objetivo no tratamento de doenças oculares. Visando atingir este objetivo, estudos têm sido feitos no sentido de desenvolver novos sistemas de liberação de fármacos para o olho, entre estes estão os implantes. Esses implantes são preparados a partir de diferentes polímeros, os quais podem ser biodegradáveis ou não biodegradáveis. Os polímeros derivados dos ácidos lático e glicólico têm se revelado bastante promissores devido, principalmente, às suas características de biocompatibilidade e biodegradabilidade. Neste trabalho, dois diferentes implantes de indometacina formulados a partir do copolímero ácido lático / ácido glicólico (PLGA 50:50) e do polímero derivado do ácido D,L-lático (PLA), através de liofilização da mistura polímero-fármaco, foram fornecidos pela empresa 3T Biopolímeros (São Paulo - SP) e avaliados através de DSC, estudos de liberação in vitro usando aparato de dissolução e estudos de difusão através de esclera de coelho utilizando câmaras de Franz. Os resultados da validação do método CLAE para quantificação da indometacina apresentaram-se dentro dos limites estabelecidos pela legislação brasileira (Resolução RE 899, 2003, ANVISA). As análises de DSC mostraram a ausência aparente de interações químicas e físicas entre o fármaco e os polímeros, sendo sugerido que o desaparecimento do pico de fusão da indometacina tenha ocorrido pela amorfização do fármaco durante o processo de liofilização ou pela diluição do fármaco no polímero. Os estudos preliminares de liberação in vitro demonstraram um perfil trifásico para os implantes formulados com PLGA e um perfil bifásico para àqueles formulados com PLA. Os implantes formulados com PLGA promoveram uma liberação mais rápida da indometacina (103,64%) quando comparado com os implantes formulados com PLA (49,9%) durante os trinta dias de experimento. O perfil de liberação da indometacina foi determinado pela velocidade de degradação dos polímeros, que também determinou a difusão escleral da indometacina a partir do PLGA e do PLA (1,7 x 10-5 cm/s e 0,24 x 10-5 cm/s, respectivamente). Os estudos de difusão escleral mostraram que a esclera de coelho é permeável à indometacina e a microscopia de luz polarizada mostrou que a estrutura das fibras colágenas da esclera não foram significativamente alteradas durante o estudo de difusão nas câmaras de Franz. Os sistemas de liberação de fármacos avaliados foram capazes de liberar a indometacina de forma prolongada, servindo como um modelo para formulação de implantes de indometacina que podem ser futuramente utilizados para tratamento de doenças como edema macular cistóide.

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