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Contribuição aos Registros do Nível do Mar e Ambientais do Holoceno no Litoral Norte da Bahia-BrasilGonçalves, Priscila Martins January 2016 (has links)
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Priscila Gonçalves_2016.pdf: 2396704 bytes, checksum: 0358194e9c68bb7c64874061348443c6 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-16T15:28:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Priscila Gonçalves_2016.pdf: 2396704 bytes, checksum: 0358194e9c68bb7c64874061348443c6 (MD5) / As mais recentes mudanças que o planeta Terra vêm sofrendo são os preocupantes eventos
climatológicos globais das últimas décadas e estes têm gerado um grande esforço de
pesquisadores no sentido de entender a dinâmica geológica de tais fenômenos. Na zona costeira
e nas plataformas continentais os efeitos mais sensíveis são as alterações na temperatura da
superfície do mar e no nível relativo do mar. Os prognósticos sobre o comportamento dos
parâmetros ambientais são feitos com base em modelos que se baseiam nas condições atuais e
passadas do clima do planeta. Os corais constituem um rico arquivo da variabilidade
oceanográfica da região tropical e as variações do nível do mar é resposta a estas mudanças,
neste contexto, as espécies Mussismilia braziliensis e Siderastrea spp. utilizadas neste estudo,
reunidos com dados obtidos de outros autores, representaram o espaço de tempo desde
aproximadamente 8000 anos A.P. até o Recente. Neste trabalho, a curva que representa as
flutuações do nível médio do mar mostra uma tendência de suavização da primeira oscilação de
alta frequência, a não ocorrência da segunda. Contudo a curva mostra que o nível médio do mar
sempre esteve acima do nível atual nestes últimos milênios. Em relação a utilização dos corais
como indicadores paleoambientais foram apresentados registros de 18O e 13C utilizando
resoluções temporais que representam o período recente e diferentes períodos no Holoceno
tardio. No presente trabalho a relação dos isótopos do coral Recente e os parâmetros ambientais
característicos da área onde viveu, através de estudos climatológicos, foi satisfatória. Nesta
investigação foi visto um comportamento inverso entre TSM e o 18O, demonstrando que a
incorporação do 18O é altamente dependente da TSM, embora não feita de maneira imediata. A
importância da pluviosidade foi avaliada, verificou-se que o aumento do 18O causado pela
diminuição das chuvas e o consequente aumento da disponibilidade deste isótopo pode interferir
nessa relação inversa. Esta relação inversa entre a pluviosidade e 18O é melhor identificada
levando-se em consideração uma defasagem para a incorporação do 18O. Este estudo sugere
que a TSM é o principal fator ambiental que controla a incorporação do 18O no coral. Além
disso, foi verificado que outros fatores podem afetar o δ18O do coral, como efeitos metabólicos
relacionados aos corais investigados através da extensão anual média. No Holoceno tardio, as
variações de δ13C acompanharam períodos históricos relatados por outros autores, logo a
tendência do 13C nos corais aqui registrados está em conformidade com a tendência global de
δ13C em outras partes do mundo. Os resultados mostraram que a temperatura no Holoceno
tardio pode ter sido cerca de 0,2°C maior, não tão diferente dos dias atuais, além disso,
verificou-se que a temperatura nesta época variou de forma diferente, ou seja, a mudança entre
semestres quentes e frios, variava com menor amplitude e frequência que os dias atuais. / ABSTRACT - The most recent changes that the planet Earth planet is suffering are the global climate events of
the past decades and these have generated a great deal of effort of researchers to understand the
geological dynamics of such phenomena. In the coastal zone and on the continental shelf the
most sensitive effects are changes in sea surface temperature and in relative sea level. The
predictions about the behavior of environmental parameters are made based on models that
consider current and past conditions of the planet climate. Corals constitute a rich archive of
oceanographic variability of the tropical region, including the changes in sea level. In this
context, the species Mussismilia braziliensis and Siderastrea spp. were used in this study, along
with data from other authors, to describe environmental change since about 8000 cal. years A.P.
up to the present.
In this work, the curve representing the fluctuations of the mean sea level shows a tendency to
reducing the amplitude of fluctuations known as high-frequency oscillations and indicates that
the mean sea level has always been above the current level in the last 8 millennia. Regarding the
use of coral as paleoenvironmental indicators, 18O and 13C records were presented using
temporal resolutions of subannual scale in different periods in the late Holocene. In this work
we obtained a satisfactory relationship of recent coral isotopes with environmental parameters
of the area where they lived, such as temperature and rainfall. In this research an inverse
relationship between TSM and the 18O was seen, as expected, demonstrating that the
incorporation of the 18O is highly dependent on the TSM, with a lag of circa one month on the
response of the isotope incorporation. Rainfall, though, interfere in this relationship since 18O
is reduced when rainfall increases. This inverse relationship between rainfall and 18O is best
identified taking into account a lag for the incorporation of the 18O. This study confirms that
SST is the main environmental factor that controls the incorporation of 18O in the coral.
Furthermore, it was found that other factors can affect the coral 18O, such as metabolic effects
related to the coral through the calcification rate and average annual extension. In the late
Holocene the variations of δ13C accompanied historical periods reported by other authors, so the
trend of the δ13C in the corals registered here is in accordance with the global trend of δ13C in
other parts of the world. The results showed that the temperature in the late Holocene may have
been about 0.2°C higher, not so different from the present days. Moreover, it was found that the
temperature at this time ranged in a different way, namely, the amplitude of seasonal variation
between warm and cold semesters was lower less frequent than in the present time.
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