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Anisotropia de Susceptibilidade Magnética (ASM) aplicada ao modelo de posicionamento do Granito Butiá: um granito sintectônico peraluminoso do sul do BrasilLyra, Diego da Silveira January 2018 (has links)
O período pós-colisional do Ciclo Brasiliano/Pan-africano é marcado no sul do Brasil pela ocorrência de granitos metaluminosos e peraluminosos, controlados por um sistema transcorrente de zonas de cisalhamento (ZC). No Rio Grande do Sul (RS), a Zona de Cisalhamento Transcorrente Dorsal de Canguçu (ZCTDC), de cinemática sinistral e direção NE, é a principal estrutura que condicionou o posicionamento desses granitos (ca. 634 – 610 Ma). Entretanto, o Granito Butiá (GB – 629 Ma), localizado a noroeste da ZCTDC, ocorre como um corpo alongado de direção NNW que intrude rochas de alto grau metamórfico do Complexo Várzea do Capivarita (ca. 650 Ma). O GB possui trama planar bem desenvolvida (S>L), cuja foliação mergulha com alto ângulo para NNW; apesar de raramente apresentar lineação, seu posicionamento é interpretado como sintectônico a uma ZC transcorrente de cinemática destral. Dessa forma, um estudo de anisotropia de susceptibilidade magnética (ASM) foi realizado no GB, com o objetivo de melhor delimitar os mecanismos de seu posicionamento e relacioná-los com o sistema regional de zonas de cisalhamento. No total, 492 espécimes (180 cilindros) foram coletadas em 16 sítios, distribuídos no corpo principal do GB. A mineralogia magnética foi investigada através de curvas termomagnéticas, curvas de histereses e de aquisição de magnetização remanente isotermal, e detalhada com microscopia eletrônica de varredura em amostras representativas. Essas análises demonstram o domínio de fases paramagnéticas e uma pequena contribuição de minerais de baixa coercividade (e.g., magnetita, titanomagnetita) e alta coercividade (e.g., hematita). Apesar disso, a trama magnética é controlada exclusivamente por cristais paramagnéticos de biotita. A susceptibilidade magnética total é baixa e varia entre 0,1 e 8x10-5 SI. O parâmetro de forma (T) varia de 0,272 a 0,908 e o grau de anisotropia (P) varia de 1,073 a 1,266, aumentando do centro em direção as margens do GB. A presença de par S-C destral de origem magmática e microestruturas de deformação em alta temperatura (~650°C) confirmam que a deformação atuava durante o processo de cristalização. Esses elementos, junto à análise da trama magnética, sugerem que a ascensão e o posicionamento do magma foram controlados por uma ZC transcorrente de direção NNW e cinemática destral. Próximo as rochas encaixantes, os elipsoides magnéticos são fortemente oblatos, a foliação mergulha com alto ângulo para W ou E, e a lineação têm alto a moderado caimento, sugerindo significante achatamento e domínio de uma componente de cisalhamento puro de deformação. Longe das margens, a lineação tem baixos caimentos, paralelos a direção da foliação (NW-NNW), sugerindo um transporte horizontal e domínio de uma componente de cisalhamento simples de deformação, que promoveu o estiramento. No nordeste do corpo, a presença de roof pendants e menores ângulos de mergulho da foliação sugerem proximidade com a cúpula. A combinanção de bouyoancy forces e da partição da deformação regional, em cisalhamento puro e simples durante o posicionamento do GB, está de acordo com um regime transpressivo. Esses resultados também sugerem uma relação no tempo-espaço entre a ZC que controlou o posicionamento do GB e a ZCTDC. Possivelmente, elas formavam um par conjugado do mesmo sistema transcorrente durante o estágio pós-colisional do Ciclo Brasiliano/Pan-africano no sul do Brasil. / The post-collisional stage of the Brasiliano/Pan-African Orogenic Cycle in Southern Brazil is marked by metaluminous and peraluminous granites controlled by a transcurrent shear zone system. In the Rio Grande do Sul State, southernmost Brazil, the sinistral, NE-trending Dorsal de Canguçu Transcurrent Shear Zone (DCTSZ) is the best known structure that conditioned these peraluminous granites (ca. 634 – 610 Ma). However, the NNW-elongate Butiá Granite (BG – 629 Ma) is emplaced to the northwest of the DCTSZ, intrusive in the high-grade Várzea do Capivarita Complex (ca. 650 Ma). The BG has a S>L fabric, which foliation steeply dips towards NNW. Despite its poorly-developed linear fabric, BG emplacement is interpreted to have been controlled by a dextral transcurrent shear zone. Thus, anisotropy of magnetic susceptibility (AMS) study was performed in the BG aiming to constrain its emplacement mechanism and the relation of the granite with the regional shear zone system. A total of 492 specimens (180 drill cores) were obtained through 16 sites distributed along the BG main body. Magnetic mineralogy was investigated by hysteresis loops, thermomagnetic and IRM acquisition curves, and a complementary SEM analysis in representative samples. These experiments show a dominant contribution of paramagnetic phases and a small content of low-coercivity (e.g., magnetite and titanomagnetite) and highcoercivity (e.g., hematite) remanence-carrying minerals. In spite of the presence of minor ferromagnetic grains, the BG magnetic anisotropy fabric is interpreted as dominantly controlled by paramagnetic biotite crystals. The bulk magnetic susceptibility ranges between 0.1 and 8.0×10−5 SI. Shape parameter (T) ranges from 0.272 to 0.908, and anisotropy degree (P) ranges from 1.073 to 1.266, increasing from the inner portion of the pluton to its margins. The presence of dextral S-C magmatic fabric and high temperature (ca. 650 °C), solid-state deformation at the margins confirms that the pluton was deformed during its cooling process. Such features, together the magnetic fabric analysis, suggest that magma ascent and emplacement were controlled by a NNW-trending dextral transcurrent shear zone. Close to the host-rocks, magnetic foliation dips steeply towards W or E, and magnetic lineation plunges steeply to moderate, displaying strongly-oblate ellipsoids. This is interpreted as a result of shortening and the significantly pure-shear component of deformation operating close to the host-rocks. Shallow-plunging lineation parallel to the NWto NNW-striking foliation is found away from the pluton margins, which is related to the horizontal displacement, where the simple-shear component of deformation was more effective, resulting stretching. Foliation becomes less steep towards the BG northeastern portion and the presence of roof pendants in this area suggests the proximity to the roof zone. The combination of buoyancy forces and the partitioning of regional strain into simple and pure shear are in accordance with a transpressive regime. These results also suggest a time-space relationship between the NNW-dextral shear zone that controlled the emplacement of the Butiá Granite and the sinistral, NE-trending DCTSZ, responsible for the emplacement of peraluminous granites. Possibly, these zones formed a conjugate pair during the transcurrent deformation of the early post-collisional stage of the Brasiliano/PanAfrican Cycle in southernmost Brazil.
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Anisotropia de Susceptibilidade Magnética (ASM) aplicada ao modelo de posicionamento do Granito Butiá: um granito sintectônico peraluminoso do sul do BrasilLyra, Diego da Silveira January 2018 (has links)
O período pós-colisional do Ciclo Brasiliano/Pan-africano é marcado no sul do Brasil pela ocorrência de granitos metaluminosos e peraluminosos, controlados por um sistema transcorrente de zonas de cisalhamento (ZC). No Rio Grande do Sul (RS), a Zona de Cisalhamento Transcorrente Dorsal de Canguçu (ZCTDC), de cinemática sinistral e direção NE, é a principal estrutura que condicionou o posicionamento desses granitos (ca. 634 – 610 Ma). Entretanto, o Granito Butiá (GB – 629 Ma), localizado a noroeste da ZCTDC, ocorre como um corpo alongado de direção NNW que intrude rochas de alto grau metamórfico do Complexo Várzea do Capivarita (ca. 650 Ma). O GB possui trama planar bem desenvolvida (S>L), cuja foliação mergulha com alto ângulo para NNW; apesar de raramente apresentar lineação, seu posicionamento é interpretado como sintectônico a uma ZC transcorrente de cinemática destral. Dessa forma, um estudo de anisotropia de susceptibilidade magnética (ASM) foi realizado no GB, com o objetivo de melhor delimitar os mecanismos de seu posicionamento e relacioná-los com o sistema regional de zonas de cisalhamento. No total, 492 espécimes (180 cilindros) foram coletadas em 16 sítios, distribuídos no corpo principal do GB. A mineralogia magnética foi investigada através de curvas termomagnéticas, curvas de histereses e de aquisição de magnetização remanente isotermal, e detalhada com microscopia eletrônica de varredura em amostras representativas. Essas análises demonstram o domínio de fases paramagnéticas e uma pequena contribuição de minerais de baixa coercividade (e.g., magnetita, titanomagnetita) e alta coercividade (e.g., hematita). Apesar disso, a trama magnética é controlada exclusivamente por cristais paramagnéticos de biotita. A susceptibilidade magnética total é baixa e varia entre 0,1 e 8x10-5 SI. O parâmetro de forma (T) varia de 0,272 a 0,908 e o grau de anisotropia (P) varia de 1,073 a 1,266, aumentando do centro em direção as margens do GB. A presença de par S-C destral de origem magmática e microestruturas de deformação em alta temperatura (~650°C) confirmam que a deformação atuava durante o processo de cristalização. Esses elementos, junto à análise da trama magnética, sugerem que a ascensão e o posicionamento do magma foram controlados por uma ZC transcorrente de direção NNW e cinemática destral. Próximo as rochas encaixantes, os elipsoides magnéticos são fortemente oblatos, a foliação mergulha com alto ângulo para W ou E, e a lineação têm alto a moderado caimento, sugerindo significante achatamento e domínio de uma componente de cisalhamento puro de deformação. Longe das margens, a lineação tem baixos caimentos, paralelos a direção da foliação (NW-NNW), sugerindo um transporte horizontal e domínio de uma componente de cisalhamento simples de deformação, que promoveu o estiramento. No nordeste do corpo, a presença de roof pendants e menores ângulos de mergulho da foliação sugerem proximidade com a cúpula. A combinanção de bouyoancy forces e da partição da deformação regional, em cisalhamento puro e simples durante o posicionamento do GB, está de acordo com um regime transpressivo. Esses resultados também sugerem uma relação no tempo-espaço entre a ZC que controlou o posicionamento do GB e a ZCTDC. Possivelmente, elas formavam um par conjugado do mesmo sistema transcorrente durante o estágio pós-colisional do Ciclo Brasiliano/Pan-africano no sul do Brasil. / The post-collisional stage of the Brasiliano/Pan-African Orogenic Cycle in Southern Brazil is marked by metaluminous and peraluminous granites controlled by a transcurrent shear zone system. In the Rio Grande do Sul State, southernmost Brazil, the sinistral, NE-trending Dorsal de Canguçu Transcurrent Shear Zone (DCTSZ) is the best known structure that conditioned these peraluminous granites (ca. 634 – 610 Ma). However, the NNW-elongate Butiá Granite (BG – 629 Ma) is emplaced to the northwest of the DCTSZ, intrusive in the high-grade Várzea do Capivarita Complex (ca. 650 Ma). The BG has a S>L fabric, which foliation steeply dips towards NNW. Despite its poorly-developed linear fabric, BG emplacement is interpreted to have been controlled by a dextral transcurrent shear zone. Thus, anisotropy of magnetic susceptibility (AMS) study was performed in the BG aiming to constrain its emplacement mechanism and the relation of the granite with the regional shear zone system. A total of 492 specimens (180 drill cores) were obtained through 16 sites distributed along the BG main body. Magnetic mineralogy was investigated by hysteresis loops, thermomagnetic and IRM acquisition curves, and a complementary SEM analysis in representative samples. These experiments show a dominant contribution of paramagnetic phases and a small content of low-coercivity (e.g., magnetite and titanomagnetite) and highcoercivity (e.g., hematite) remanence-carrying minerals. In spite of the presence of minor ferromagnetic grains, the BG magnetic anisotropy fabric is interpreted as dominantly controlled by paramagnetic biotite crystals. The bulk magnetic susceptibility ranges between 0.1 and 8.0×10−5 SI. Shape parameter (T) ranges from 0.272 to 0.908, and anisotropy degree (P) ranges from 1.073 to 1.266, increasing from the inner portion of the pluton to its margins. The presence of dextral S-C magmatic fabric and high temperature (ca. 650 °C), solid-state deformation at the margins confirms that the pluton was deformed during its cooling process. Such features, together the magnetic fabric analysis, suggest that magma ascent and emplacement were controlled by a NNW-trending dextral transcurrent shear zone. Close to the host-rocks, magnetic foliation dips steeply towards W or E, and magnetic lineation plunges steeply to moderate, displaying strongly-oblate ellipsoids. This is interpreted as a result of shortening and the significantly pure-shear component of deformation operating close to the host-rocks. Shallow-plunging lineation parallel to the NWto NNW-striking foliation is found away from the pluton margins, which is related to the horizontal displacement, where the simple-shear component of deformation was more effective, resulting stretching. Foliation becomes less steep towards the BG northeastern portion and the presence of roof pendants in this area suggests the proximity to the roof zone. The combination of buoyancy forces and the partitioning of regional strain into simple and pure shear are in accordance with a transpressive regime. These results also suggest a time-space relationship between the NNW-dextral shear zone that controlled the emplacement of the Butiá Granite and the sinistral, NE-trending DCTSZ, responsible for the emplacement of peraluminous granites. Possibly, these zones formed a conjugate pair during the transcurrent deformation of the early post-collisional stage of the Brasiliano/PanAfrican Cycle in southernmost Brazil.
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Anisotropia de Susceptibilidade Magnética (ASM) aplicada ao modelo de posicionamento do Granito Butiá: um granito sintectônico peraluminoso do sul do BrasilLyra, Diego da Silveira January 2018 (has links)
O período pós-colisional do Ciclo Brasiliano/Pan-africano é marcado no sul do Brasil pela ocorrência de granitos metaluminosos e peraluminosos, controlados por um sistema transcorrente de zonas de cisalhamento (ZC). No Rio Grande do Sul (RS), a Zona de Cisalhamento Transcorrente Dorsal de Canguçu (ZCTDC), de cinemática sinistral e direção NE, é a principal estrutura que condicionou o posicionamento desses granitos (ca. 634 – 610 Ma). Entretanto, o Granito Butiá (GB – 629 Ma), localizado a noroeste da ZCTDC, ocorre como um corpo alongado de direção NNW que intrude rochas de alto grau metamórfico do Complexo Várzea do Capivarita (ca. 650 Ma). O GB possui trama planar bem desenvolvida (S>L), cuja foliação mergulha com alto ângulo para NNW; apesar de raramente apresentar lineação, seu posicionamento é interpretado como sintectônico a uma ZC transcorrente de cinemática destral. Dessa forma, um estudo de anisotropia de susceptibilidade magnética (ASM) foi realizado no GB, com o objetivo de melhor delimitar os mecanismos de seu posicionamento e relacioná-los com o sistema regional de zonas de cisalhamento. No total, 492 espécimes (180 cilindros) foram coletadas em 16 sítios, distribuídos no corpo principal do GB. A mineralogia magnética foi investigada através de curvas termomagnéticas, curvas de histereses e de aquisição de magnetização remanente isotermal, e detalhada com microscopia eletrônica de varredura em amostras representativas. Essas análises demonstram o domínio de fases paramagnéticas e uma pequena contribuição de minerais de baixa coercividade (e.g., magnetita, titanomagnetita) e alta coercividade (e.g., hematita). Apesar disso, a trama magnética é controlada exclusivamente por cristais paramagnéticos de biotita. A susceptibilidade magnética total é baixa e varia entre 0,1 e 8x10-5 SI. O parâmetro de forma (T) varia de 0,272 a 0,908 e o grau de anisotropia (P) varia de 1,073 a 1,266, aumentando do centro em direção as margens do GB. A presença de par S-C destral de origem magmática e microestruturas de deformação em alta temperatura (~650°C) confirmam que a deformação atuava durante o processo de cristalização. Esses elementos, junto à análise da trama magnética, sugerem que a ascensão e o posicionamento do magma foram controlados por uma ZC transcorrente de direção NNW e cinemática destral. Próximo as rochas encaixantes, os elipsoides magnéticos são fortemente oblatos, a foliação mergulha com alto ângulo para W ou E, e a lineação têm alto a moderado caimento, sugerindo significante achatamento e domínio de uma componente de cisalhamento puro de deformação. Longe das margens, a lineação tem baixos caimentos, paralelos a direção da foliação (NW-NNW), sugerindo um transporte horizontal e domínio de uma componente de cisalhamento simples de deformação, que promoveu o estiramento. No nordeste do corpo, a presença de roof pendants e menores ângulos de mergulho da foliação sugerem proximidade com a cúpula. A combinanção de bouyoancy forces e da partição da deformação regional, em cisalhamento puro e simples durante o posicionamento do GB, está de acordo com um regime transpressivo. Esses resultados também sugerem uma relação no tempo-espaço entre a ZC que controlou o posicionamento do GB e a ZCTDC. Possivelmente, elas formavam um par conjugado do mesmo sistema transcorrente durante o estágio pós-colisional do Ciclo Brasiliano/Pan-africano no sul do Brasil. / The post-collisional stage of the Brasiliano/Pan-African Orogenic Cycle in Southern Brazil is marked by metaluminous and peraluminous granites controlled by a transcurrent shear zone system. In the Rio Grande do Sul State, southernmost Brazil, the sinistral, NE-trending Dorsal de Canguçu Transcurrent Shear Zone (DCTSZ) is the best known structure that conditioned these peraluminous granites (ca. 634 – 610 Ma). However, the NNW-elongate Butiá Granite (BG – 629 Ma) is emplaced to the northwest of the DCTSZ, intrusive in the high-grade Várzea do Capivarita Complex (ca. 650 Ma). The BG has a S>L fabric, which foliation steeply dips towards NNW. Despite its poorly-developed linear fabric, BG emplacement is interpreted to have been controlled by a dextral transcurrent shear zone. Thus, anisotropy of magnetic susceptibility (AMS) study was performed in the BG aiming to constrain its emplacement mechanism and the relation of the granite with the regional shear zone system. A total of 492 specimens (180 drill cores) were obtained through 16 sites distributed along the BG main body. Magnetic mineralogy was investigated by hysteresis loops, thermomagnetic and IRM acquisition curves, and a complementary SEM analysis in representative samples. These experiments show a dominant contribution of paramagnetic phases and a small content of low-coercivity (e.g., magnetite and titanomagnetite) and highcoercivity (e.g., hematite) remanence-carrying minerals. In spite of the presence of minor ferromagnetic grains, the BG magnetic anisotropy fabric is interpreted as dominantly controlled by paramagnetic biotite crystals. The bulk magnetic susceptibility ranges between 0.1 and 8.0×10−5 SI. Shape parameter (T) ranges from 0.272 to 0.908, and anisotropy degree (P) ranges from 1.073 to 1.266, increasing from the inner portion of the pluton to its margins. The presence of dextral S-C magmatic fabric and high temperature (ca. 650 °C), solid-state deformation at the margins confirms that the pluton was deformed during its cooling process. Such features, together the magnetic fabric analysis, suggest that magma ascent and emplacement were controlled by a NNW-trending dextral transcurrent shear zone. Close to the host-rocks, magnetic foliation dips steeply towards W or E, and magnetic lineation plunges steeply to moderate, displaying strongly-oblate ellipsoids. This is interpreted as a result of shortening and the significantly pure-shear component of deformation operating close to the host-rocks. Shallow-plunging lineation parallel to the NWto NNW-striking foliation is found away from the pluton margins, which is related to the horizontal displacement, where the simple-shear component of deformation was more effective, resulting stretching. Foliation becomes less steep towards the BG northeastern portion and the presence of roof pendants in this area suggests the proximity to the roof zone. The combination of buoyancy forces and the partitioning of regional strain into simple and pure shear are in accordance with a transpressive regime. These results also suggest a time-space relationship between the NNW-dextral shear zone that controlled the emplacement of the Butiá Granite and the sinistral, NE-trending DCTSZ, responsible for the emplacement of peraluminous granites. Possibly, these zones formed a conjugate pair during the transcurrent deformation of the early post-collisional stage of the Brasiliano/PanAfrican Cycle in southernmost Brazil.
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Croissance et remobilisation crustales au Pan-Africain dans le sud du massif du Ouaddaï (Tchad) / Crustal growth and Pan-African reworking in the south of the Ouaddaï massif (Chad)Djerossem Nenadji, Félix 21 December 2018 (has links)
Cette thèse est consacrée à la croissance et à la remobilisation crustales au Pan-Africain dans le Sud du massif du Ouaddaï au Tchad, situé à la marge Sud du Métacraton du Sahara et au Nord du Craton du Congo. La cartographie du secteur d'étude a permis de distinguer des roches métasédimentaires comprenant des niveaux d'amphibolites et intrudées par des roches plutoniques de composition intermédiaire à felsique. Les amphibolites correspondent à des basaltes tholeiitiques dérivés de la fusion partielle d'un manteau appauvri (ƐNd540= 4). Les roches felsique, représentées par des leucogranites de type-S, donnant des âges U-Pb sur zircon de 635 ± 3 Ma et 612 ± 8 Ma, sont issues de la fusion partielle des métasédiments. Les granitoïdes potassiques calco-alcalin de type-I, donnant un âge U-Pb sur zircon à 538 ± 5 Ma, incluant une monzonite à pyroxène de nature shoshonitique datée autour de ca. 540 Ma, sont caractérisées par des signatures isotopiques radiogéniques (ƐNd620= -4 et -15) et sont attribuées à la fusion partielle d'un manteau enrichi plus ou moins contaminé. Les roches métasédimentaires sont caractérisées par une foliation composite S0 /S1-2 de direction NE-SW qui est associée à des plis isoclinaux P1 et P2 d'échelle centimétrique à hectométrique et qui porte une linéation L1-2 plongeant faiblement vers le NW. Cette foliation est également affectée par des plis droits ouverts P3 associés à une schistosité de plan axial S3 fortement pentée vers le NNW ou le NW. La présence de grains de zircon détritiques et leurs signatures Hf comprenant une composante héritée Archéenne à Paléoprotérozoique indique que les roches métasédimentaires sont issues de l'érosion des cratons voisins et un dépôt au début du Néoprotérozoique.[...] / This thesis is devoted to crustal growth and Pan-African reworking in the south of the Ouaddaï massif in Chad, located at the southern margin of the Sahara Metacraton and north of the Congo Craton. Geologic mapping has allowed to identify metasedimentary units alternating with amphibolites and intruded by plutonic rocks with intermediate to felsic composition. Amphibolites correspond to pre-tectonic tholeiitic basalts derived from the partial melting of the depleted mantle (ƐNd540= 4). The felsic rocks, represented by S-type leucogranites yielding U-Pb zircon ages of 635 ± 3 Ma and 612 ± 8 Ma, are derived from the partial melting of metasediments. High-K calc-alkaline I-type granitoids yielding U-Pb zircon ages at 538 ± 5 Ma, and including a shoshonitic pyroxene-monzonite yielding U-Pb zircon ages at 538 ± 5 Ma are characterized by radiogenic isotopic signatures (ƐNd540= -4 et -15) and are partial melting of an enriched mantle with a potential impact of mixing of mantle and crustal-derived magmas. Metasedimentary rocks display a NE-SW trending S0/S1-2 foliation associated with centimeter to hectometer scales F1 and F2 isoclinal folds delineating hook type interferences pattern and bearing a L1-2 lineation weakly dipping towards the NW. The S0/S1-2 foliation is also affected by upright open F3 folds marked by the development of a faint axial planar S3 schistosity variably dipping to the NNW or NW. Zircon detrital grains with Hf signatures pointing to an Archaean to Paleoproterozoic inheritance indicates that metasedimentary rocks are derived from erosion of the surrounding cratons and were deposited in the early Neoproterozoic. These rocks were subsequently affected by deformation and metamorphism dated at 627 ± 7 Ma (by Th-U-Pb on monazite) and at 602 ±3 Ma (by U-Pb on zircon), typical of green schist facies and amphibolite facies. [...]
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