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Capacitação de parteiras tradicionais do Amapá: tensões entre incorporação de saber médico e resistência cultural na prática de partejar / Training of traditional midwives in Amapá: tensions between the incorporation of medical knowledge and cultural resistance in the practice of midwifery

Barroso, Iraci de Carvalho January 2017 (has links)
BARROSO, Iraci de Carvalho. Capacitação de parteiras tradicionais do Amapá: tensões entre incorporação de saber médico e resistência cultural na prática de partejar. 2017. 232f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2017. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2017-05-03T17:38:50Z No. of bitstreams: 1 2017_tese_icbarroso.pdf: 5199417 bytes, checksum: 2e8f1e9f7d63b13b9e2be666680fa421 (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2017-05-04T14:41:47Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_tese_icbarroso.pdf: 5199417 bytes, checksum: 2e8f1e9f7d63b13b9e2be666680fa421 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-04T14:41:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_tese_icbarroso.pdf: 5199417 bytes, checksum: 2e8f1e9f7d63b13b9e2be666680fa421 (MD5) Previous issue date: 2017 / A presente tese, a partir de uma análise socioantropológica, problematiza a questão da capacitação de parteiras tradicionais, discutindo as tensões entre incorporação de saber médico e resistência cultural na prática de partejar das parteiras no Amapá. Para tanto, apoio-me em perspectivas epistemológicas críticas que problematizam as hierarquias e dicotomias subjacentes à “monocultura do saber”, segundo proposta analítica de Santos (2006), a qual confere privilégios de conhecimento e de poder aos saberes científicos, em detrimento de outras formas de saberes. Valho-me, em alinhamento a essa perspectiva analítica, da crítica feminista ao sujeito universal da ciência e de seus privilégios de enunciação. Privilegio, sobretudo, aquelas teorizações que desvelam o processo de silenciamento imposto aos saberes e ao poder de agência engendrado pelas mulheres (HARDING, 1998; HARAWAY, 1995; SANTOS, 2012). O estudo compõe-se de uma abordagem qualitativa, com etnografia e uso de narrativas de 25 parteiras tradicionais, periféricas, remanescentes quilombolas e indígenas, que se configuram como interlocutoras de minha pesquisa, além de fontes documentais e entrevistas com 10 profissionais da área biomédica. O recorte da pesquisa vai de 2013 a 2016, produzindo um material que dialoga com experiências de pesquisas anteriores sobre a temática das parteiras tradicionais. Permeia na tese o contexto empírico dos cursos de capacitação no Amapá. “Capacitação” é um termo empregado pelo Ministério da Saúde e implementado pelo “Projeto de resgate e valorização de parteiras tradicionais”, implementado pelo governo do Estado do Amapá para instrumentalizar as profissionais do parto domiciliar. Através dessa configuração técnica e biopolítica, a “capacitação” se constitui num rico cenário em que se dão a ver confrontos entre heterogêneas visões de mundo (sobretudo aquelas concernentes à saúde, ao corpo da mulher, à higiene e à segurança), sistemas de conhecimento técnico e repertórios de ação, condensados na tipologia científico versus tradicional. Através da inserção etnográfica e das narrativas das interlocutoras, tento analisar esses confrontos, o que podem significar enquanto obrigação de incorporação de saberes e práticas. Os resultados apontam para as tensões, conquistas e também reconhecimento. Nessa relação, tem-se como conquistas o fato da parteira ser cadastrada em programa estadual; participar dos cursos e treinamentos; receber o diploma, o “kit parteira” e ser incluída no sistema de pagamento da bolsa – elementos de reafirmação identitária e de reconhecimento da legitimidade da parteira, além de tecerem redes compartilhadas de troca de experiência entre mulheres que partejam. Por outro lado, as contradições se expressam nas tensões entre a ampliação da função social da parteira, que após a capacitação é chamada a intervir em diferentes esferas da promoção da saúde comunitária, porém sem reconhecimento profissional como trabalhadora da saúde, sendo, em alguns casos, explicitamente impedidas de prestarem seu serviço. Ao discutir capacitação, incorporação de saber e resistência cultural, pretendemos contribuir para a compreensão desse processo dinâmico de formação e recriação identitária de parteiras tradicionais que vivenciam suas práticas no cotidiano comunitário e sobretudo, para os estudos socioantropológicos e da saúde da mulher.

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