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Transição para adolescência do primogênito em famílias de classe média : padrões relacionais e intergeracionaisSenna, Sylvia Regina Carmo Magalhães 11 August 2011 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, 2011. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2012-03-01T13:21:25Z
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2011_SylviaReginaCarmoMagalhaesSenna.pdf: 5275906 bytes, checksum: 1ffbc3f7a190bc3eb4a625e51f1737c5 (MD5) / A adolescência continua a despertar forte interesse em pesquisadores, clínicos e políticos, por suas inquestionáveis repercussões individuais, relacionais e contextuais. Estudar este período do desenvolvimento humano requer a compreensão de peculiaridades e diversidades existentes nos padrões de comunicação e interação das famílias, especialmente, quanto aos processos de desenvolvimento da autonomia e negociação entre genitores e adolescentes. À luz da perspectiva sistêmica e do Modelo (Bio)Ecológico de Bronfenbrenner, este estudo investigou a transição do filho primogênito para a adolescência, tendo como participantes o adolescente-foco (10 a 13 anos de idade) e os genitores, de 30 famílias de classe socioeconômica média, do Distrito Federal. A coleta incluiu informações provenientes de um Questionário de Caracterização do Sistema Familiar; dois roteiros de entrevista semiestruturada, dirigidos aos genitores e filhos; e um Questionário de Caracterização do Clima Familiar, dirigido ao adolescente-foco. O tratamento dos dados compreendeu uma análise de conteúdo ampliada, que conduziu à elaboração de vários sistemas de categorias. Os resultados priorizaram três eixos: (a) a caracterização das famílias de origem dos genitores (FO) e das famílias atuais dos adolescentes-foco (FA); (b) a transição para a adolescência nas FO e FA; e (c) os padrões de comunicação e desenvolvimento da autonomia e negociação de conflitos nas relações parentais, nas FA. Os dados indicaram semelhanças, mas, principalmente, diferenças entre as FO e FA. Embora os valores familiares tenham se mostrado similares nas duas gerações, atualmente, eles estão menos claros e coerentes; os padrões de comunicação familiar tornaram-se mais diversificados e intensos; genitores e filhos se percebem mais próximos e abertos ao diálogo, à expressão de afeto e ao compartilhamento; genitores ainda abraçam práticas educativas tradicionais, como punições verbais e físicas, mas, as conversas são mais comumente adotadas, prevalecendo, nessas famílias, um clima harmônico. Nas famílias atuais, a liberdade de expressão e a autonomia são valorizadas, especialmente, no momento da transição para a adolescência e, mesmo gerando conflitos, tem propulsionado o desenvolvimento de toda a família. Os conflitos, por sua vez, associaram-se ao cotidiano familiar, tendo sido considerados pouco relevantes e, geralmente, solucionados. As famílias atribuem ao clima positivo e harmônico sua satisfação com a vida familiar, apesar dos genitores revelarem preocupações e dúvidas quanto ao contexto de vida atual e futura do adolescente. Comunicação positiva e negociação entre pais e filhos são necessárias, no sentido de balancear a proximidade e a autonomia durante a transição para a adolescência. São sugeridos ampliação e aprofundamento de estudos sobre o tema, além de propostas de atenção à saúde desta população no país. A integração das áreas educacional, clínica e da saúde pode conduzir a uma visão mais positiva da adolescência, baseada nas potencialidades e possibilidades de participação e contribuição do adolescente para o seu próprio desenvolvimento e o da sociedade. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The period of adolescence continues to arouse the interest of researchers, clinicians and politicians due its unquestionable individual, relational and contextual repercussions. In order to study this period of the human development, it is necessary to understand the peculiarities and diversities in the family communication and interaction patterns, especially regarding the development of autonomy and negotiation processes between progenitors and adolescents. In the lights of the systemic approach and Bronfenbrenner´s (Bio)Ecological Model, this study investigated the transition of the oldest child into adolescence, having a focus-adolescent (from 10 to 13 years old) and his/her progenitors, from thirty middle social-economic level families in the Federal District. The collected data included information from a family sociodemografic questionnaire, two semi-structured interview scripts geared to the progenitors and the focus-adolescents, and one questionnaire given to the adolescent to describe the family climate. Data treatment encompassed a broad content analysis and the elaboration of a series of code systems. The results prioritized three axes: (a) the characterization of the progenitors‟ families of origin and of the current families; (b) the transition into adolescence in the families of origin and current families; and (c) the communication patterns in the current families and the development of autonomy and conflict negotiation in resolution parental relationships. Data indicated similarities, but, mostly, discrepancies between families of origin and current ones. Although family values seem similar in the two generations, nowadays they are less clear and coherent; the family communication patterns became more diverse and intense; progenitors and adolescents see themselves growing closer, and more open to dialogue, display of affection and sharing; progenitors still embrace traditional educational practices, like verbal and physical punishment, but conversations are more commonly adopted, and a harmonious atmosphere prevails in these families. For the current families, the freedom to express themselves and autonomy are especially valued during the transition into adolescence, and, although they lead into conflicts, they also foster family development. Conflicts were linked to everyday problems and are not considered relevant to family members, being solved by family consensus. Families accredit their satisfactory life to the positive and harmonious family climate despite the concerns and doubts about the adolescents‟ current and the future life contexts. Positive communication and negotiation are necessary in order to balance closeness and autonomy during the transition into adolescence. Suggestions are made in regards to the enlargement and deepening of the topic in study, in addition to proposals directed to the health of this population in the country. The integration of the different areas – educational, clinical and health related - may lead to a more positive perspective of adolescence, based on the potentialities and possibilities of the adolescent him/herself in participating and contributing to his/her own development and that of the whole society.
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