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Economia maranhense de 1890 a 2010: superexploração e estado oligárquico como entraves ao desenvolvimento / Economy of Maranhão from 1890 to 2010: overexploitation and oligarchic state as obstacles to development

Pereira Filho, Jomar Fernandes 25 February 2016 (has links)
Submitted by Rosivalda Pereira (mrs.pereira@ufma.br) on 2017-05-24T18:57:51Z No. of bitstreams: 1 JomarFernandesPereira.pdf: 5042764 bytes, checksum: 081882a7ba65a19ff88b4e04829cd0c1 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-24T18:57:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 JomarFernandesPereira.pdf: 5042764 bytes, checksum: 081882a7ba65a19ff88b4e04829cd0c1 (MD5) Previous issue date: 2016-02-25 / This research aims to make a reinterpretation of the economic formation of the state of Maranhão, using categories that are not present in traditional analyzes and with this, seeks to demonstrate that the roots of recurring socio-economic backwardness of the state, are not in legacy of eugenics catchphrases as “laziness of the people” and the “tropical weather”. The mainstream representatives usually have the economic formation of Maranhão as a natural succession of socioeconomic facts, without direct connection with the state, much less with global cycles of accumulation. The time gap achieved by the search extends 1890, beginning of the "industrial madness" until the first decade of xxi century. in the meantime evidence that the socio-economic backwardness of Maranhão is directly linked to patrimonial political practices of the oligarchic state will be sought, which gave institutional coverage for the exploitation of the labor force, which maintained a negative relationship with the growth of the domestic market and positive with the appellant technological backwardness that characterizes the local economy, historically dependent on external dynamic centers. This disastrous connection - overexploitation and oligarchic state - somehow can be credited to a reification put as simply "natural succession" of economic cycles, that tries to establish the thesis of capital naturalization. They are dialectically linked to unequal exchanges with higher productivity centers, with the global process of capital accumulation and collaborative subservience to these two factors by the local ruling classes. / Esta pesquisa tem por objetivo fazer uma reinterpretação da formação econômica do Estado do Maranhão, utilizando categorias que não estão presentes nas análises tradicionais e com isso, busca demonstrar que as raízes do recorrente atraso socioeconômico do Estado, não se acham em bordões herdados da eugenia como “a preguiça do povo” ou “o clima tropical”. Os representantes do mainstream costumam apresentar a formação econômica do Maranhão, como uma sucessão natural de fatos socioeconômicos, sem ligação direta com a forma do Estado e muito menos com os ciclos mundiais de acumulação, fatores que servem de base para o presente trabalho. O lapso temporal alcançado pela pesquisa se estende de 1890, início da chamada “loucura industrial”, até a primeira década do século XXI. Nesse intervalo serão buscadas evidências de que o atraso socioeconômico do Maranhão está diretamente ligado às práticas políticas patrimonialistas do estado oligárquico, que deram cobertura institucional para a superexploração da força de trabalho, que manteve uma relação negativa com o crescimento do mercado interno e positiva com o recorrente atraso tecnológico que caracteriza a economia local, historicamente dependente dos centros dinâmicos externos. Essa ligação desastrosa – superexploração e estado oligárquico – de modo algum, pode ser creditada a uma reificação posta como simples “sucessão natural” de ciclos econômicos, que tenta firmar a tese da naturalização do capital. Elas estão dialeticamente ligadas às trocas desiguais com centros de maior produtividade, com o processo mundial de acumulação de capital e com a subserviência colaborativa a esses dois fatores por parte das classes dominantes locais.

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