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Trajetórias ocupacionais de engenheiros jovens no Brasil. / Occupational trajectories of young engineers in Brazil.

Araujo, Bruno César Pino Oliveira de 24 February 2016 (has links)
Esta tese analisa 9.041 trajetórias ocupacionais de jovens engenheiros como empregados formais no Brasil entre 2003-2012, a partir da técnica de Optimal Matching Analysis (OMA). Estas trajetórias foram comparadas às de uma geração anterior de jovens engenheiros, tanto em seu período-base (1995-2002) como entre 2003-2012, a fim de identificar efeitos de idade e período. Os principais resultados são: (i) conforme esperado, trajetórias ocupacionais ligadas à gestão (em áreas correlatas à engenharia ou não) são as que oferecem remuneração mais alta em todos os períodos analisados; (ii) nos anos 2000, o terceiro padrão mais atrativo para os jovens daquela geração foi permanecer como engenheiro típico, caminho perseguido por praticamente metade deles, enquanto tal atratividade não foi verificada nos anos 1990; (iii) o salário de entrada dos jovens engenheiros subiu 24% em termos reais entre 1995 e 2003; (iv) há pouca mobilidade de trajetória ocupacional por parte da geração dos engenheiros de 1995 após 2003; (v) os jovens engenheiros de 1995 que permaneceram como engenheiros típicos durante os anos 2000 chegaram a 2012 ganhando apenas 14% a mais do que os jovens engenheiros de 2003 (com 8 anos a menos de experiência); para comparação, os gestores da geração 90 ganhavam em torno de 50% a mais do que os da geração 2000; (vi) há dois momentos de definição de trajetória ocupacional: um primeiro ocorre até 3 anos após o primeiro emprego, mas promoções a cargos de gestão podem ocorrer entre 8 e 10 anos. Estes resultados indicam que, se por um lado houve uma revalorização dos profissionais de engenharia na última década, por outro lado esta revalorização não trouxe engenheiros anteriormente formados a carreiras típicas em engenharia. Isto, aliado à baixa demanda pelos cursos de engenharia durante os anos 80 e 90, corrobora a hipótese de um hiato geracional entre os engenheiros, documentado em artigos anteriores. / This PhD dissertation analyzes 9,041 occupational trajectories of young engineers as formal employees in Brazil in 2003-2012, using Optimal Matching Analysis (OMA). These trajectories were compared to those of a previous generation of young engineers, both in its base period (1995-2002) and in 2003-2012, to identify age and period effects. The main results are: (i) as expected, management occupational trajectories (in areas related to engineering or not) pay higher wages, in all periods; (ii) in the 2000s, the third most attractive trajectory was to remain as typical engineer, path pursued by nearly half of young engineers, however, this was not verified in the 1990s; (iii) entry wages of young engineers rose 24% in real terms between 1995 and 2003; (iv) there is little occupational mobility by the generation of 1995 engineers after 2003; (v) young engineers of 1995 who remained as typical engineers during the 2000s earned only 14% more in 2012 than young engineers of 2003; for comparison, in 2012 managers from the 90s earned about 50% more those from the 2000s; (vi) there are two defining moments of occupational trajectory: a first occurs until three years after the first job, but promotions to management positions can take place between 8 and 10 years. These results indicate that, on the one hand, there was a revaluation of engineers over the past decade; on the other hand, this did not attracted former bachelors back to typical careers in Engineering. This, combined with low demand for engineering courses during the 80s and 90s, supports the hypothesis of a generational gap among engineers, documented in previous articles.
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Trajetórias ocupacionais de engenheiros jovens no Brasil. / Occupational trajectories of young engineers in Brazil.

Bruno César Pino Oliveira de Araujo 24 February 2016 (has links)
Esta tese analisa 9.041 trajetórias ocupacionais de jovens engenheiros como empregados formais no Brasil entre 2003-2012, a partir da técnica de Optimal Matching Analysis (OMA). Estas trajetórias foram comparadas às de uma geração anterior de jovens engenheiros, tanto em seu período-base (1995-2002) como entre 2003-2012, a fim de identificar efeitos de idade e período. Os principais resultados são: (i) conforme esperado, trajetórias ocupacionais ligadas à gestão (em áreas correlatas à engenharia ou não) são as que oferecem remuneração mais alta em todos os períodos analisados; (ii) nos anos 2000, o terceiro padrão mais atrativo para os jovens daquela geração foi permanecer como engenheiro típico, caminho perseguido por praticamente metade deles, enquanto tal atratividade não foi verificada nos anos 1990; (iii) o salário de entrada dos jovens engenheiros subiu 24% em termos reais entre 1995 e 2003; (iv) há pouca mobilidade de trajetória ocupacional por parte da geração dos engenheiros de 1995 após 2003; (v) os jovens engenheiros de 1995 que permaneceram como engenheiros típicos durante os anos 2000 chegaram a 2012 ganhando apenas 14% a mais do que os jovens engenheiros de 2003 (com 8 anos a menos de experiência); para comparação, os gestores da geração 90 ganhavam em torno de 50% a mais do que os da geração 2000; (vi) há dois momentos de definição de trajetória ocupacional: um primeiro ocorre até 3 anos após o primeiro emprego, mas promoções a cargos de gestão podem ocorrer entre 8 e 10 anos. Estes resultados indicam que, se por um lado houve uma revalorização dos profissionais de engenharia na última década, por outro lado esta revalorização não trouxe engenheiros anteriormente formados a carreiras típicas em engenharia. Isto, aliado à baixa demanda pelos cursos de engenharia durante os anos 80 e 90, corrobora a hipótese de um hiato geracional entre os engenheiros, documentado em artigos anteriores. / This PhD dissertation analyzes 9,041 occupational trajectories of young engineers as formal employees in Brazil in 2003-2012, using Optimal Matching Analysis (OMA). These trajectories were compared to those of a previous generation of young engineers, both in its base period (1995-2002) and in 2003-2012, to identify age and period effects. The main results are: (i) as expected, management occupational trajectories (in areas related to engineering or not) pay higher wages, in all periods; (ii) in the 2000s, the third most attractive trajectory was to remain as typical engineer, path pursued by nearly half of young engineers, however, this was not verified in the 1990s; (iii) entry wages of young engineers rose 24% in real terms between 1995 and 2003; (iv) there is little occupational mobility by the generation of 1995 engineers after 2003; (v) young engineers of 1995 who remained as typical engineers during the 2000s earned only 14% more in 2012 than young engineers of 2003; for comparison, in 2012 managers from the 90s earned about 50% more those from the 2000s; (vi) there are two defining moments of occupational trajectory: a first occurs until three years after the first job, but promotions to management positions can take place between 8 and 10 years. These results indicate that, on the one hand, there was a revaluation of engineers over the past decade; on the other hand, this did not attracted former bachelors back to typical careers in Engineering. This, combined with low demand for engineering courses during the 80s and 90s, supports the hypothesis of a generational gap among engineers, documented in previous articles.
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Le Revenu de Solidarité Active (RSA) au prisme de ses catégories formelles : pour une évaluation critique du dispositif / The French "Revenu de Solidarité Active" (RSA) assessed through a critical analysis of its formal categories

Chosson, Elie 13 October 2017 (has links)
Le Revenu de Solidarité Active (RSA) a suscité un vif intérêt dans la communauté scientifique, mais son évaluation s'est focalisée sur son impact sur les taux de retour à l'emploi et sur la pauvreté laborieuse. Dans ce contexte, la thèse construit une évaluation critique du dispositif: nous montrons son incapacité à prendre en charge la position contradictoire dans laquelle sont placés les bénéficiaires. Ceux-ci sont en effet confrontés à des conditions de valorisation de la force de travail structurellement difficiles, et dans le même temps le dispositif organise, par différents moyens, la centralité de l'emploi. Dans le premier temps de la démonstration, la thèse met en discussion les catégories de travail construites par le marxisme critique de Moishe Postone et par Hannah Arendt. Grâce à cette démarche théorique nous comprenons que le RSA redéfinit les statuts d'activité des bénéficiaires autour d'une mise en scène de la nécessité du retour au travail. En parallèle, nous sommes amenés à saisir théoriquement et empiriquement la place contradictoire du travail dans le capitalisme contemporain: source de la richesse sociale certes, mais également ébranlé par des conditions de valorisation de la force de travail toujours plus difficiles. Dans le second temps de la démonstration, nous mettons en œuvre le suivi d'une cohorte de ménages bénéficiaires dans le département de l'Isère entre 2010 et 2012. L'analyse descriptive et la modélisation des mobilités et des trajectoires nous conduisent à constater l'extrême diversité des parcours individuels. À côté des usages transitoires du dispositif qui sont majoritaires, nous constatons que les parcours sont heurtés, et lorsqu'ils montrent une stabilité c'est souvent au profit d'un maintien dans les marges du marché du travail. Nous illustrons l'incapacité du RSA à rassembler, derrière l'emploi comme standard uniforme, la grande diversité des bénéficiaires. / The French « Revenu de Solidarité Active » (RSA) generated a great deal of interest in the the scientific community, focused mainly on its impact on labor force participation and on working poor. In this context, the thesis looks for a critical assessment of the device: we show its inability to take over the contradictory position in which the beneficiaries are placed. Those are confronted with structurally difficult conditions for the exploitation of the labor force, and at the same time the RSA organizes, through various means, the centrality of employment. Firstly, the thesis discusses the categories of work, constructed by the critical Marxism of Moishe Postone and by Hannah Arendt. Thanks to this theoretical approach, we understand that the RSA redefines the beneficiaries' labour statuses, around a staging of the need for a return to work. Simultaneously, we show theoretically and empirically the contradictory position of work in contemporary capitalism: source of social wealth, certainly, but also undermined by increasingly difficult conditions for the exploitation of labor power. Secondly, we implement a follow-up of a cohort of beneficiary households in the department of Isère, between 2010 and 2012. Descriptive statistical analysis and the modeling of mobilities and trajectories lead us to show diversity of individual paths. In addition to the temporary uses of RSA, which constitute a majority, we note paths are broken, and when they show stability, it is often in labor market's margins. Finally, we show that the RSA fails to gather, behind employment as an uniform standard, the great diversity of beneficiaries.

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