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ALGAS EPILITICAS EM UM RESERVATORIO TROPICAL RASO (VITORIA, ES): ESTRUTURA E DINAMICA EM DIFERENTES ESCALAS TEMPORAISBRUNA CAVATI 18 December 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-12-18 / RESUMO
Esta pesquisa, desenvolvida na lagoa de Captação da central de abastecimento de
carros pipa da Prefeitura de Vitória, um reservatório tropical raso, objetivou avaliar
mudanças na estrutura e dinâmica da comunidade de algas epilíticas em diferentes
escalas temporais (sucessão e períodos hidrológicos), em substrato artificial
rochoso. Uma estrutura experimental foi confeccionada, servindo de suporte para os
substratos rochosos, e implantada em uma estação amostral no ponto central do
reservatório. Em cada período (seco e chuvoso) o experimento durou 61 dias.
Determinaram-se: velocidade do vento, intensidade luminosa, profundidade,
transparência, zona eufótica, temperatura do ar e da água, condutividade elétrica,
sólidos totais em suspensão, turbidez, oxigênio dissolvido, pH, nitrito, nitrato,
nitrogênio amoniacal, nitrogênio total kjeldahl, ortofosfato, fósforo total dissolvido e
sílica. Os dados climatológicos (pluviosidade e temperatura do ar) foram obtidos na
estação meteorológica do Incaper. A estrutura e a dinâmica da comunidade foram
avaliadas com base nos seguintes atributos: riqueza de táxons, densidade,
abundância, dominância, diversidade específica, eqüitabilidade e biovolume. Foram
quantificadas também as concentrações das clorofilas a, b e c, carotenóides e
feopigmentos nas algas epilíticas. O período de maior precipitação acarretou em
menores valores dos nutrientes nitrogenados e de condutividade elétrica e maior
carreamento de material alóctone e turbulência, elevando a turbidez e a
concentração de fósforo. De acordo com a resolução CONAMA n° 357/2005, a lagoa
de Captação se enquadra na classificação de águas tipo 2 (destinadas a irrigação de
parques e jardins) e só não está em conformidade com os padrões de qualidade
estabelecidos quanto aos teores de fósforo. Foram registrados 115 táxons com
predomínio qualitativo das Classes Cyanophyceae, Chlorophyceae e
Bacillariophyceae. A densidade, o biovolume e a concentração dos pigmentos foram
crescentes em ambos os períodos, porém o aumento mais expressivo da densidade
e dos pigmentos ocorreu no período seco e do biovolume no período chuvoso. Os
índices de diversidade e equitabilidade apresentaram variação temporal a curto e
longo prazo. Em termos quantitativos, o padrão de sucessão se deu da seguinte
forma: colonização inicial de Chlorophyceae, a qual foi substituída por
Cyanophyceae nos estágios intermediários e finais. Bacillariophyceae contribuiu nos
estágios intermediários, porém de forma mais intensa no período seco. Com relação
ao biovolume, a Classe Chlorophyceae se destacou. A variabilidade da comunidade
a curto prazo foi determinada por processos autogênicos (competição e limitação por
recursos), sendo estes eventos mais acentuados no período seco. A longo prazo, a
variação nos índices pluviométricos e na concentração dos nutrientes nitrogenados e
fosfatados é que foram determinantes. Os atributos riqueza, densidade e
concentração de pigmentos mostraram respostas mais sensíveis a limitação por
nitrogênio e aos efeitos perturbatórios que o biovolume, o qual foi mascarado no
período chuvoso pela representatividade taxonômica.
Palavras-chave: Algas epilíticas. Períodos seco e chuvoso. Sucessão. Reservatório
raso.
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ABSTRACT
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