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Avaliação de Aberrações Cromossômicas em bobinos(Bos taurus taurus) infectados pelo papílomavírus bovinoCorrêa Melo, Thatiana 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O papilomavírus bovino (BPV) é representado por 10 subtipos virais,
epiteliotrópicos ou mucosotrópicos, que são transmitidos entre bovinos por meio do
sangue contaminado e/ou contato entre epitélios. O vírus pode estar presente na forma
latente nos linfócitos do hospedeiro, podendo originar instabilidades cromossômicas.
Neste contexto, este estudo teve como objetivo avaliar alterações cromossômicas que
podem resultar deste processo de instabilidade. Foram coletadas amostras de sangue
periférico de bovinos Bos taurus taurus, as quais foram enviadas para detecção viral,
utilizando a técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR). Em seguida, foram
estabelecidas culturas de linfócitos para análise citogenética. Foram coletadas amostras
de 61 bovinos, apresentando papilomatose (animais sintomáticos) e sem sinais clínicos
(animais assintomáticos) e a análise citogenética foi processada em teste cego (em
coloração convencional e bandamento C). Os resultados mostraram que no momento da
coleta 28 animais não estavam infectados pelo vírus BPV e 33 estavam infectados pelo
BPV tipo 1 e/ou 2. O grupo de bovinos infectados foi subdividido em dois subgrupos:
sintomáticos e assintomáticos. Analisando os animais infectados pelo BPV, o grupo
sintomático (com papilomatose), representado por 17 bovinos, apresentou média de 42,71
% de células apresentando aberrações cromossômicas por indivíduo, enquanto o grupo
assintomático (sem papilomatose), representado por 16 bovinos, apresentou uma média
de 40,19 %. Foram analisados entre 50 a 100 células por amostra, totalizando 2203
células, das quais 918 (42%) apresentavam uma ou mais aberrações cromossômicas. A
taxa de alterações cromossômicas observadas nos bovinos sintomáticos (42,7±7,8) e
assintomáticos (40,2±11) foi comparada com os índices de aberrações espontâneas
observadas no grupo controle (animais não infectados) (4±2). Para analisar diferenças
estatísticas entre os três grupos, foi utilizado o Teste Kruskal-Wallis, seguido do Teste de
Mann Whitney. Estas análises mostraram que a variabilidade de células alteradas entre o
grupo controle e os infectados por BPV é maior no grupo dos bovinos infectados (P <
0,0001). No entanto, diferenças significativas não foram observadas entre os subgrupos
infectados por BPV (P= 0,62). As alterações cromossômicas identificadas nas análises
realizadas foram: associação cêntrica (AC), fragmento acêntrico (FA), associação
telomérica (AT), associação telomérica por uma cromátide (ATcr), quebra cromatídica
(QT), quebra cromossômica (QM), gaps, aneuploidia, poliploidia, adição oudeleção de
segmento cromossômico (add ou del) e separação precoce de cromátides (SPcr). As altas
taxas de anormalidades cromossômicas (numéricas e estruturais) estão relacionadas à
ação do BPV, tendo sido possível a distinção entre animais acometidos por vírus dos
animais não infectados
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