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Chuva branca: rastreando a Biblioteca Amazônica em um romance de Paulo Jacob

Souza, Jamescley Almeida de 24 November 2016 (has links)
Submitted by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2017-02-15T15:46:24Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertação - Jamescley A. de Souza.pdf: 928740 bytes, checksum: 89a8482bfd499273fb86c19958ecabef (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2017-02-15T15:46:40Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertação - Jamescley A. de Souza.pdf: 928740 bytes, checksum: 89a8482bfd499273fb86c19958ecabef (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2017-02-15T15:46:55Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertação - Jamescley A. de Souza.pdf: 928740 bytes, checksum: 89a8482bfd499273fb86c19958ecabef (MD5) / Made available in DSpace on 2017-02-15T15:46:55Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertação - Jamescley A. de Souza.pdf: 928740 bytes, checksum: 89a8482bfd499273fb86c19958ecabef (MD5) Previous issue date: 2016-11-24 / Chuva branca is the novel of greater repercussion of the Jew Amazonian Paulo Jacob, greeted with enthusiasm by authors such as Jorge Amado, Antônio Olinto, and Assis Brasil. It was the work through which Paulo Jacob achieved to overcome some regional barriers and made an appearance at a national level. Based on documentary regionalism, he represents a typology of Amazonian man from his disappointments and his fight against poverty, from his beliefs and culture. This research, when investigating the intertextuality, has as its general objective to track an Amazonian library which should have exercised power of modeling over the writing for Chuva branca, as well as trying showing specifically: that the themes about Amazon reality which appear with expressiveness come from the Amazon riverside, that is, man in Amazon, poverty, imagery, sacred, and indigenous culture; that, although intertexts cannot always be of easy detection, it is possible to make inter-textual relations with works belonging to the Amazon library, probable readings of Paulo Jacob, as in the case of some works linked to Sociology and Anthropology; that Paulo Jacob’s discursive construction, by trying to represent the man in Amazon from his dramas and fights, ended up having documentary nature with the objective of divulgating the culture and showing a significant part of an isolated and unknown region; that reading Chuva branca nowadays, about 50 years later, it known that between the novel’s horizon of expectation and our reading there are profound economic, historic, and social changes that took place not only in Amazon reality but also in world reality. This fact shows that the Amazon which was represented in Chuva branca is certainly less isolated and rural, as well as is permeated by technology and by the urbanization, and the reader’s look about the novel, while going through the timeframe, was renovated. It has to be said that my research is substantiated on the aesthetic reception theory, linked to Hans Robert Jauss and Wolfgang Iser, its main exponents. Obviously, the research do not remain itself within all limits of methodology suggested by this theory, but relates to it through some key concepts, such as horizon of expectation and fusion of horizons. Finally, I defend that what some author of the Amazonian library, such as sociologists and anthropologists, make with their sciences with respect to the documentation of the Amazonian man and his conditions, Paulo Jacob makes it through the representation, through the discursive construction, and his characters. He ends up divulgating to Brazil a significant part of its own face. / Chuva branca é o romance de maior repercussão do escritor judeu-amazonense Paulo Jacob, saudado por autores como Jorge Amado, Antônio Olinto e Assis Brasil. Foi a obra por meio da qual ele conseguiu transpor algumas barreiras regionais e chegou a ensaiar uma aparição em nível nacional. Empregando o regionalismo documentarista, Paulo Jacob representa uma tipologia de homem amazônico a partir de seus dramas e de sua luta contra a pobreza, a partir de suas crenças e cultura. Este trabalho, ao investigar a intertextualidade, tem como objetivo geral tentar rastrear a biblioteca amazônica que teria exercido poder de modelização sobre a escritura de Chuva branca, mostrando especificamente: que os temas sobre a realidade amazônica que aparecem com expressividade no romance vêm da Amazônia ribeirinha, a saber, o homem na Amazônia, a pobreza, o imaginário, o sagrado e a cultura indígena; q ue, embora o intertexto nem sempre seja de fácil detecção, é possível fazer relações intertextuais com obras pertencentes à biblioteca amazônica, prováveis leituras de Paulo Jacob, como é o caso de algumas ligadas à Sociologia e Antropologia; que a construção discursiva de Paulo Jacob, ao tentar representar o homem na Amazônia a partir de seus dramas e lutas, acabava tendo cunho documentarista com o fim de divulgar a cultura e de mostrar uma parte significativa de uma região isolada e desconhecida; e que lendo Chuva branca hoje, cerca de 50 anos depois, sabemos que entre o horizonte de expectativa da obra e a nossa leitura erguem-se profundas mudanças econômicas, históricas e sociais ocorridas não somente na realidade amazônica como na realidade mundial. Isso evidencia que a Amazônia que foi representada em Chuva branca é certamente menos isolada, menos rural e permeada pela tecnologia e pela urbanização, e o olhar do leitor sobre o romance, ao passar pelos seus contextos temporais, renovou-se. É oportuno dizer que a minha pesquisa encontra-se fundamentada na teoria da Estética da Recepção, ligada a Hans Robert Jauss e Wolfgang Iser, seus principais expoentes. Obviamente que a pesquisa não se mantém dentro de todos os limites da metodologia sugerida pela teoria, mas relaciona-se com ela por meio de alguns conceitos fundamentais, como horizonte de expectativas e fusão de horizontes. Por fim, defendo que o que alguns autores da biblioteca amazônica, tais como sociólogos e antropólogos, fazem com as suas ciências no tocante à documentação do homem amazônico e das suas condições, Paulo Jacob o faz por meio da representação, da construção discursiva e de seus personagens. Ele acaba divulgando, ao Brasil, uma parte significativa de seu próprio rosto.

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