FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / Esta pesquisa caminha em primeira pessoa, a partir de reflexÃes com o desenhar disparadas por memÃrias de vida e o desenhar de forma compartilhada, exercÃcio que desenvolvo mais recentemente. O convite para o desenho a dois possibilita o encontro com jovens skatistas em Fortaleza e a criaÃÃo de uma sÃrie de mapas-retratos, inspirados em seus percursos errantes pela cidade. Esses mapas-retratos consistem em desenhos que acontecem em duas camadas que se sobrepÃem: uma à o mapa de percursos do jovem sobre o skate, outra à o retrato desse jovem. FaÃo uma camada e a outra à feita por aquele que convido a desenhar comigo. No processo de produÃÃo dos desenhos e de escrita, reinvento a relaÃÃo com a cidade à procura desses jovens e na companhia deles. Sou levada a pensar na intimidade com o desenho e nas porÃÃes do desenho que escapam; comeÃo a refletir sobre o fazer cartogrÃfico e o conversar (MATURANA, 1988) como possibilidades de operar na pesquisa em que desejo me envolver com o outro - aquele que nÃo conheÃo e de quem quero me aproximar -, assim como sinalizo um interesse acerca dos usos do mapa que subvertem a geografia tradicional. Suspeitando que a errÃncia (JACQUES, 2012) desses corpos juvenis em aÃÃo pela cidade configure outros modos de sentir e praticar o espaÃo urbano, reflito acerca do poder dos encontros que reverbera em alteraÃÃes na linha, no gesto, na composiÃÃo, no movimento e tambÃm no jogo de olhares, narrativas e silÃncios que se instaura no contexto de nossas relaÃÃes.