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Icnofósseis de macrobioerosão na Bacia da Paraíba (Cretáceo Superior Paleógeno), nordeste do BrasilALMEIDA, José Augusto Costa de January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O acervo de icnofósseis de macrobioerosão observado na Bacia da Paraíba concentrase
especialmente nos arenitos calcíferos da Formação Itamaracá (antigos arenitos calcíferos da
base da Formação Gramame); alguns níveis de calcários argilosos da Formação Maria Farinha
e também calcários recifais da Formação Maria Farinha nas localidades de Praia de Jaguaribe
e Formação Maria Farinha superior em Tambaba e Carapibús, no Estado da Paraíba.
A Bacia da Paraíba encerra grande diversidade de icnofósseis de macrobioerosão.
Aqui estão descritos e/ou figurados 36 icnotáxons, sendo 33 atribuídos a 13 icnogêneros, um tratado
como morfotipo não conhecido e dois como Problematica: Leptichnus peristroma Taylor,
Wilson & Bromley, Leptichnus isp., Renichnus isp., Rogerella elliptica (Codez), Rogerella
pattei (Saint-Seine), Gastrochaenolites lapidicus Kelly & Bromley, Gastrochaenolites
torpedo Kelly & Bromley, Trypanites fimbriatus (Stephenson), Vermiforichnus isp.,
Lapispecus isp., Conchotrema canna (Price), Caulostrepsis taenicola Clarke, Caulostrepsis
cretacea (Voigt), Maeandropolydora elegans Bromley & D Alessandro, Maeandropolydora
sulcans Voigt, Maeandropolydora isp., Cunctichnus isp., Entobia cretacea Portlock, Entobia
cateniformis Bromley & D Alessandro, Entobia laquea Bromley & D Alessandro, Entobia
megastoma (Fisher), Entobia paradoxa (Fisher), Entobia gonioides Bromley & Asgaard,
Entobia volzi Bromley & D Alessandro, Entobia glomerata (Morris), Entobia ovula Bromley
& D Alessandro, Entobia magna Bromley & D Alessandro, Entobia isp. A, Entobia isp. B,
Entobia isp. C, Morfotipo A, Oichnus simplex Bromley, Oichnus isp., Problematica 1 e
Problematica 2.
São sugeridas algumas revisões taxonômicas, especialmente nos icnogêneros
Vermiforichnus e Rogerella e abandono de termos de fósseis corporais, como Simonizapfes,
Zapfella, Brachyzapfes, Spathipora e Penetrantia. O icnogênero Cunctichnus é retomado e
tem sua distribuição estendida ao Eoceno inferior. Vermiforichnus também deve ter sua
distribuição ampliada ao Paleoceno.
Caulostrepsis e Entobia revelaram fenômenos de aproveitamento de galerias,
resultando em formas xenomórficas. Entobia é o icnogênero mais abundante e diversificado,com grande variabilidade. As formas Problematica merecem estudos específicos e análises de
suas relações com os substratos conchíferos.
As tafocenoses estão ligadas aos bioclastos ou substratos líticos ou bioconstruídos.
Nos bioclastos ocorrem Leptichnus, Renichnus, Rogerella, Caulostrepsis, Maeandropolydora,
Vermiforichnus, Lapispecus, Conchotrema, Cunctichnus e Entobia, enquanto que nos
substratos rochosos Gastrochaenolithes e Trypanites.
As icnoassembléias são dominadas por suspensívoros do grupo etológico Domichnia,
reprensentando especialmente as icnofácies Entobia (para as colonizações em bioclastos) e
Trypanites para as colonizações do arenito calcífero.
Os arenitos calcíferos foram relacionados a um ambiente litorâneo com formação
subseqüente de substrato consolidado do tipo rocha praial, em condições de águas rasas e de
alta energia. Para os níveis com bioclastos bioerodidos da pedreira Poty, sugere-se um
ambiente de plataforma de baixa energia e baixa taxa de sedimentação. Para Ponta do Funil, a
camada com bioclastos bioerodidos, assim como o nível semelhante em praia de Jaguaribe,
sugere-se uma superfície de omissão retrabalhada em ambiente de plataforma. Para a camada
de São Bento, sugere-se uma superfície de omissão retrabalhada em ambiente de plataforma
rasa. Para as ocorrências de Tambaba, Carapibús e Coqueirinhos, infere-se sub-ambientes de
sistema recifal, com icnoassembléias ligadas a acumulações de conchas entre colônias de
algas e corais e icnoassembléias autóctones nas colônias, ambas em ambientes rasos e de
baixa taxa de sedimentação
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