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Análise do consumo específico de lenha nas indústrias gesseiras: a questão florestal e sua contribuição para o desenvolvimento sustentável da Região do Araripe - PECAMPELLO, Francisco Carneiro Barreto 25 August 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-08-25 / The Gypsum Pole of Araripe in State of Pernambuco is responsible for the production of approximately 95% of plaster consumed in Brazil. The energy matrix of plaster industry is composed of 3% of electric power, 5% of diesel, 8% of oil GMP, 10% of coke and 73% of wood from forest management plans and native vegetation. Of these 73%, only 3% is from sustained forest management plans, configuring that the majority of this material has illegal origin. With the growth of 25% in the gypsum production in the region, the increased devastation of native vegetation tends to grow committing the forest remnants in the region. This work aims to analyse the specific consumption of firewood from the Caatinga in calcination of gypsum to subsidize a planning in forestry policy with balance among the economic, environmental and social processes. The same will serve to infer whether the region under the current conditions supports the growth of the industry of plaster. Also it will be an instrument of management/control command of the actions of environmental agencies in the region. The survey was developed with companies as Assogesso, which is an Association of calcinating of gypsum. The reserch had a stage of weighing and measurement of he wood for the establishing of the relationship with the gypsum produced and a stage of application of questionnaires from companies calcination. It was noted that the type of oven with predominance of use in the region is the "Hot Belly", which consumes on average 0.49 estere meter of wood per tone of gypsum produced. Based on this data, it is estimated that to support the plaster industry are required 22000 hectares of Caatinga per year in sustainable forest management plans with rotation ranging between 10 and 15 years depending on the type of the Caatinga. The native vegetation alone has no conditions to support for plaster industry and that the use of fast growth forests is a real option to supply the demand of the plaster industry. Indirectly, it also reduces the pressure on native vegetation in the region. / O Polo Gesseiro do Araripe do Estado de Pernambuco é responsável pela produção de, aproximadamente, 95% do gesso consumido no Brasil. A matriz energética da indústria do gesso é composta de 3% de energia elétrica, 5% de óleo diesel, 8% de óleo BPF, 10% de coque e 73% de lenha proveniente de planos de manejo florestal e da vegetação nativa. Desses 73%, apenas 3% provém de planos de manejo sustentado, configurando-se que a maior parte desse material possui origem ilegal. Com o crescente incremento na produção de gesso na região, em torno de 25% ao ano, o aumento da devastação da vegetação nativa tende a crescer comprometendo os remanescentes florestais da região. Este trabalho teve por objetivo analisar o consumo específico da lenha da Caatinga no processo de calcinação de gipsita, com a finalidade de subsidiar o planejamento de uma política florestal em que proporcione o equilibro entre os processos econômicos, ambientais e sociais. A mesma servirá para inferir se a região nas condições atuais suporta o crescimento da indústria do gesso. Também servirá como instrumento de gestão/comando de controle nas ações dos órgãos ambientais na região. A pesquisa se desenvolveu junto às empresas da Assogesso, que é uma associação de calcinadores de gipsita. O estudo teve uma etapa de pesagem e medição direta da lenha para o estabelecimento da relação com o gesso produzido e uma de aplicação de questionários junto as empresas calcinadoras. Constatou-se que o tipo de forno com predominância de uso na região é o “Barriga Quente”, que consome em média 0,49 metro estere por tonelada de gesso produzida. Com base nesses dados, estima-se que são necessários 22.000 hectares de Caatinga por ano em plano de manejo sustentado com rotação variando entre 10 e 15 anos dependendo do tipo de Caatinga. Conclui-se que só a vegetação nativa não possui capacidade de suporte para a indústria do gesso e que o uso de florestas de rápido crescimento é uma opção real para suprir essa necessidade e, indiretamente, diminuir a pressão sobre a vegetação nativa da região.
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