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Chapadas e lutas: resistência camponesa no baixo Parnaíba Maranhense na rota do agronegócio silvicultor – conflitos territoriais e “usos” da naturezaCOSTA, Saulo Barros da 20 June 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-06-20 / CAPES / A resistência e autonomia camponesa são elementos presentes nas ações de
camponeses do Baixo Parnaíba Maranhense, diante do avanço do agronegócio de
soja e eucalipto e, ainda, a contínua transformação do cerrado em florestas e
campos. Nos anos 1990, este tipo de desenvolvimento se complexifica no Estado do
Maranhão, com a migração de produtores do Sul do Estado para o Leste, como
também do aumento das áreas cultivadas com pinos em municípios como Urbano
Santos. Diversos conflitos ambientais e territoriais são desenvolvidos, transformando
a diversidade de chapadas e baixões em espaços geográficos distantes. Empresas
como a Suzano Papel e Celulose S. A. possuem papel central neste contexto,
atrelando as áreas de cultivos, equipamentos industriais de transporte e logística,
além da recém-inaugurada planta industrial da empresa, em Imperatriz, Maranhão.
Assim, o objetivo desta tese foi explicar as resistências dos camponeses que se
estabelecem no âmbito do conflito territorial, frente ao incremento do cultivo de
eucalipto no Baixo Parnaíba maranhense, no município de Urbano Santos, com
aporte a Associação de Moradores São Raimundo. Como elemento desta pesquisa,
a tese investigada foi que a luta e resistência dos camponeses se desenvolve frente
à produção agroexportadora de eucalipto, afirmando como fundantes para sua
reprodução: os usos da natureza, a posse histórica da terra e seu modelo produtivo,
que entrelaça espaços tanto das chapadas quanto dos baixões, em um único
território. Como resultado, observou-se que a resistência concreta camponesa
(SCOTT, 2013) possui a dimensão da autonomia e da luta, construída
historicamente e materializada em ações que promovem mudanças radicais nas
estruturas do Estado, assim como enfretamentos diretos com a empresa Suzano
Papel e Celulose S. A. A lei do bacuri verde, que foi criada e aprovada pelo território
da comunidade São Raimundo, município de Urbano Santos, Maranhão, em
dezembro de 2012, com base nos princípios do extrativismo coletivo e diversificado,
tem como princípio a luta contra o avanço dos plantios de eucalipto nos territórios de
comunidades encurraladas multilateral e espacialmente na região. Esta lei revela a
política que estes sujeitos tecem em suas práticas, demarcando seus modos de vida
em vias do avanço do capitalismo agrário, consolidando o território camponês do
Baixo Parnaíba a partir das suas representações espaciais das chapadas e dos
baixões. Esta diversidade de usos e modos de vida de sujeitos e suas resistências
internas pela preservação e uso do cerrado, descrevem outra polifonia na cartografia
das resistências e dos territórios comunitários. / Peasant resistance and autonomy are elements present in the actions of peasants of
Baixo Parnaíba from Maranhão against the soybean and eucalyptus agribusiness
advance, and also the continuous change of cerrado in forests and fields. In the
1990s, this type of development is becoming more complex in the state of Maranhão
with the migration from southern producers to the East of the state, as well as the
increase of cultivated areas with pins in towns as Urbano Santos. Several
environmental and territorial conflicts are developed, transforming the diversity of
chapadas and baixões in distant geographical areas. Companies like Suzano Papel
e Celulose S.A. has a central role in this context, linking to the areas of industrial
crops the transport and logistics equipment, in addition to the newly opened industrial
plant of the company in Imperatriz, Maranhão. Thus, the objective of this thesis was
to explain the resistance of peasants who are established within the territorial conflict,
against the increase of eucalyptus cultivation in the Baixo Parnaíba from Maranhão,
in the town of Urbano Santos, with the contribution of the Dwellers Association of
São Raimundo. As part of this research, the investigation of the thesis was the
struggle and resistance developed by the peasants across the agro-export
production of eucalyptus, stating as foundational for their reproduction: the uses of
the nature, the historical ownership of land and its productive model, which
interweaves spaces of both chapadas and baixões in a single territory. As a result, it
was observed that the peasant specific resistance (SCOTT, 2013) has the dimension
of autonomy and struggle, historically built and materialized in actions that promote
radical changes in state structures, as well as the direct confrontations with the
company Suzano Papel and Celulose S.A. The law of the green bacuri, which was
created and approved by the territory of São Raimundo’s community, in the town of
Urbano Santos, Maranhão, in December 2012, was based on the principles:
collective and diverse extraction, has as principle the fight against the advance of
eucalyptus plantations in the territories of corralled communities multilateral and
spatially in the region. This law reveals the policy that these subjects weave in their
practices, demarcating their livelihoods in the process of the agrarian capitalism
forward, consolidating the peasant territory of the Baixo Parnaíba from their spatial
representations of chapadas and baixões. This diversity of uses and ways of life of
individuals and their internal resistances for the preservation, and use of cerrado
describe another polyphony in the mapping of resistance and community territories.
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