Spelling suggestions: "subject:"facto sacristão"" "subject:"facto cristão""
1 |
Retábulo de Santa Joana Carolina, de Osman Lins: um discurso de sagração do humanoMelo, Priscila Medeiros Varjal de 31 January 2012 (has links)
Submitted by Amanda Silva (amanda.osilva2@ufpe.br) on 2015-03-10T13:54:49Z
No. of bitstreams: 2
RETÁBULO DE SANTA JOANA CAROLINA, DE OSMAN LINS - um discurso.pdf: 768411 bytes, checksum: 86bf51535de9cc90caaadb3fac70e894 (MD5)
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-10T13:54:49Z (GMT). No. of bitstreams: 2
RETÁBULO DE SANTA JOANA CAROLINA, DE OSMAN LINS - um discurso.pdf: 768411 bytes, checksum: 86bf51535de9cc90caaadb3fac70e894 (MD5)
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5)
Previous issue date: 2012 / Esta pesquisa tem como objetivo investigar a maneira como o escritor pernambucano
Osman Lins se utiliza de um discurso alegórico para refletir sobre a dessacralização
da vida humana operada pela sociedade atual. Isto no que diz respeito, sobretudo, à
quebra do vínculo religioso que existia entre o Humano e a Natureza na narrativa
Retábulo de Santa Joana Carolina, do livro Nove, Novena. Este estudo tem início com
a análise da atualização do gênero escolhido pelo autor para a construção do
Retábulo – a Hagiografia –, modelo textual comumente utilizado para narrar a vida dos
santos católicos, com interesse na causa da Canonização. Entretanto, a Hagiografia
não é o único elemento extraído do Cristianismo focado nesta pesquisa. Analisamos
também, no imaginário religioso utilizado pelo autor, tanto a figuração presente no
título da obra que abarca a narrativa (Nove, ‘Novena’ = conjunto de orações
destinadas a alcançar uma graça por intermédio de um santo de devoção de quem
reza), quanto a da própria narrativa: ‘Retábulo’ de Santa Joana Carolina, que aparece
com a plasticidade das construções em madeira responsáveis por ornamentar os
altares das Igrejas Católicas. O processo de sagração iniciado por Osman, no entanto,
não se dá em uma perspectiva religiosa tradicional, uma vez que seu movimento de
comunhão é telúrico, pois a santa Joana é sacralizada com um ritual de “retorno” à
Terra-Mãe, não faz um deslocamento ascensional, como o dos cristãos. Tal enlace,
que resgata aspectos dos rituais religiosos panteístas, move esta investigação para
um modo que confere destaque à Natureza antes da Cultura, e para um discurso que
propõe com sua figuração uma espécie de pacto pós-cristão. É como se o autor
louvasse a dimensão sagrada e misteriosa do mundo, perdida com a sociedade pósindustrial,
mas dentro de uma visão liberta da ingenuidade determinista de outrora.
|
Page generated in 0.0307 seconds