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Biologia reprodutiva de duas espécies de Palicourea Aubl. (Rubiaceae) em floresta de terra firme na AmazôniaSantos, Dariene de Lima 29 June 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-06-29 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / The plants are part of biodiversity and source of energy for several organisms that may act
positively or negatively on their reproductive success. During the reproduction, most plants
interact with pollen vectors and other herbivores, affecting the pollination output and fruit and
seed set. The objectives of this study are describing the reproductive biology of Palicourea
corymbifera and P. nitidella (Rubiaceae) in the Amazon forest understory, and evaluating the
roles that flower visitor species and the presence of ants play on pollination and fruit
production by these two plant species. Fieldwork was carried out in the forest reserve
Adolpho Ducke, Manaus, Amazonas, between November 2014 and January 2016. Flowering
of P. corymbifera started in June and peaked in September when the first individuals started
to fruit, whereas flowering of P. nitidella started in September and the fruit season in
November. Populations of both plant species presented distyly, but P. nitidella included two
additional semi-homostylic morphs, named here as “brevistyle variant” (VB) and “longistyle
variant” (VL). Palicourea corymbifera and P. nitidella were self-incompatible, although the
variant morphs presented 1 to 2% of fruits produced through geitonogamy. The VB and VL
morphs showed peculiar relations of incompatibility between them and with other morphs,
once VL was compatible with brevistyle and VB pollen but not compatible with pollen from
VL or longistyle morphs. Flowers of the two species were diurnal, tubular and odourless;
nectar sugar concentration ranged from 17 to 26%. Hummingbirds, bees and butterflies
visited P. corymbifera and P. nitidella flowers. Based on visiting behaviour and contact with
anthers and stigmas, hummingbirds were the main pollinators and some bees were nectar or
pollen robbers. Thirteen and ten ant species patrolled and fed on the extrafloral nectaries of P.
corymbifera and P. nitidella inflorescences, respectively. Through experiments with
controlled ant presence/absence, fruit set showed increased success in inflorescences with
presence of ants than in those with ants absent. However, the composition of flower visitor
assemblages and the total number of visits per flower did not significantly differ between
inflorescences with presence or absence of ants. On the other hand, visitor assemblages
significantly differed between P. corymbifera and P. nitidella in spite they shared several
visitor species. In addition, the total number of bee- and butterfly-visits per flower was higher
in P. nitidella than in P. corymbifera inflorescences, but the number of hummingbird-visits
per flower was not different between them. In overall, the presence of ants has no perceptible
effects on flower visitor species of Palicourea or on their visiting frequencies, thus the
increased fruit set in the presence of ants seems to be related to the protection that ants may
confer against other herbivores. The high frequency of bees, which are likely less efficient for
legitimate pollinations, could explain the occurrence of semi-homostylic morphs in P.
nitidella. / As plantas são parte da diversidade e fonte de energia para vários organismos que podem
atuar positiva ou negativamente sobre o sucesso reprodutivo delas. Durante a reprodução,
muitas plantas interagem com vetores de pólen e outros herbívoros, influenciando o resultado
da polinização e a formação de frutos e sementes. Os objetivos deste trabalho são descrever a
biologia reprodutiva de Palicourea corymbifera e P. nitidella (Rubiaceae) em sub-bosque da
floresta Amazônica, e avaliar o papel que os visitantes florais e a presença de formigas
exercem sobre a polinização e a produção de frutos dessas duas espécies de planta. O estudo
foi realizado na reserva florestal Adolpho Ducke, Manaus, Amazonas, entre novembro de
2014 e janeiro de 2016. Palicourea corymbifera iniciou a floração em junho e apresentou pico
em setembro quando os primeiros indivíduos iniciaram frutificação, ao passo que P. nitidella
floresceu a partir de setembro e frutificou a partir de novembro. As populações de ambas as
espécies apresentaram distilia, contudo, P. nitidella apresentou dois morfos semi-homostílicos
adicionais, nomeados aqui “variante brevistilo” (VB) e “variante longistilo” (VL). Palicourea
corymbifera e P. nitidella apresentaram autoincompatibilidade, embora os morfos variantes
tenham formado 1 a 2% de frutos por geitonogamia. Os morfos VB e VL apresentaram
relação peculiar de incompatibilidade entre eles e os demais morfos, uma vez que VL foi
compatível com pólen dos morfos brevistilo e VB, mas incompatível com pólen dos morfos
(VL) e longistilo. As flores das duas espécies são crepusculares diurnas, tubulares e inodoras;
a concentração de açúcares no néctar variou de 17 e 26%. Beija-flores, abelhas e borboletas
visitaram flores de P. corymbifera e P. nitidella. Baseado no comportamento de visitas e no
contato com anteras e estigmas, os beija-flores foram os principais polinizadores e algumas
espécies de abelhas foram ladrões de néctar ou pólen. Treze e dez espécies de formigas
patrulharam e visitaram nectários pericárpicos nas inflorescências de P. corymbifera e P.
nitidella, respectivamente. Por meio de experimentos com controle da presença/ausência de
formigas, a formação de frutos apresentou mais sucesso em inflorescências com formigas
presentes que naquelas com formigas ausentes. Entretanto, a composição de espécies
visitantes e o total de visitas por flor não apresentaram diferença significativa entre
inflorescências com formigas presentes ou ausentes. Por outro lado, a composição de espécies
visitantes diferiu entre P. corymbifera e P. nitidella apesar dessas plantas compartilharem
várias espécies visitantes. Além disso, o número de visitas de abelhas e borboletas por flor foi
maior nas inflorescências de P. nitidella do que nas de P. corymbifera, mas o número de
visitas de beija-flores por flor não diferiu entre elas. Em geral, a presença de formigas não
apresenta efeitos perceptíveis sobre as espécies visitantes de Palicourea ou sobre suas
frequências de visitas, portanto o aumento da formação de frutos na presença de formigas
parece ser relacionado com a proteção conferida por elas contra outros herbívoros. A grande
frequência de abelhas, que são menos eficientes para polinizações legítimas em espécies
distílicas, poderiam explicar a ocorrência de morfos semi-homostílicos em P. nitidella, visto
que a eficiência no fluxo de pólen intermorfo pelas abelhas pode ser reduzido, levando
consequentemente a quebra da distilia.
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